quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Pré-candidatos devem solicitar certidão de antecedentes ao TJRN por formulário eletrônico até 23/9


TJRN-750x500Os pré-candidatos aos cargos de vereador e prefeito nas eleições municipais deste ano, no Rio Grande do Norte, devem solicitar as certidões para fins eleitorais, referentes ao segundo grau, através de formulário eletrônico, disponível em http://www.tjrn.jus.br/certidaoeleitoral. As solicitações destas certidões ao TJRN devem ser feitas até o dia 23 de setembro.

No formulário eletrônico, o solicitante deve informar seu nome completo, CPF, RG, nome do pai e da mãe, além de endereço de e-mail. A certidão será enviada ao correio eletrônico do solicitante em até 72 horas, não havendo necessidade, portanto, de o cidadão procurar presencialmente o Tribunal de Justiça.

Além de garantir praticidade e conforto, a medida respeita os protocolos sanitários e de biossegurança, evitando aglomeração na sede do Poder Judiciário. A certidão para fins eleitorais, referente ao 1º Grau, também pode ser solicitada virtualmente no site do TJRN (http://esaj.tjrn.jus.br/esaj/portal.do?servico=810000).

TSE define protocolo de saúde para eleições 2020

 

eleiçõesO Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançou hoje (8) o Plano de Segurança Sanitária para as eleições municipais de 2020. Em função da pandemia da covid-19, o tribunal estabeleceu um protocolo com medidas preventivas para eleitores e mesários que vão trabalhar no pleito, que será realizado em novembro. 

Os eleitores só poderão para entrar nos locais de votação se estiverem usando máscaras faciais e deverão higienizar as mãos com álcool em gel antes e depois de votar. A distância de um metro entre as demais pessoas também deverá ser mantida. O TSE recomenda ainda que o eleitor leve sua própria caneta para assinar o caderno de votação.

Os cerca de 2 milhões de mesários deverão trocar as máscaras de proteção a cada quatro horas, manter distância mínima de um metro entre os eleitores e os demais mesários, limpar as superfícies com álcool 70% e higienizar as mãos com álcool em gel constantemente.

Eleitores e mesários que estiverem com sintomas da covid-19 não devem comparecer ao local de votação. Posteriormente, a ausência poderá ser justificada na Justiça Eleitoral. Cartazes ilustrativos com o passo a passo da votação serão divulgados nas seções eleitorais para orientar os eleitores.

Os equipamentos de proteção que serão usados nas eleições foram doados por 30 empresas privadas. No total, foram arrecadadas 9 milhões de máscaras descartáveis, 100 mil litros de álcool em gel para os mesários, 2,1 milhões de marcadores de distanciamento no chão, 1,8 milhões de viseiras plásticas e 1 milhão de litros de álcool em gel para os eleitores.


terça-feira, 8 de setembro de 2020

As crises no Brasil: não é o fim da linha, é o começo de uma nova, diz cardeal Braz de Aviz

 

O cardeal durante celebração pelo Dia da Pátria no Colégio Pio Brasileiro, em Roma

Na missa de ação de graças pela independência do Brasil celebrada nesta segunda-feira (7) no Colégio Pio Brasileiro, em Roma, o card. João Braz de Aviz exortou sobre a necessidade de se construir diálogos possíveis e “valores autênticos” numa unidade cristã. Sobretudo diante das várias crises enaltecidas pela pandemia no país, a Igreja quer “arregaçar as mangas” junto com o povo para vencer a polarização ideológica e política, criando pontes de amor, perdão e misericórdia: “não penso que chegamos ao fim da linha, nós estamos chegando no começo de uma nova linha”, afirma o cardeal.

O prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica foi quem presidiu a celebração pelo Dia da Pátria, no Colégio Pio Brasileiro, em Roma. O card. João Braz de Aviz, na sua homilia nesta segunda-feira, 7 de setembro, discorreu sobre a importância – entre erros e acertos vividos ao longo da história – da nação portuguesa pela herança da fé católica e da língua, além de enaltecer a proclamação da independência do Brasil ao superar a condição de colônia. No entanto, segundo o cardeal, ainda carregamos “dívidas históricas” diante das comunidades indígenas e povos negros.

Agora, com a pandemia, o povo precisa se unir para se salvar junto, para buscar “a conversão pessoal e social”, seguindo as luzes do Evangelho:

“Nós estamos num momento muito precário, muito difícil, muito confuso. Mas penso que, aqueles que têm a sua fé em Deus e tem o Evangelho pela frente, sabem que todos nós podemos continuar a trabalhar com esperança e a trabalhar também participando - daquilo que é possível para nós - para que esse momento se torne uma chance nova mais profunda de vida. Eu penso que nós não poderemos voltar desta experiência tão dolorosa que está sendo também com essa pandemia e com tudo que ela provocou, não podemos voltar da mesma forma que nós estávamos antes. Precisa construir valores autênticos, precisa sair desse pensamento líquido – que não tem valores comuns –, precisa sair da oposição dos grupos, de ver onde o diálogo é possível fazer, as diferenças não são problemas, há valores que nós podemos cultivar juntos. Então, celebrar juntos aqui no Pio, hoje, para mim foi um momento precioso de tomar consciência da nossa nacionalidade, do nosso povo e arregaçar as mangas juntos como Igreja. A Igreja também precisa agora rever um pouco as suas posições para que se manifeste muito mais solidária, não posicionada em várias posições muito opostas que, depois, criam divisões e problemas e às vezes até neutralizam as ações.”

Buscar o caminho da unidade

O Padre Geraldo dos Reis Maia, que está prestes a encerrar seu período de mais de 6 anos na direção da casa – já que em outubro chegará o novo reitor nomeado pela CNBB – também abordou o tema da polarização vivida no Brasil:

“Vivemos uma polarização muito grande no campo ideológico, no campo político. Tudo que se fala hoje tem um viés de interpretação dessa polarização: os que acham que é da direita, que é da esquerda e uma situação assim muito difícil. E as pessoas sofrem com isso também porque geram uma divisão na família, geram uma divisão nas comunidades, uma divisão na Igreja, uma divisão da sociedade; isso não faz bem. Precisamos procurar um caminho de unidade que passa pelo respeito, que passa pelo cuidado. A CNBB tem trabalhado muito uma campanha ‘É tempo de cuidar’: é tempo de cuidar do outro, cuidar da saúde do outro, do bem-estar do outro, da amizade, do carinho e do afeto. Precisamos superar essa polarização que não nos leva para vivermos o sentido mais forte de fraternidade, justamente agora que o Santo Padre está por lançar uma belíssima encíclica pelas notícias, que temos recebido, sobre a fraternidade, como o irmão, Francisco de Assis.”

O começo de um novo tempo

Dom João Braz de Aviz falou, então, sobre como o povo tem sofrido diante das várias crises enaltecidas pela pandemia no país: “nós sentimos que estamos muito machucados por todos esses fatos da nossa história. Ultimamente, toda essa situação, somos um espetáculo até diante do mundo, porque é onde mais morre gente. O nosso país é um dos que mais morre gente pela pandemia. Nós temos um grandíssimo número de contaminações, o problema acentuado do desemprego, o problema acentuado da falta de acompanhamento da saúde e assim por diante". E o cardeal finalizou:

“Eu acho que nesse momento é bom a gente ter a coragem de descer mais em profundidade, de construir um pouco bem o que a gente consegue construir o mais perto da gente; criar esses laços, essas pontes de amor, de perdão, de misericórdia, de aproximação, de repartir os nossos bens e de nos ajudar. Eu penso que o nosso povo tem uma enorme criatividade e tem uma fé profunda em Deus. Então, tocar por aí: eu não penso que chegamos ao fim da linha, nós estamos chegando no começo de uma nova linha.”

Papa: Maria, cuida com carinho deste mundo ferido


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 Através de um tuíte, o Papa Francisco confia a Nossa Senhora "este mundo ferido", no dia em que a Igreja celebra a Natividade de Maria.

Vatican News


“Maria, a mãe que cuidou de Jesus, cuida com carinho e preocupação materna também deste mundo ferido.”


Com uma mensagem no Twitter, o Papa Francisco recorda hoje a Natividade de Nossa Senhora.

A festa da Natividade de Maria projeta a sua luz sobre nós, disse o Pontífice numa homilia de 8 de setembro de 2017.


“Maria é o primeiro esplendor que anuncia o fim da noite e, sobretudo, a proximidade do dia. O seu nascimento faz-nos intuir a iniciativa amorosa, terna e compassiva do amor com que Deus Se inclina sobre nós e nos chama para uma aliança maravilhosa com Ele, que nada e ninguém poderá romper.


