terça-feira, 17 de agosto de 2021

Trabalhadores nascidos em novembro podem sacar auxílio emergencial

 Trabalhadores informais e inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) nascidos em novembro podem sacar, a partir de hoje (17), a quarta parcela do auxílio emergencial 2021. O dinheiro foi depositado nas contas poupança digitais da Caixa Econômica Federal em 29 de julho.

Os recursos também podem ser transferidos para uma conta-corrente, sem custos para o usuário. Até agora, o dinheiro apenas podia ser movimentado por meio do aplicativo Caixa Tem, que permite o pagamento de contas domésticas (água, luz, telefone e gás), de boletos, compras em lojas virtuais ou compras com o código QR (versão avançada do código de barras) em maquininhas de estabelecimentos parceiros.

Em caso de dúvidas, a central telefônica 111 da Caixa funciona de segunda a domingo, das 7h às 22h. Além disso, o beneficiário pode consultar o site auxilio.caixa.gov.br.

O saque originalmente estava previsto para ocorrer em 8 de setembro, mas foi antecipado em três semanas por decisão da Caixa. Segundo o banco, a adaptação dos sistemas tecnológicos e dos beneficiários ao sistema de pagamento do auxílio emergencial permitiu o adiantamento do calendário.

O auxílio emergencial foi criado em abril do ano passado pelo governo federal para atender pessoas vulneráveis afetadas pela pandemia de covid-19. Ele foi pago em cinco parcelas de R$ 600 ou R$ 1,2 mil para mães chefes de família monoparental e, depois, estendido até 31 de dezembro de 2020 em até quatro parcelas de R$ 300 ou R$ 600 cada.

Neste ano, a nova rodada de pagamentos, durante sete meses, prevê parcelas de R$ 150 a R$ 375, dependendo do perfil: as famílias, em geral, recebem R$ 250; a família monoparental, chefiada por uma mulher, recebe R$ 375; e pessoas que moram sozinhas recebem R$ 150.

Regras

Pelas regras estabelecidas, o auxílio é pago às famílias com renda mensal total de até três salários mínimos, desde que a renda por pessoa seja inferior a meio salário mínimo. É necessário que o beneficiário já tenha sido considerado elegível até o mês de dezembro de 2020, pois não há nova fase de inscrições. Para quem recebe o Bolsa Família, continua valendo a regra do valor mais vantajoso, seja a parcela paga no programa social, seja a do auxílio emergencial.

O programa se encerraria com a quarta parcela, depositada em julho e sacada em agosto, mas foi prorrogado até outubro, com os mesmos valores para o benefício.

Abertas as inscrições para lista de espera do ProUni

 Estudantes que não foram selecionados na segunda chamada do Programa Universidade para Todos (ProUni) terão uma última chance de entrar este ano. Hoje (17) e amanhã (18) estão abertas as inscrições na lista de espera.

O resultado será divulgado na próxima quarta-feira (20). Os selecionados no programa podem receber bolsas de 50% ou 100% em instituições de todo o país.

Documentação

Segundo o Ministério da Educação, os selecionados nessa etapa terão entre os dias 23 e 27 de agosto para comprovar as informações prestadas por meio de documentação. No segundo semestre de 2021, o programa oferece 134.329 bolsas de estudo – 69.482 integrais e 64.847 parciais – em mais de 10 mil cursos de quase mil instituições particulares de ensino superior.

Critérios

Para obter uma bolsa integral, o interessado precisa comprovar renda familiar bruta mensal, por pessoa, de até 1,5 salário mínimo. No caso de bolsas parciais (50%), é preciso comprovar renda familiar bruta mensal, por pessoa da família, de até três salários mínimos.

Conselho do FGTS deve decidir distribuição de lucro a trabalhadores

 Os trabalhadores com carteira assinada podem se preparar para ver o saldo na conta do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) subir até o fim do mês. O Conselho Curador do FGTS deve decidir na reunião de hoje (16) a distribuição de parte do lucro de R$ 8,467 bilhões em 2020.

Formado por representantes do governo, das empresas e dos trabalhadores, o conselho decidirá o percentual do lucro a ser repassado às contas do FGTS. Feita desde 2017, a distribuição ocorre de forma proporcional ao saldo de cada conta em 31 de dezembro do ano anterior. Quanto maior o saldo, maior o lucro recebido.