Maria soube ser transparência da luz de Deus e refletiu os fulgores desta luz na sua casa, que partilhou com José e Jesus, e também no seu povo, na sua nação e na casa comum de toda a humanidade que é a criação.


No Evangelho, ouvimos a genealogia de Jesus (cf. Mt 1, 1-17), que não é uma mera lista de nomes, mas história viva, história dum povo com o qual Deus caminhou e, ao fazer-Se um de nós, quis anunciar que, no seu sangue, corre a história de justos e pecadores, que a nossa salvação não é uma salvação assética, de laboratório, mas concreta, uma salvação de vida que caminha.


Esta longa lista diz-nos que somos uma pequena parte duma longa história e ajuda-nos a não pretender protagonismos excessivos, ajuda-nos a fugir da tentação de espiritualismos evasivos, a não abstrair das coordenadas históricas concretas em que nos cabe viver. E também integra, na nossa história de salvação, aquelas páginas mais obscuras ou tristes, os momentos de desolação e abandono comparáveis ao exílio.”


Os momentos de desolação que hoje ferem o mundo são inúmeros, como denuncia o Pontífice. A pandemia acirrou as consequências das desigualdades sociais, somando-se aos problemas já existentes, como migração forçada, desnutrição, analfabetismo, conflitos, guerras e destruição do meio ambiente.


Maria, com o seu «sim» generoso, permitiu que Deus cuidasse desta história. E hoje pedimos a Nossa Senhora que cuide “deste mundo ferido”.

Papa: cardeal Jaworski, zelo sacerdotal e fidelidade ao Evangelho


O cardeal Marian Jaworski faleceu no sábado, 5 de setembro

 Francisco se une ao purpurado polonês, aos fiéis da Igreja na Polônia e na Ucrânia, na oração de sufrágio, agradecendo “ao Senhor pela vida e pelo ministério apostólico desta testemunha fiel do Evangelho”.

Vatican News


O Papa Francisco enviou um telegrama de pesar, nesta terça-feira (08/09), ao arcebispo de Cracóvia, na Polônia, dom Marek Jądraszewski, pelo falecimento do arcebispo emérito ucraniano de Lviv dos Latinos, cardeal Marian Jaworski, no último dia 5.

Francisco se une ao purpurado polonês, aos fiéis da Igreja na Polônia e na Ucrânia, na oração de sufrágio, agradecendo “ao Senhor pela vida e pelo ministério apostólico desta testemunha fiel do Evangelho”.


“Recordo com gratidão o seu compromisso acadêmico como um apreciado homem de ciência e professor de Teologia e Filosofia nas Universidades de Varsóvia, Cracóvia e Lviv, como decano e primeiro reitor da Pontifícia Academia de Teologia de Cracóvia. São João Paulo II muitas vezes enfatizou sua contribuição particular e preciosa para o desenvolvimento científico”, ressalta o Pontífice no texto.


“Para mim, viver é Cristo.” “Este lema episcopal o acompanhou ao longo de sua vida e definiu a sua maneira de pensar, avaliar, fazer escolhas, tomar decisões e definir as perspectivas de várias pesquisas”, sublinha ainda o Papa.


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Morre o cardeal Marian Jaworski, amigo fraterno de São João Paulo II

07/09/2020

Morre o cardeal Marian Jaworski, amigo fraterno de São João Paulo II

Francisco recorda no telegrama que o cardeal Jaworski foi um amigo fraterno de São João Paulo II. “Ele o apoiou nos trabalhos do ministério episcopal e papal. Administrou o sacramento da Unção ao Papa agonizante. Como filósofo e teólogo, colaborou estritamente com o Papa Bento XVI. Pessoalmente, estou unido a ele pela data do Consistório de 2001, quando fomos criados cardeais”, frisa o Pontífice.


“Nos corações daqueles que o conheceram, ele permaneceu como um homem extremamente justo, sincero e corajoso que amava a Igreja. Deixou um testemunho digno de zelo sacerdotal, erudição, fidelidade ao Evangelho e responsabilidade pela comunidade de fiéis”, sublinha ainda o Papa.


O Papa conclui o telegrama, pedido a Jesus Misericordioso, “a quem o cardeal Marian, de luminosa memória, dedicou a sua vida”, para que “o acolha na sua glória”. Concedeu a sua bênção à Igreja na Polônia e na Ucrânia, e a todos os presentes nas exéquias.


Biografia

O cardeal Marian Jaworski, arcebispo emérito de Lviv dos Latinos, na Ucrânia, nasceu em 21 de agosto de 1926 em Lwów, na Polônia, hoje Lviv, Ucrânia. Foi ordenado sacerdote em 25 de junho de 1950 e, após um ano de trabalho pastoral, continuou seus estudos, obtendo o doutorado em Teologia na Academia Teológica de Cracóvia e Filosofia na Universidade Católica de Lublin.


Lecionou por vários anos na Academia Teológica Católica de Varsóvia e mais tarde na Pontifícia Faculdade Teológica de Cracóvia. Ele também lecionou Metafísica e Filosofia da Religião nos seminários de várias ordens religiosas. De 1981 a 1987, foi o primeiro reitor da Pontifícia Academia Teológica de Cracóvia.


Em 21 de maio de 1984, foi nomeado bispo titular de Lambésis e administrador apostólico de Lubaczów, recebendo a ordenação episcopal em 23 de junho. Em 16 de janeiro de 1991, foi nomeado arcebispo de Lviv dos Latinos e foi também presidente da Conferência Episcopal Ucraniana.


Em 21 de outubro de 2008, tornou-se arcebispo emérito de Lviv dos Latinos. Participou do conclave de abril de 2005, que elegeu o Papa Bento XVI. Foi criado cardeal e reservado “in pectore” por São João Paulo II no consistório de 21 fevereiro de 1998, proclamado no consistório de 21 de fevereiro de 2001, do Título de São Sisto.

TerraFutura: diálogo do Papa sobre ecologia integral com o fundador do “Slow Food”

 

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Foram três encontros. Francisco conta ao gastrônomo-escritor Carlo Petrini a sua “conversão ecológica”: do ‘cansaço’ como cardeal em Aparecida em 2007 pela insistência dos bispos brasileiros em defesa da Amazônia até a preparação da encíclica Laudato si’. E explica: “É preciso mudar rapidamente nossos paradigmas se quisermos ter um futuro”

Alessandro Di Bussolo – Vatican News


Um Papa, como Francisco, que como cardeal argentino sentiu "cansaço" pela "insistência com que os bispos brasileiros falavam dos grandes problemas da Amazônia" na conferência de Aparecida e como bispo não entendia qual era o seu papel em relação à "saúde do pulmão verde do mundo". E um agnóstico, ex-comunista e gastrônomo, como Carlo Petrini, fundador do "Slow food", a quem o Pontífice chama de "piedoso" porque "tem piedade da natureza, uma atitude nobre" e "coerente consigo mesmo". Unidos pelas raízes piemontesas comuns".

As raízes piemontesas e a amizade do bispo Pompilli

Do encontro, ou melhor, dos três encontros em dois anos, de maio de 2018 a julho de 2020, nasceu "TerraFutura. Diálogos com Papa Francisco sobre ecologia integral", livro a ser publicado em 9 de setembro que Petrini, também promotor da rede internacional de ecologistas "Terra Madre", publica com a Editora Giunti-Slow Food. O Papa de 83 anos, com antepassados da região de Asti e o gastrônomo de 71 anos e escritor de Cuneo, da região Piemonte. O primeiro encontro foi realizado com a presença do Bispo de Rieti Domenico Pompili, com quem Petrini tem grande amizade por terem criado juntos as Comunidades "Laudato si'" para "dar vida" ao que Francisco propôs em sua encíclica.


Petrini impressionado pela primeira viagem em Lampedusa

O Bispo, que escreveu o prefácio, lembra que Francisco e Carlin, como ele é mais conhecido, nos diálogos identificam-se por "F" e "C", "e são dedicados à Terra e ao seu futuro" e que deste confronto surgem caminhos "para uma ecologia que deixe de ser uma bandeira e se torne uma escolha". O ponto de partida é o pensamento do Papa Francisco, que impressiona o agnóstico Petrini desde a escolha de fazer a primeira viagem como Pontífice a Lampedusa, "como sinal de solidariedade com os migrantes", que investiga, e escreve na "Laudato si", "o que está acontecendo com a nossa casa".


O primeiro diálogo: a gênese da Laudato si’

No primeiro diálogo, em 30 de maio de 2018, três anos após a publicação da encíclica, que Carlo Petrini define como "poder extraordinário", que "mudou o cenário do discurso ecológico e social", Francisco fala da gênese da ‘Laudato si’". Recorda que é fruto do trabalho de muitas pessoas, cientistas, teólogos e filósofos, que "me ajudaram muito a esclarecer", e com o material deles, trabalhou "na composição final do texto".


O interesse da ministra francesa Ségolené pela encíclica

E explica que a primeira vez que se deu conta da “centralidade" do documento e "sua importância pelas questões abordadas", foi no final de novembro de 2014, ao se encontrar com a então Ministra francesa do Meio Ambiente Ségòlene Royal em sua visita ao Parlamento Europeu em Estrasburgo. A Ministra, relata o Papa, mostrava "muito interesse" pelo texto, do qual se conhecia apenas a referência "aos temas da casa comum e da justiça social". "É muito importante", disse a Ministra ao Pontífice, e previu que seria "de grande impacto, estamos todos aguardando".


Esperava-se uma voz forte, hoje penso que tenha sido aceita

Até então, confessa o Papa Francisco a Petrini, “não sabia que teria causado tanto clamor”


“Lá percebi que a expectativa crescia e que se esperava uma voz forte nesta direção. Depois, correu tudo bem: após seu lançamento, vi que a maioria das pessoas, os que se preocupam com o bem da humanidade, leram e apreciaram, usaram-na, comentaram-na, citaram-na. Acho que foi quase universalmente aceita”


O percurso: de Aparecida a Laudato si’

Ao responder a Petrini que lhe pede a confirmação de que sua atenção às questões ambientais "amadureceram com o tempo", Francisco confidencia que "foi um longo percurso", iniciado em 2007 em Aparecida, no Brasil, onde como cardeal arcebispo de Buenos Aires foi presidente da Comissão para a elaboração do documento final da Quinta Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe. Recorda bem "de ter sentido cansaço" com a atitude dos bispos brasileiros que em todas as ocasiões "falavam dos grandes problemas da Amazônia", de suas "implicações ambientais e sociais", e "não entendia esta urgência e insistência". E também havia solicitações incessantes de colombianos e equatorianos, para incluir estas questões no documento final.


A “conversão ecológica” de Jorge Mario Bergoglio

Desde então, comenta o Pontífice, "passou muito tempo e eu mudei completamente a percepção do problema ambiental".


“No início eu também não entendia estes temas. Depois, quando comecei a estudar, tomei consciência, abriu-me um mundo. Creio que seja correto dar tempo a todos para entenderem. Porém, ao mesmo tempo, devemos nos apressar para mudar nossos paradigmas se quisermos ter um futuro”


Uma encíclica para todos, não só para os crentes

Se Petrini aponta que ainda acha difícil construir pontes de diálogo entre o mundo "crente" e o mundo "secular", o Papa Francisco enfatiza que "a Laudato si' é um ponto comum de ambos os lados, porque foi escrita para todos". O diálogo, diz o gastrônomo-escritor, "não é uma opção moral", mas "um método real". E o Papa acrescenta que "é um método acima de tudo humano". Não se trata, reitera, "de aplanar as diferenças e os conflitos, mas ao contrário de exaltá-los e ao mesmo tempo superá-los para o bem maior".


A mudança começa por nós, basta de despesas mundanas

Ao ler a encíclica, o fundador do "Slow Food" ficou fascinado com o valor dado às "boas práticas individuais" na "geração de mudanças virtuosas". A mudança começa por nós, confirma Francisco, lembrando que "o dever do pároco é apagar a luz, sempre", porque ele deve "guardar as ofertas para usá-las para a caridade". Enquanto isso, observa, o terceiro item de despesa das famílias no mundo, depois dos alimentos e vestiário, é o cuidado do corpo, da beleza e a cirurgia estética, e o quarto é o animal de estimação. "A educação não aparece", lamenta, e assim "é difícil falar de uma nova abordagem ecológica e de uma nova harmonia com o meio ambiente".


Não ao egoísmo de pedir demais à Terra

A fim de encorajar as pessoas a agirem pessoalmente para a mudança, o Pontífice procura as palavras certas:


“O egoísmo deve ser combatido, o pensamento de que eu exploro a Mãe Terra porque a Mãe Terra é grande e deve me dar o que eu quero, deve acabar. É um pensamento completamente doentio, só pode nos levar ao colapso”


Não é uma encíclica ambientalista, mas social

Neste ponto o Papa Francisco retorna ao conceito de ecologia integral, para explicar que a "Laudato si’" não é uma encíclica verde, não é um texto ambientalista. É antes de tudo uma encíclica social". Porque nós, homens, "somos os primeiros a fazer parte da ecologia", o homem e o meio ambiente não são separáveis.


Biodiversidade é rezar a Deus com a própria cultura

Carlo Petrini lembra também do grande valor que a encíclica dá à biodiversidade, e o Papa esclarece que "é a herança que nos permite viver neste planeta", uma riqueza inestimável, "mas nós, com nosso modelo produtivo e econômico, a destruímos como se não nos interessasse". A Amazônia é um depósito de biodiversidade: a Petrini que lhe recordou do discurso feito em Puerto Maldonado e do reconhecimento do valor da espiritualidade e da cultura dos povos indígenas, Francisco fala de "inculturação".


“Todos podemos rezar da mesma maneira, mas isso destrói a biodiversidade humana, que é principalmente cultural. Não! Todos rezam de acordo com sua própria cultura! E celebram os sacramentos de acordo com sua própria cultura: na Igreja existem mais de vinte e cinco ritos litúrgicos diferentes, que nasceram em diferentes culturas”


Levar o Evangelho no mundo significa inculturá-lo

O Pontífice recorda das críticas recebidas pela sua declaração "precisamos de uma Igreja Amazônica" recordando também as críticas escandalizadas dos teólogos romanos a Matteo Ricci, o missionário jesuíta que queria "inculturar" o Evangelho na China, "aceitando também alguns rituais chineses". "A Igreja não o entendeu – explica Francisco com decepção – fechando de fato as portas para o Evangelho na China".


“Bento XVI, um revolucionário”

O primeiro diálogo se conclui com Carlo Petrini que elogia os missionários da Consolata e seu testemunho do Evangelho através de um hospital para os índios Yanomani, na Amazônia brasileira, sem proselitismo. Enquanto que o Papa Francisco recorda que foi Bento XVI, em Aparecida, que afirmou que "a Igreja cresce não pelo proselitismo, mas pela atração, ou seja, pelo testemunho", condenando assim o proselitismo.


“Por isso me irrito quando dizem que Bento é um conservador, Bento foi um revolucionário! Em tantas coisas que ele fez, em tantas coisas que ele disse, ele foi um revolucionário”


O segundo diálogo: rumo ao Sínodo Pan-amazônico

O segundo encontro ocorreu em 2 de julho de 2019, três meses antes do Sínodo dos Bispos para a Amazônia. O gastrônomo fundador do "Slow food", que nessa ocasião receberia um convite para participar da assembleia como auditor, pergunta ao Papa o que ele espera do Sínodo, e Francisco responde: "que tenha um impacto clamoroso". Porque "há necessidade de criar discussões férteis e profícuas", "para colocar energias e ideias em circulação". Ele nega que seja organizado o consentimento que "permitiria aos padres amazônicos se casarem".


Não ao celibato, mas os grandes temas de hoje

O Papa explica que Bispos e especialistas do mundo inteiro, e representantes da Amazônia discutirão sobre "os grandes temas de nossos dias": "meio ambiente, biodiversidade, inculturação, relações sociais, migração, equidade e igualdade". O Pontífice revela que também quis "convidar alguns padres e bispos um pouco conservadores" porque "se não houver opiniões diferentes o debate é estéril e há o risco de não dar nenhum passo adiante". Há necessidade, explica ele, "do pensamento e dos recursos de todos".


Só o ambientalismo não é suficiente, é preciso justiça social

Os grandes temas a serem discutidos, lembra o Papa Francisco, são todos abordados no "Laudato si’".