No ano passado, o FGTS distribuiu cerca de R$ 7,5 bilhões aos trabalhadores, o que equivale a 66,2% do lucro de 2019. Caso o percentual seja mantido neste ano, seriam repassados cerca de R$ 5,8 bilhões às contas vinculadas. Segundo a Caixa Econômica Federal, caso a distribuição dos lucros seja aprovada, o crédito em cada conta será feito até 31 de agosto.

Em 2017 e 2018, a legislação fixava a distribuição de 50% do lucro do FGTS no ano anterior aos trabalhadores. Em 2019, o Congresso tinha aprovado a distribuição de 100% do lucro, na lei que criou a modalidade de saque-aniversário, mas o presidente Jair Bolsonaro vetou o artigo, e o percentual passou a ser aprovado a cada ano pelo Conselho Curador.

Com rentabilidade fixa de 3% ao ano, o FGTS tem os rendimentos engordados com a distribuição dos lucros. Em 2020, o procedimento elevou a rentabilidade do fundo para 4,9%.

O pagamento de parte dos ganhos do FGTS não muda as regras de saque. O dinheiro só poderá ser retirado em condições especiais, como demissões, compra da casa própria ou doença grave. Quem aderiu ao saque-aniversário pode retirar uma parte do saldo até dois meses após o mês de nascimento, mas perde direito ao pagamento integral do fundo no caso de demissão sem justa causa.

Com chegada de novas doses, RN avança no calendário de vacinação contra a covid-19

 A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) segue trabalhando para adiantar o calendário de vacinação contra a Covid-19 no Rio Grande do Norte. O planejamento é de que até o início de setembro todo potiguar maior de idade receba ao menos a primeira dose de imunização. 

Para isso, a Sesap vem agilizando as ações de distribuição dos lotes de imunizantes. Nesse sábado (14), com apoio do Corpo de Bombeiros Militar e da Polícia Militar, foram encaminhadas aos municípios mais de 77 mil vacinas, para garantir a continuidade da campanha no estado. 

Até o fim da manhã desta segunda-feira (16), a plataforma RN+ Vacina apontava que 68% das pessoas acima dos 18 anos receberam ao menos uma dose de vacina, sendo que 26% já estão totalmente imunizados.

Os números tanto de primeira como de segunda dose vão crescer dentro do próximos dias com as novas cargas de vacinas que chegaram ao RN nesta tarde de segunda-feira. O Estado recebeu 81.760 doses de Astrazeneca/Fiocruz e Pfizer.

Destas, 63.040 unidades são para completar o esquema vacinal de quem tomou a primeira dose, sendo toda a carga de 49 mil vacinas da Astrazeneca e outras 14.020 da Pfizer. As demais doses de Pfizer são para ampliar a vacinação por faixa etária, que em 25 cidades do RN já alcançou a faixa dos 18 anos.

Essas doses serão utilizadas dentro dos mutirões que a Sesap e os municípios irão implementar dentro das próximas semanas. O trabalho será voltado tanto para a aplicação de primeira dose, como para completar a vacinação.

segunda-feira, 16 de agosto de 2021

UFRN realiza Processo Seletivo para Docentes para os campi de Natal, Currais Novos, Caicó e Santa Cruz

 Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) informa a todos que está com novo Processo Seletivo Simplificado em aberto visando à formação de cadastro reserva para contratação de Professores Substitutos a fim de atuarem nos campi de Natal, Currais Novos, Caicó, e Santa Cruz.

Há oportunidades nas disciplinas/áreas do conhecimento a seguir discriminadas: Saúde Mental na Atenção Primária, Doenças do Sistema Gastrointestinal e Coloproctológico, Doenças do Sistema Genitourinário, Ginecologia e Obstetrícia, Clínica Obstétrica/Internato em Tocoginecologia, Medicina da Família e Comunidade/Internato em Medicina e Residência/Vivência Integrada na Comunidade (Currais Novos/RN), Cardiologia/Habilidades Clínicas/Semiologia e Prática Médica/Internato e Residência (Caicó/RN), Clinica Medica/Habilidades Clínicas/Semiologia e Prática Médica/Internato e Residência (Caicó/RN), Pediatria/Internato em Medicina e Residência/Vivência Integrada na Comunidade (Santa Cruz/RN), Anestesiologia/Internato em Medicina e Residência/Vivência Integrada na Comunidade (Santa Cruz/RN), Infectologia/Internato em Medicina e Residência/Vivência Integrada na Comunidade (Natal/RN).