“Não se trata de ambientalismo, que por mais nobre que seja, não é suficiente. Aqui estamos falando de qual modelo de convivência e futuro temos e como construí-lo: está em jogo a enorme questão da justiça social que, ainda hoje, no mundo interligado e aparentemente próspero em que vivemos, está longe de ser alcançada”


Greta e a mobilização dos jovens “também pelo presente”

Petrini, promotor do "Terra Madre", uma rede ecológica "de agricultores, pescadores, artesãos, cozinheiros, pesquisadores, nativos, pastores", pergunta ao Papa como ele vê o movimento dos jovens nascido da menina sueca Greta Thunberg. Francisco aprova, e cita os slogans dos jovens, pois "o futuro é nosso e não seu". Ele não se interessa em saber se Greta é "empurrada por outros": se seu ativismo permite que milhões de jovens se mobilizem "só se deve se alegrar". "Estou interessado na reação dos jovens - esclarece – além do futuro, eles devem tomar o presente para si".


“Os jovens estão cientes de que esta civilização e este modelo estão deixando apenas as migalhas e que se não agirem agora pessoalmente, correm o risco de se encontrar em dificuldades”


Não ao populismo, que usa os instintos dos que estão em dificuldade

O diálogo se transfere para acusações de "bonomia excessiva" feitas contra o Papa Francisco pelo seu compromisso com a acolhida e a integração dos migrantes. O Papa cita Dom Quixote de Cervantes e explica que "não se deve responder nem ser intimidado, porque os ataques são o sinal de que está sendo feita a coisa certa". Aos que dizem que "estou perdendo minha rota porque recebi os ciganos no Vaticano", pergunta: "mas aonde este fechamento nos leva, o que nos espera? Vivemos em uma Europa que não tem mais filhos, que se fecha violentamente à imigração e esquece sua história de séculos de migração".


“Nestes tempos o populismo está recebendo muita atenção, que é a forma mais conveniente de evitar o surgimento do popularismo, a verdadeira alma do povo. O populismo não tem nada a ver com o povo, ao contrário, oprime sua alma, enjaula seu espírito mais positivo e nobre. (...) O populismo trabalha sobre o povo, mas sem o povo, usa os instintos das pessoas em dificuldades para indicar um inimigo a ser combatido exclusivamente pelo poder”


O egoísmo anti-migrante rejeitado com caridade e gentileza

Então de onde vem, pergunta Petrini, esta nova onda de racismo também em relação aos jovens atletas, filhos de migrantes, com insultos e desconfiança. Não somos mais capazes de empatia e proximidade? Para o Papa Bergoglio é uma tendência temporária, mas de qualquer modo preocupante...


“Uma corrente de egoísmo que dói e deve ser rejeitada com caridade e gentileza. (...) Hoje as prioridades mudaram. Primeiro queremos viajar, queremos comprar uma casa, temos que fazer outras coisas que na cultura de hoje são mais importantes e têm precedência. (...) O que nos espera no futuro? Sem filhos e migrações, o que nos espera?”


A boa globalização é multifacetada e salva as identidades

No entanto, continua o Pontífice, na Itália muitas vezes são as mulheres estrangeiras, babás e cuidadoras, "as que transmitem a fé e a mantêm viva" com o exemplo. Uma diversidade que deve ser mantida. O Papa Francisco reitera sua oposição ao que ele chama de "globalização esférica".


“A globalização é boa se for multifacetada, ou seja, se cada povo for único e mantiver sua própria identidade. Aplanar as diferenças só faz mal e é inútil, é uma perda gigantesca para todos”


A comida, construtor de pontes e amizades

O gastrônomo Carlo desloca a atenção para os alimentos "um instrumento para construir pontes", e Francesco lembra que para criar uma relação de amizade "é preciso comer juntos muitas vezes", porque comer, sem espetacularizar o ato e sem colocar no centro a comida em si, mas a relação entre as pessoas, "atua como um meio de valores e culturas". Segue uma saborosa troca de comentários sobre a união entre a cozinha piemontesa e argentina na família Bergoglio nos anos 40 e 50, com o adolescente Jorge Mario, que misturava “cappelletti” e “asado”, e depois “bagna cauda” e muita polenta.


Igreja e prazer: um bem que vem de Deus

Em favor do prazer da comida que "não é abundância, mas sobriedade", o convidado agnóstico provoca o Pontífice, afirmando que "a Igreja Católica sempre mortificou um pouco o prazer, como se fosse algo a ser evitado". O Papa Francisco não concorda e lembra que a Igreja condenou o "prazer desumano, vulgar", mas aceitou o prazer "humano, sóbrio".


“O prazer vem diretamente de Deus, não é católico ou cristão ou qualquer outra coisa, é simplesmente divino. O prazer de comer serve para nos manter saudáveis através da alimentação, assim como o prazer sexual é feito para tornar o amor mais belo e garantir a continuidade da espécie”


Da comida ao cinema: A festa de Babette

Da comida ao cinema, o "trait d’union" é "A festa de Babette", um filme que ambos adoram. "É um dos mais belos que já vi" confirma o Papa, "um hino à caridade cristã, ao amor", que "consegue fazer com que se perceba aquele prazer divino por muito tempo foi sufocado erroneamente". "Sou apaixonado pelo cinema", confessa, e lembra que quando criança cresceu com o neorealismo italiano, três filmes de cada vez vistos com sua família.


O terceiro diálogo: reflexões sobre a pandemia

O último encontro na Casa Santa Marta entre o Papa Francisco e Carlo Petrini foi no dia 9 de julho de 2020, e do Sínodo Pan-amazônico passamos à pandemia da Covid-19. O gastrônomo fala de sua participação na assembleia dos bispos como "uma experiência extraordinária". "Vi uma Igreja diferente do que imaginei: uma Igreja com os pés no chão, muito viva". Mas uma humanidade prostrada por esta emergência sanitária, acrescentou ele, precisa agora de palavras de esperança. E o Papa lembra que a humanidade é "pisoteada por este vírus e por tantos vírus que fizemos crescer", "vírus injustos: uma economia de mercado selvagem, uma injustiça social violenta".


Uma nova economia, novo protagonismo dos povos

Para encontrar esperança, para sair melhor desta crise, olhemos para as periferias, é o seu convite, "onde o futuro está em jogo". Descentralizando. Para Francisco agora precisa...


“Uma política que diga jamais a uma economia de mercado selvagem, jamais à mística das finanças às quais não se pode apegar porque são virtuais. Uma nova forma de entender a economia, um novo protagonismo do povo”


Aumentou a consciência da Laudato si’

Volta-se a falar do "Laudato si’", com Petrini convencido de que com este "tumulto" a encíclica "é mais atual do que nunca". Sim, confirma o Pontífice, "a consciência da Laudato si’ aumentou". Os pescadores de San Benedetto del Tronto que no ano passado "me disseram" que haviam recolhido "seis toneladas de plástico em um único barco", recorda, "tomaram consciência e entenderam que deveriam limpar o mar". E aos petroleiros recebidos em 2019 que lhe explicaram que se o petróleo for deixado de lado agora "haverá uma segunda crise" como nos anos Trinta, ele responde que é verdade, mas "é preciso sabedoria para fazer as coisas devagar, sem tirar o trabalho. Porque o trabalho é como o ar em nossa cultura, sem trabalho, o homem é reduzido...”.


Tempo de mudar com a descentralização

Petrini recorda que se todos "desejam uma mudança", após a pandemia, infelizmente, há também uma tendência a retornar "aos mesmos valores de antes".


“É verdade que algumas pessoas estão trabalhando para este retorno. Mas nós devemos preparar algo a mais! A alternativa! E vencer com esta alternativa. (...) Sim, porque muitas pessoas estão se preparando com algumas pinceladas de tinta para depois dizer "Ah, tudo mudou!", mas, ao contrário, nada mudou. Deve-se mudar com a descentralização”


O Concílio a ser aceito e a Teologia da Prosperidade

O fundador do "Slow food" muda a atenção para os grandes profetas italianos do século passado, de Don Milani para Don Mazzolari, de Don Tonino Bello a Arturo Paoli, que "agora, felizmente - comenta o Papa Francisco - estão recuperados", também graças ao Concílio Vaticano II. E o Papa lamenta, “um Concílio que ainda não foi aceito, depois de cinquenta anos, por muitas pessoas que tentam voltar atrás". Estamos a meio caminho, as reações mais fortes, explica, vêm "de uma concepção do liberalismo econômico", semelhante à "do Cristianismo da Teologia da Prosperidade". Este não é o caminho certo. Na verdade, o caminho certo é o da Teologia da Pobreza"!


Populismos que semeiam medo no povo

O Papa, portanto, volta a criticar os populismos, que "agarram-se ao povo usando uma ideia, semeando medo", por exemplo a dos migrantes, e "alguns discursos de certos líderes políticos" realmente vão "na direção de um populismo perigoso", próximo ao de 1932-33 na Alemanha.


Querida Amazônia e os índios assediados e descartados

O diálogo termina com uma referência ao Sínodo, ao documento "Querida Amazônia" e aos índios "molestados pela tecnologia e pelas multinacionais". Descartados porque são povos "que não nos dão algo, que não produzem". Descartados como "os idosos que são a sabedoria de um povo


Idosos com jovens, os pais de hoje são fracos...

Francisco justifica sua insistência no "diálogo entre idosos e jovens" com o fato de que "a geração atual de pais", "com esta cultura de bem-estar, perdeu a memória de suas raízes, mas os idosos ainda a têm". Se esses pais estão enfraquecidos pelo "bem-estar e consumismo", a escola e a universidade têm a tarefa de "retomar as três linguagens humanas: a da mente, a do coração e a das mãos". Mas em harmonia!". Caso contrário "formará técnicos que talvez com o desenvolvimento serão substituídos pela inteligência artificial que não tem coração e não pode acariciar".


O homem maduro é o que brinca com seus filhos...

A conclusão ainda é dedicada à educação. O Pontífice lembra de um "grande professor de filosofia" que dizia "se um homem não sabe brincar com as crianças, ainda não está maduro". E que ele, como confessor, sempre perguntava aos pais: "Mas o senhor brinca com seus filhos?".


“Essa é a verdadeira poesia! Se um pai não é um poeta, ele não poderá educar bem seu filho, mas com esta poesia de gratuidade, sim”


A segunda parte: cinco temas da Laudato si’

Na segunda parte do livro, Carlo Petrini desenvolve e comenta os cinco grandes temas que ele distinguiu na "Laudato si'", integrando-os com discursos e documentos do Papa Francisco. Da biodiversidade, com os capítulos II e IV de "Querida Amazônia", passa à economia, com um trecho de "Evangelii Gaudium" e a carta do Papa aos movimentos populares de abril de 2020. Depois fala sobre migrações, com a mensagem de Francisco para o Dia do Migrante de 2019, de educação, com dois discursos do Pontífice, um dirigido em 2017 aos estudantes e ao mundo acadêmico, o outro a mensagem de 2019 para o lançamento do Pacto Educacional, e por fim, de comunidade, com o discurso à Comece em 2017 e a mensagem para as Comunidades Laudato si’ de 2019.

A Natividade de Maria

Raffaello Sanzio – La Madonna Del Granduca

 A Natividade de Nossa Senhora é celebrada nove meses depois da celebração da solenidade da Imaculada Conceição (8 de dezembro). É toda a Igreja que faz o convite: “Vinde, todas as nações, vinde, homens de todas as raças, línguas e idades, de todas as condições: com alegria celebremos a natividade da alegria! (...)

Dom Murilo S.R. Krieger, scj - Arcebispo Emérito de São Salvador da Bahia


No dia 8 de setembro, seguindo uma tradição dos primeiros séculos da Igreja, celebramos a festa da Natividade de Nossa Senhora. Não há, nos textos evangélicos, referência alguma ao nascimento de Maria, por uma razão muito simples: o objetivo que os evangelistas tinham ao escrever o Evangelho era o de nos apresentar Jesus Cristo. Só há referências à Virgem Maria ou a qualquer outra pessoa quando se trata de ressaltar algum fato que diga respeito ao Salvador. É verdade que a Palavra de Deus nos mostra, mesmo que deforma discreta, a presença de Maria Santíssima nos momentos centrais da História da Salvação, como a encarnação, a inauguração do ministério de Cristo, a crucifixão, o nascimento da Igreja com a vinda do Espírito Santo etc. Mas os Evangelhos não nos dão informações a respeito da família de Maria, de sua infância, de sua formação, de seu temperamento, de seu aspecto físico etc.  

Encontramos dados sobre o nascimento de Maria nos chamados “Evangelhos Apócrifos”, que não são textos inspirados, mas escritos para recolher tradições orais que circulavam entre o povo. Ao lado de (poucos) fatos históricos verdadeiros, tais textos traziam (muitas) histórias fantasiosas e edificantes, para comover os fiéis. Para dar maior autoridade a tais textos, escritos a partir do segundo século da era cristã, eles eram divulgados como sendo de autoria de algum apóstolo. Segundo os Evangelhos Apócrifos, Nossa Senhora teria nascido na cidade de Nazaré, na Galileia, e seus pais se chamavam Joaquim e Ana.


A Igreja católica não costuma celebrar o dia de nascimento dos santos, mas sim o de sua morte – isto é, quando entraram para a glória eterna. Há, contudo, três celebrações de nascimento: de Jesus Cristo (Natal); de São João Batista (ainda no ventre de Isabel, manifestou-se diante da proximidade de Maria, que esperava Jesus, e que fora visitar sua parente); e o da própria Virgem Santíssima.             


A Natividade de Nossa Senhora é celebrada nove meses depois da celebração da solenidade da Imaculada Conceição (8 de dezembro). É toda a Igreja que faz o convite: “Vinde, todas as nações, vinde, homens de todas as raças, línguas e idades, de todas as condições: com alegria celebremos a natividade da alegria! (...) Que a criação inteira se alegre, festeje e cante a natividade de uma santa mulher, porque ela gerou para o mundo um tesouro imperecível de bondade, e porque por ela o Criador mudou toda a natureza humana em um estado melhor!” (S. João Damasceno – século VIII).


Mais tarde, em um famoso sermão feito na festa da Natividade, Padre Antônio Vieira (século XVII) perguntou: “Quereis saber quão feliz, quão alto é e quão digno de ser festejado o Nascimento de Maria?” Ele mesmo respondeu: “Vede para que nasceu: nasceu para que dela nascesse Deus. (…) Perguntai aos enfermos para que nasce esta celestial Menina: dir-vos-ão que nasce para Senhora da Saúde; perguntai aos pobres, dirão que nasce para Senhora dos Remédios; perguntai aos desamparados, dirão que nasce para Senhora do Amparo; perguntai aos desconsolados, dirão que nasce para Senhora da Consolação; perguntai aos tristes, dirão que nasce para Senhora dos Prazeres; perguntai aos desesperados, dirão que nasce para Senhora da Esperança. Os cegos dirão que nasce para Senhora da Luz; os discordes, para Senhora da Paz; os desencaminhados, para Senhora da Guia; os cativos, para Senhora do Livramento; os cercados, para Senhora da Vitória. Dirão os pleiteantes que nasce para Senhora do Bom Despacho; os navegantes, para Senhora da Boa Viagem; os temerosos da sua fortuna, para Senhora do Bom Sucesso; os desconfiados da vida, para Senhora da Boa Morte; os pecadores todos, para Senhora da Graça; e todos os seus devotos, para Senhora da Glória. E se todas estas vozes se unirem em uma só voz, dirão que nasce para ser Maria e Mãe de Jesus.”


A Virgem Maria foi escolhida por Deus, antes de todos os séculos, para ser a Mãe do Messias, a Mãe do Filho de Deus, a Mãe do Salvador, “a estrela que precede o Sol”. Com o seu nascimento, a vinda do Emanuel, do “Deus-conosco”, começava a se concretizar. Por isso, na festa de seu nascimento, a Igreja pede: “Exulte, ó Deus, a vossa Igreja (...), pois nos alegramos pelo nascimento de Maria, que foi para o mundo inteiro esperança e aurora da salvação” (Missa – Oração depois da Comunhão).

Evangelho de 8 de setembro

 



Dom Mário Spaki comenta o Evangelho de Mateus 1,18-23

Celebra-se hoje a festa do nascimento de Maria, a Mãe de Jesus. O Evangelho fala dela: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado de Emanuel, que significa: Deus está conosco.

Como viver esse Evangelho no dia de hoje?

No Evangelho está escrito: Todas as gerações me chamarão de bem-aventurada. Então, quando você reconhece Maria como Mãe de Deus, quando reza a ela, ou visita um santuário, você está vivendo esta frase da Palavra de Deus. Foi Deus quem escolheu Maria para ser sua e nossa mãe. Demonstre o seu carinho a Maria beijando uma imagem sua no dia de hoje.

URGENTE: Governadora Fátima Bezerra Anuncia que Aulas Presenciais da Rede Pública só Serão Retomadas em 2021

 


A Governadora do Estado do Rio Grande do Norte, informou na manhã desta terça (08) em encontro virtual com profissionais da educação do estado que as aulas presenciais da rede PÚBLICA do Rio Grande do Norte não voltarão à forma presencial este ano.