Estes profissionais devem cumprir jornadas de 20 horas por semana e farão jus à remuneração variável de R$ 2.236,30 a R$ 3.606,45, de acordo com a titulação, já acrescido de auxílio alimentação de R$ 229,00.

Inscrição

Podem se candidatar profissionais que tenham graduação na área, residência médica ou especialização, de acordo com o especificado para o cargo pretendido.

As inscrições com taxa de R$ 50,00, serão realizadas no período de 13 a 22 de agosto de 2021, exclusivamente via internet, por meio do site da UFRN.

Podem solicitar isenção da taxa os candidatos que estejam inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), do Governo Federal, cuja renda familiar mensal per capita seja inferior ou igual a meio salário mínimo nacional; que sejam doadores de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde. O prazo para solicitar o benefício é do dia 13 a 19 de agosto.

Durante o período geral da inscrição, o candidato deve realizar a entrega do currículo, documentos comprobatórios e de identificação, seguindo os procedimentos indicados no edital.

Provas e validade

A avaliação dos candidatos será composta por provas didáticas e de títulos a serem aplicadas de forma remota provavelmente no período 13 a 24 de setembro de 2021.

A prova didática destina-se a avaliar os conhecimentos e habilidades didático-pedagógicos do candidato quanto ao planejamento e à adequação da abordagem metodológica da aula a ser ministrada perante a Comissão de Seleção – CS.

O plano de aula é item obrigatório da prova didática, devendo o candidato entregar uma cópia em PDF para a Comissão de Seleção até 30 minutos antes do início do turno/sessão de apresentação, sob pena de eliminação.

sábado, 14 de agosto de 2021

INSS cria novo serviço para monitorar atendimento presencial nas agências

 O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) criou o serviço “Supervisão das APS – Retorno Gradual e Seguro”, procedimento interno para monitorar o retorno do atendimento presencial em suas agências. A portaria foi publicada nesta sexta-feira (13) no Diário Oficial da União.

As supervisões serão realizadas bimestralmente, com prazo de 30 dias, enquanto durarem as condições de enfrentamento da pandemia de covid-19. Elas deverão acontecer durante o horário de atendimento, com o objetivo de verificar os fluxos e procedimentos realizados pelos servidores e segurados.

De acordo com a portaria, o acompanhamento deverá ser executado por servidor designado pelo Serviço/Seção de Atendimento do INSS juntos às unidades e, excepcionalmente, pelo gerente da agência ou por pessoa por ele designada. As entidades de representação dos servidores podem ser convidadas para acompanhar as supervisões.

A portaria entra em vigor em 1º de setembro, e o primeiro ciclo de supervisões acontecerá de 1º a 31 de outubro.

Natal realiza mutirão de D2 neste sábado

 A Prefeitura do Natal realiza neste sábado (14) um mutirão de aplicação de D2 de todas as vacinas contra a Covid-19 na capital. Os cinco drives (SESI, Nélio Dias, Via Direta, Palácio dos Esportes e Arena das Dunas) vão funcionar das 8h às 16h, com equipes da Secretaria Municipal de Saúde aplicando exclusivamente a segunda dose dos imunobiológicos de Oxford, Coronavac e Pfizer (exceto Arena que não dispõe de Pfizer).

Para receber a vacina basta estar com cartão de vacinação, documento com foto, comprovante de residência do município e dentro do prazo para a aplicação da D2.
 
Confira os prazos abaixo para ver quem está apto a receber a segunda dose:
 
Oxford
Pode receber a D2 quem recebeu a primeira dose até 24 de maio, ou 85 dias.

Coronavac
Pode receber a D2 quem completou 28 dias da primeira dose.

Pfizer
Pode receber a D2 quem recebeu a primeira dose até 21 de maio.