Segundo a chefe do poder executivo a decisão foi tomada após consulta pública a pais e profissionais, que para 79% dos entrevistados foram favoráveis a suspensão das aulas até o fim deste ano, enquanto isso a secretaria de educação afirma que a previsão de 05 de outubro continua válida para as escolas particulares.

Na Semana passada o Governo já havia comunicado que a data de retorno seria dia 05 de outubro, posteriormente voltou atrás e anunciou que a data tratava-se de uma previsão, no dia seguinte foi lançada uma enquete para consultar pais, funcionários e alunos sobre a possibilidade de retorno das aulas.

Bispos do Malauí: redes sociais sejam um instrumento de esperança e evangelização

 O convite é para refletir seriamente sobre uso correto das redes e como antídoto para Fake News

O apelo foi feito pelo coordenador nacional das Comunicações Sociais da Conferência Episcopal, Pe. Godino Phokoso, durante um encontro da Organização Católica das Mulheres, promovido no final de agosto, em Lilongwe. Ele exortou aos cristãos que as redes sociais sejam usadas para difundir e pregar a esperança, sobretudo em meio à pandemia e as Fake News.

Vatican News


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Programas de catequese missionária para crianças vão ao ar na TV e rádios do Malauí

18/08/2020

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A Conferência Episcopal do Malauí, através do coordenador nacional das Comunicações Sociais, Pe. Godino Phokoso, pede aos cristãos que as redes sociais sejam usadas para difundir e pregar a esperança. A exortação foi feita durante um encontro da Organização Católica das Mulheres, promovido em 30 de agosto, em Lilongwe.


O convite é para que se busque a refletir seriamente sobre o uso correto das redes digitais, também como antídoto para as "fake news", especialmente no contexto atual da pandemia de Covid-19. O Pe. Godino, em material divulgado pela Amecea (Associação dos membros das Conferências Episcopais da África Oriental), disse que "a Igreja Católica no Malauí acredita firmemente que, mesmo em meio às rigorosas medidas adotadas para a contenção do coronavírus e que preveem o distanciamento social, os cristãos devem continuar a evangelizar".


Na situação atual, portanto, as redes sociais "devem nos permitir difundir o Evangelho, inspirando a esperança entre os crentes de que a pandemia será logo superada". Em "colaboração com o governo", então, "os cristãos devem estar prontos para responder da melhor maneira essa calamidade", concluiu o coordenador.


O apoio da Organização Católica das Mulheres

Por sua vez, Lucy Vokhiwa, do grupo das mulheres católicas, reiterou o compromisso da organização de ajudar as pessoas afetadas pela Covi-19, principalmente “os mais vulneráveis”. Para isso, disse ela, “fizemos um apelo a todos os cristãos e a todas as pessoas de boa vontade: apoiem a nossa causa". Até esta segunda-feira (7), o Malauí registou pouco mais de 5.500 casos confirmados de Covid-19 no país e 175 pessoas que morreram vítimas da doença.


Vatican News Service - IP

Caridade e vida: sobre isso fala o cardeal Parolin aos novos sacerdotes

Cardeal Parolin

 Na sua homilia da ordenação de 29 sacerdotes do Opus Dei, o Secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, recordou o mandato de Jesus para os seus pastores e as necessidades das ovelhas a eles confiadas, falando de misericórdia. No dia da memória litúrgica de Santa Madre Teresa, 5 de setembro, citou, entre outros, a Santa dos mais necessitados entre os pobres.

Fausta Speranza – Vatican News

O sacerdote, pastor de almas, não é apenas aquele que guia: estas são as palavras do Secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, na homilia da Missa de ordenação de 29 novos sacerdotes do Opus Dei, sábado, 05(09) na Basílica de Santo Eugênio, em Roma. "A ideia de que o pastor designa quase exclusivamente a orientação do rebanho criou raízes", disse, explicando que "certamente o pastor é aquele que guia, que, precedendo as ovelhas, lhes mostra o caminho, marca o passo, traça o caminho do que chamamos, precisamente, 'pastoral'". Mas depois advertiu que "no Evangelho emerge uma perspectiva mais ampla". O cardeal Parolin recordou que "Jesus destaca a diferença entre o pastor e o mercenário" e sublinhou que "ao contrário deste último, que interpreta o seu trabalho como uma profissão, o pastor não desempenha um papel, mas assume um estilo de vida". E assim uma indicação precisa: "O pastor não vivia como queria, mas como era melhor para o rebanho; não estava onde queria, mas onde estava o rebanho. Ele se movia com as ovelhas e passava cada hora do dia e da noite na sua companhia. Mais do que conduzir o rebanho, ele vivia com ele".

O pastor chamado à vida

"A imagem do pastor parece portanto referir-se não principalmente ao governo, mas à vida", disse o Secretário de Estado, recordando que "não é por acaso que Jesus caracteriza o pastor como aquele que dá 'a sua vida pelas ovelhas' (Jo 10,11). A mensagem é clara: "Não serão chamados em primeiro lugar a 'fazer algo' - talvez nem mesmo aquilo a que se sente mais inclinado - mas a dar e partilhar a sua vida". Nisto, a promessa de plenitude: "Deste modo poderá realizar plenamente o chamado a agir 'in persona Christi': não só na administração dos sacramentos, mas encarnando o estilo de Jesus". E a este respeito o cardeal Parolin citou as seguintes palavras de São Josemaría Escrivá de Balaguer: "o sacerdote - seja ele quem for - é sempre outro Cristo".


O tempo da misericórdia

"Ser pastores hoje significa tornar-se testemunhas de misericórdia": este é o chamado do cardeal Parolin, que recordou que "Cristo, o bom pastor, veio procurar-nos onde estávamos perdidos, nos vales escuros do pecado e da morte: tomou sobre si o nosso pecado, padeceu o nosso mal, partilhou a nossa morte, morrendo na cruz".  Desta forma - reiterou - "redimiu-nos, reunindo-nos com misericórdia e colocando-nos com amor sobre os seus ombros, como a arte cristã tem representado desde o início, de uma forma eminente nesta cidade". E assim esclareceu o mandato do sacerdote: "A vida do sacerdote é chamada a testemunhar a alegria do encontro entre Deus e nós, a alegria que Deus sente ao usar-nos misericórdia.  A referência ao Papa Francisco: "Hoje é tempo de misericórdia", proclamou o Santo Padre no período que antecedeu a abertura do último Jubileu, em 25 de outubro de 2015. E o cardeal Parolin disse aos novos sacerdotes: "A graça do hoje eclesial e as existências encontram-se desta forma neste dia, no sinal do pastor misericordioso que dá a sua vida pelo rebanho".


A beleza da salvação entre as palavras e o perdão

"As palavras que vocês pregarão só podem ser palavras de vida". O secretário de Estado fala de "consequências práticas" a serem consideradas e afirmou: "antes de exortar, deve sempre ser proclamada a beleza da salvação”. Em relação ao perdão, convida a ser "embaixadores da misericórdia, portadores do perdão que eleva a existência, sacerdotes que amam dispor os seus irmãos e irmãs a deixarem-se reconciliar com Deus". Ele enfatizou: "Sei quanta atenção e cuidado vocês dão ao Sacramento da Reconciliação, à confissão: não posso fazer outra coisa senão exortar-lhes a continuar a fazê-lo, a serem dispensadores dessa graça e do perdão do Senhor de que o mundo de hoje tanto necessita!


O valor da simplicidade e o pensamento de Santa Teresa de Calcutá

A segunda palavra proposta é simplicidade. O cardeal Parolin recorda que "os pastores presentes no nascimento de Jesus certamente não representaram o cume cultural do povo e não foram a expressão realizada da pureza ritual, mas foram os primeiros chamados a acolher o Messias que apareceu na terra". O Senhor olha para o coração, ama os pequenos e procura os simples.  Santa Teresa de Calcutá "pode vir em nosso auxílio". Uma citação do "Caminho Simples" que ela delineou: "O fruto do silêncio é a oração. O fruto da oração é a fé. O fruto da fé é o amor. O fruto do amor é o serviço. O fruto do serviço é a paz. "Palavras simples", definiu-as o cardeal, "mas capazes de ligar cada um com os pólos da existência: Deus e os outros".  Ele advertiu: "para ser pastores verdadeiramente tais, é preciso antes de mais ter uma vida bem ordenada, e isto também significa não se deixar subjugar por mil coisas, sob pena de perder a simplicidade de um coração totalmente dedicado ao Senhor". E cita novamente o fundador do Opus Dei: "O Senhor não se contenta com a partilha, Ele quer tudo. Ele não procura as nossas coisas, ele procura a nós mesmos".


O difícil desafio da missão

Missão é a terceira palavra escolhida em relação ao Bom Pastor que - recordou o cardeal Parolin - vai em busca da ovelha perdida: "Vocês, caros irmãos de várias latitudes e contextos diferentes, são ordenados sacerdotes durante um Pontificado que nos transmite, para além da prioridade da misericórdia vivida e do apelo à simplicidade evangélica, a necessidade não mais adiável da missão como vocação principal da Igreja. O Secretário de Estado sublinhou: "ser Igreja em saída significa não se conceber a si próprio como um fim, mas como um meio, para levar não a nós mesmos, mas o Senhor ao mundo. Significa não ser introvertido, mas extrovertido; não ansioso por ganhar relevância, mas por dar a conhecer Jesus àqueles que, como acontece especialmente em contextos mais secularizados, pensam que a questão de Deus pertence ao passado". Em última análise, o convite a "combinar caridade pastoral e sã criatividade evangelizadora, fidelidade e flexibilidade, fé profundamente enraizada e coração disposto; pede para ir ao encontro, em vez de esperar; de acolher, não rejeitar as questões mais inquietas e complexas da atualidade, especialmente as das gerações mais jovens, muitas vezes distantes e por vezes reticentes".  O cardeal encorajou os novos sacerdotes depois de recordar que "é difícil levar sobre os ombros desordenadamente, vidas aparentemente vazias" e depois de repetir: "é para com estas ovelhas que, hoje em particular, o Senhor quer que nos coloquemos a caminho".

RDC: Igreja tem papel fundamental na pacificação do país, diz sacerdote carmelita

 Refugiada congolesa em Kyangwali, Uganda

“Os confrontos ensanguentam o nordeste do país há décadas, além de provocar meio milhão de refugiados internos e centenas de milhares de externos”. Apelos do Papa Francisco e do secretário-geral da ONU por um cessar fogo lobal tiveram pouco efeito no país.

Vatican News


“O Congo passa por uma uma profunda crise social, pobreza e precariedade: na origem destes problemas está o interesse de uma minoria em possuir todas as riquezas do país. Nem mesmo a pandemia do coronavírus conseguiu pacificar as partes beligerantes, porque há interesses para os quais a vida humana parece valer pouco”.


É o que relata à Agência Fides padre Christian Muta OCD, sacerdote carmelita congolês do Convento "Les Buissonnets" de Lubumbashi, referindo-se à difícil situação em que se encontra o país africano.


Mais de três meses após o premente apelo lançado pelo secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, primeiro, e depois pelo Papa Francisco, por um "cessar-fogo universal", o religioso observa que no país, “a mensagem Francisco recebeu uma resposta muito fraca e absolutamente insuficiente para convencer a maioria dos beligerantes a depor as armas”.


Mesmo as celebrações do 60º aniversário da independência da Bélgica, que a República Democrática do Congo celebrou em 30 de junho passado, decorreram num clima de tensão.


“Instabilidade política, pobreza endêmica, não obstante os grandes recursos, a presença de o coronavírus e a notícia de um novo surto de ebola nas regiões ocidentais, tornam o momento muito crítico”, observa padre Muta. De todos estes fatores, a guerra tem o maior peso: “Os confrontos ensanguentam o nordeste do país há décadas, além de provocar meio milhão de refugiados internos e centenas de milhares de externos”.


“A Igreja, neste contexto, desempenha um papel muito importante – afirma padre Christian. Os bispos, de fato, convidam os fiéis a rezar pela reconciliação e são ativos nas dioceses, contestando as tentativas de corrupção e sinalizando que a maioria parlamentar não se preocupa com o bem de pessoas".


“A comunidade dos batizados - conclui - transmite ao povo a coragem profética e está fielmente ao lado dos mais necessitados, anunciando o Evangelho que liberta e chama à conversão e à paz profunda”, conclui o religioso carmelita. (ES - Agenzia Fides)



Vacina da Rússia pode receber aval esta semana para início da aplicação na população do país

 

VACINA CORONAVÍRUSO vice-diretor do Instituto Gamaleya de Epidemiologia e Microbiologia, órgão do Ministério da Saúde da Rússia, Denis Logunov, informou na sexta-feira (4) que a vacina candidata do país contra o coronavírus, a Sputnik V, poderá ser liberada para a população esta semana. “Dentro de alguns dias, entre 10 e 13 de setembro, devemos obter permissão para lançar um lote da vacina para uso civil. A partir deste momento, a população passará a ser vacinada”, disse Logunov no dia 4 à agência de notícias Tass.

“O registro da vacina permite a vacinação de toda a população, mas os grupos de alto risco virão primeiro. Não há restrições para os demais grupos, mas o Ministério da Saúde definiu a tarefa de proteger os grupos de risco em primeiro lugar “, afirmou Logunov. Segundo o vice-diretor, existe uma “vasta base de evidências de que a vacina é segura” e que a segurança “foi o principal pré-requisito para seu registro”.

Covid-19 já contribuiu para triplicar taxa de depressão, aponta novo estudo

 

Covid-19: Fiocruz amplia capacidade nacional de testagemUm estudo inédito realizado na Escola de Saúde Pública da Universidade de Boston (BUSPH, na sigla em inglês) revelou que 27,8% dos adultos norte-americanos apresentavam sintomas de depressão em meados de Abril, em comparação com apenas 8,5% antes da pandemia da Covid-19, revelou a revista cientifica ‘Science Daily‘.

A pesquisa, publicada na ‘JAMA Network Open’, também descobriu que os rendimentos e a economia são os principais indicadores de depressão em tempos de pandemia. “Observou-se que a depressão na população em geral após eventos traumáticos de larga escala anteriores, duplicou”, afirma o principal autor do estudo, Sandro Galea, citando exemplos como o 11 de Setembro, o Surto de Ebola e a agitação civil em Hong Kong.


45% acham que situação do Brasil vai melhorar

 

BRASILPesquisa Poder Data mostra que 45% dos brasileiros estão confiantes e acham que a situação do Brasil nos próximos 6 meses irá melhorar. Para 29%, a conjuntura ficará do mesmo jeito e 20% disseram que irá piorar. O país enfrenta hoje uma pandemia que já matou mais de 125 mil brasileiros. Além disso, as medidas de enfrentamento ao coronavírus causaram 1 forte impacto na economia.

O 2º trimestre de 2020 registrou retração recorde no PIB –caindo 9,7%. Em valores correntes, somou R$ 1,653 trilhão de abril a junho. No 1º semestre do ano, a economia acumulou queda de 5,9%. A pesquisa foi realizada pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é realizada em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.


Bolsonaro diz ter compromisso com Constituição, soberania, democracia e liberdade

 

jair-bolsonaroO presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (7), em pronunciamento em rede nacional, que tem compromisso com a Constituição, com a preservação da soberania, com a democracia e com a liberdade. O pronunciamento, sobre o Dia da Independência, foi gravado no Palácio da Alvorada (residência oficial) e durou pouco mais de três minutos.

“No momento em que celebramos essa data tão especial, reitero, como presidente da República, meu amor à Pátria e meu compromisso com a Constituição e com a preservação da soberania, democracia e liberdade, valores dos quais nosso país jamais abrirá mão”, afirmou o presidente.

Em outro trecho do pronunciamento, Bolsonaro afirmou que, nos anos 1960, “milhões de brasileiros” foram às ruas “contra um país tomado pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada”. Enquanto o pronunciamento de Bolsonaro era exibido, cidades brasileiras registraram panelaço contra o presidente.


Vacina chinesa que está em teste no Butantan é segura para idosos, diz empresa


vacina coronavírusA empresa chinesa Sinovac Biotech informou nesta segunda-feira (7) que a vacina que desenvolve contra a Covid-19, em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo, se mostrou segura para pessoas mais velhas. Contudo, as respostas imunológicas desencadeadas pela vacina foram ligeiramente mais fracas nesse grupo do que em adultos mais jovens.

Segundo Liu Peicheng, representante da empresa, afirmou à agência Reuters, a vacina CoronaVac não causou efeitos colaterais graves em testes clínicos combinados de Fase 1 e Fase 2 iniciados em maio com 421 participantes com 60 anos ou mais.

“Dos três grupos de participantes que tomaram respectivamente duas injeções de baixa, média e alta dose de CoronaVac, mais de 90% tiveram uma alta significativa nos níveis de anticorpos, mas os níveis foram ligeiramente mais baixos do que os observados em indivíduos mais jovens, ainda que em linha com as expectativas”, disse Lu.

Durante a pandemia, 244 médicos brasileiros morreram de Covid-19, aponta sindicato

 


2020-07-17t105439z-812515488-rc2yuh98bk7w-rtrmadp-3-health-coronavirus-researchDesde o início da pandemia do novo coronavírus, 244 médicos brasileiros morreram em decorrência da Covid-19, aponta o Sindicato dos Médicos de São Paulo. O primeiro óbito aconteceu no dia 22 de março, e o último, em 2 de setembro. Entre as vítimas, a grande maioria (88%) é de homens. Além disso, 45% delas tinha mais de 60 anos. O estado com mais mortos é São Paulo (51), seguido do Rio de Janeiro (40).

O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e o Conselho Internacional de Enfermeiros (ICN, sigla em inglês) divulgaram no final de maio um outro levantamento segundo qual o Brasil é o país com mais mortes de enfermeiros devido à pandemia. O número geral de mortes no país é de 126,7 mil até esta segunda-feira (7), de acordo com o consórcio de veículos de imprensa.


Convenção homologa candidaturas de Diego Vale e Vilma Medeiros a prefeito e vice em Caicó


Diego Vale e Vilma Medeiros Solidariedade CaicóO Solidariedade foi o primeiro partido de Caicó-RN a realizar uma convenção virtual. O encontro dos filiados aconteceu na manhã dessa segunda-feira, 7 de setembro, pela plataforma Google Meet e homologou as candidaturas de Diego Vale a prefeito de Caicó e de Vilma Medeiros a vice-prefeita.

“O Solidariedade foi o primeiro partido a lançar uma plataforma virtual para os cidadãos contribuírem com nosso Plano de Governo Participativo, o primeiro de Caicó a realizar uma convenção virtual e o primeiro a anunciar a vice. Por sinal, a única mulher até agora apresentada para a disputa majoritária em Caicó”, destaca Diego Vale, pré-candidato a prefeito.

O partido também homologou quinze candidaturas para a Câmara Municipal de Caicó: Cleide Silva, Liduina Cândido, professora Lucinete, Betânia Medeiros, Goretti Silva, Antônio Soares, Cristiano Manoel, Diego Borges, Djanní Martinho, Lúcio Bezerra, Klecio Saraiva, Lidimário dos Santos, Max Azevedo, Roberto Freire e Romildo Dantas.

Fonte: Assessoria de imprensa

Papa aceita renúncia de bispo americano acusado de pedofilia


papa franciscoO papa Francisco aceitou, nesta segunda-feira (7), a renúncia de um bispo dos Estados Unidos que foi acusado de pedofilia. O monsenhor Michel Mulloy tinha sido nomeado bispo de Duluth, no estado de Minnesota, em junho. O prelado de 66 anos assumiria as novas funções no dia 1º de outubro.

Antes disso, no entanto, ele foi notificado de que foi denunciado por abusos sexuais no início dos anos 1980 quando ele estava na diocese de Rapid City, no estado de Dakota do Sul. A diocese de, então, informou a polícia e pediu ao prelado para que ele deixasse de exercer suas funções. Seus membros concluíram que “a acusação atendeu aos critérios da lei canônica para dar prosseguimento à investigação”.

Mulloy foi notificado das acusações e apresentou sua renúncia, acrescentou o comunicado. “O Santo Padre aceitou a renúncia apresentada pelo bispo de Duluth, monsenhor Michel Mulloy”, anunciou a Santa Sé, sem dar qualquer explicação. Um porta-voz da polícia de de Rapid City disse que não há investigação ativa sobre o bispo. A polícia em Duluth não respondeu aos pedidos de comentários.


‘Esta não será a última pandemia’, alerta diretor-geral da OMS

 


omsO diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou nesta segunda-feira (7) que a pandemia de Covid-19 “não será a última” a ser enfrentada pela humanidade. “Esta não será a última pandemia. A história nos ensina que surtos e pandemias são um fato da vida. Mas, quando a próxima pandemia vier, o mundo deve estar pronto – mais do que estava desta vez”, alertou Tedros.


Ele também chamou atenção para o fato de que os países precisarão preparar melhor seus sistemas de saúde. “Nos últimos anos, muitos países fizeram enormes avanços na medicina, mas muitos negligenciaram seus sistemas básicos de saúde pública, que são a base para responder aos surtos de doenças infecciosas”, afirmou Tedros.

Álvaro Dias ganha destaque para reeleição a prefeito, diz O Globo

 

foto-de-erradoA crise sanitária gerada pela Covid-19 beneficiou candidatos à reeleição a prefeito, aumentando sua exposição na mídia e trazendo popularidade. Os reflexos mais diretos estão nas redes sociais, onde aumentaram sua base e o engajamento com o público.

Dados levantados a partir da ferramenta Crowdtangle correspondentes ao Facebook mostram crescimento considerável. De acordo com os dados, o prefeito de Natal, Álvaro Dias (MDB) aparece em primeiro lugar com 51,99%.

Em setembro de 2019, o crescimento médio de seguidores dos que concorrem à reeleição foi de 0,25% no mês. Em março, auge da pandemia, chegou a 5% de crescimento, caindo nos meses seguintes, mas ainda muito superior ao pré-pandemia. O engajamento também cresceu. Dados do MonitoraBR mostram que dos seis prefeitos que mais se engajaram no Facebook em relação à média do coletivo, todos concorrem à reeleição.


Bolsonaro desfila com crianças sem máscara no 7 de Setembro

 


BOLSONAROO presidente Jair Bolsonaro desfilou com crianças sem máscara e causou aglomerações de apoiadores ao participar da cerimônia do 7 de Setembro, nesta segunda-feira (7) em Brasília. Por causa da pandemia, a cerimônia foi diferente. No lugar do tradicional desfile militar, houve uma breve cerimônia com a execução de hinos, o hasteamento da bandeira e uma exibição da Esquadrilha da Fumaça.

Participaram a primeira-dama Michelle Bolsonaro, ministros e os presidentes do Congresso, Davi Alcolumbre, e do STF, Dias Toffoli. Ele e a primeira-dama Michelle Bolsonaro provocaram aglomeração ao cumprimentar e fazer fotos com apoiadores na grade do Alvorada. Até 800 pessoas tiveram autorização para assistir à cerimônia, informou a Secretaria de Comunicação.

Ibope revela que 72% dos brasileiros só querem retorno das aulas com vacina

 


EDUCAÇÃOPesquisa Ibope divulgada nesta segunda-feira, 7, pelo jornal O GLOBO, mostra que o retorno das aulas presenciais tem forte resistência no Brasil. Segundo a sondagem, 72% dos entrevistados defendem que os alunos só devem retornar presencialmente às escolas depois que uma vacina para o novo coronavírus estiver disponível.


O levantamento foi realizado entre os dias 21 e 31 de agosto, pela internet, com 2.626 brasileiros com mais de 18 anos e das classes A, B e C. Atualmente, apenas o estado do Amazonas já liberou o retorno presencial às escolas. São Paulo e o Rio Grande do Sul seguem a mesma medida a partir desta terça-feira, 8..


Rio de Janeiro, Piauí, Pernambuco e Pará também já têm datas marcadas que vão do próximo dia 14 até outubro. Todos possuem planos para a volta de forma escalonada e com medidas de prevenção. O Acre, de acordo com levantamento do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), está em fase de planejamento. E os outros 19 estados não têm data definida.

Na estimulada, Dr. Tadeu também lidera pesquisa do Instituto Agora Sei

 


PESQUISA ESTIMULADACom informações do Blog do Marcos Dantas – Dr. Tadeu também lidera na estimulada, e diferente da espontânea a diferença para o segundo colocado é bem mais significativa. Enquanto o médico aparece com 30,4%, Arthur Maynard assume o segundo lugar com 18,7%, seguido do atual prefeito Batata com 17,6%, Diego Vale com 3,1%, Cição Bandido com 2,7% e Chico da Caern com 2%.

O Instituto não estimulou o nome de Alexandre Cazuza, pré-candidato do PSL a prefeito de Caicó na pesquisa estimulada. Na estimulada o percentual dos que votam em nenhum é 10% e os indecisos somam 15,5%.

A pesquisa foi contratada pelo próprio Instituto Agorasei e ouviu 450 entrevistados neste dia 01 de setembro e está registrada no Tribunal Regional Eleitoral com o protocolo RN-02913/2020. O intervalo de confiança estimado é de 95% e a margem de erro máxima estimada é de 4.5 pontos percentuais, para mais ou para menos sobre os resultados totais da amostra.