Mortes por covid-19 caem 8% no Brasil

 As mortes causadas pela pandemia da covid-19 caíram 8% na Semana Epidemiológica 31, de 1º a 7 de agosto, em comparação com a semana anterior. As informações estão no mais recente Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde sobre a covid-19.

Na SE 31, autoridades de saúde registraram 6.382 pessoas que não resistiram à covid-19, enquanto o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde na semana anterior trouxe 6.922 óbitos.

O resultado representa uma continuidade da queda da curva de mortes. A média móvel de mortes na SE 31 ficou em 912, voltando a um índice abaixo dos 1 mil óbitos diários, retomando o patamar da virada do ano. 

Os novos casos da covid-19 confirmados por autoridades de saúde tiveram queda de 5% na semana do levantamento. Nesse período, foram registrados 233.924 novos diagnósticos confirmados, contra 347.321 da semana anterior. A média móvel de casos – total no período dividido por sete dias – ficou em 35.332.

O resultado da SE 31 marca a continuidade da trajetória de redução da curva de casos. A diminuição dos novos diagnósticos positivos da covid-19 foi iniciada em março, com um revés na SE 13.

Estados

Na semana de 1º a 7 de agosto, três estados tiveram incremento de casos, dois mais o Distrito Federal ficaram estáveis e 21 tiveram redução. Os crescimentos mais fortes ocorreram no Rio de Janeiro (50%) e Acre (21%). As quedas mais efetivas se deram em Roraima (40%) e Paraíba (31%).

No caso de novos óbitos, o número de estados com aumento do índice foi de 12 mais o DF, enquanto outros cinco ficaram estáveis e nove tiveram menos novas mortes em relação ao balanço da semana anterior. Os maiores incrementos aconteceram no Rio Grande do Norte (93%) e Acre (67%). As reduções mais efetivas foram registradas no Paraná (44%) e Piauí (26%).

Mundo

O Brasil foi a segunda nação com mais novos óbitos na semana, atrás da Indonésia (11.479); em seguida vêm a Rússia (5.391), os Estados Unidos (3.561) e a Índia (3.511). Quando considerados números absolutos, o Brasil segue na segunda posição, atrás dos Estados Unidos (616.718). Quando consideradas as mortes por 1 milhão de habitantes, o Brasil fica na quinta colocação.

O Brasil foi o quarto país com mais novos casos nesta semana. Acima estão Estados Unidos (761.275), Índia (278.631) e Irã (248.102). Considerando os casos acumulados, o Brasil fica na terceira posição, atrás dos EUA (35,7 milhões) e Índia (31,9 milhões). Na comparação proporcional por 1 milhão de habitantes, o Brasil ocupa a 16ª posição.

sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Comissão debate geração própria de energia pelo consumidor nesta segunda Fonte: Agência Senado



 A Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR) promove mais uma edição do ciclo de debates sobre soluções para o Brasil. Desta vez, coloca em foco as novas fontes de energia e como o consumidor pode ser beneficiado pela geração própria de energia. A TV Senado transmite ao vivo, a partir das 18h desta segunda-feira (16).

Fonte: Agência Senado

Senado avaliará MP sobre suspensão de contratos de trabalho na pandemia Fonte: Agência Senado

 



O Senado receberá em breve a versão aprovada pelos deputados da Medida Provisória 1.045/2021, que traz mudanças nas regras de trabalho para ajudar empregadores a enfrentar a pandemia de covid-19. O texto-base foi votado na Câmara na terça-feira (10) e a versão final, com destaques dos partidos, foi aprovada na quinta-feira (12). Caso seja acatada sem mudanças pelos senadores, a matéria seguirá para sanção presidencial.

Segundo a MP, o Novo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda garante o pagamento de uma parte do seguro-desemprego ao trabalhador que tiver o contrato suspenso ou o salário e a jornada reduzidos. As regras valem para quem tem carteira assinada e para os contratos de aprendizagem e de jornada parcial. Os beneficiados com a MP são os trabalhadores afetados pela crise provocada pela pandemia de coronavírus. Inicialmente, as regras valem por 120 dias contados da edição da MP (28 de abril) e poderão ser prorrogadas pelo Poder Executivo apenas para as gestantes.

Justiça gratuita

Um dos temas incluídos na MP pelo relator, deputado Christino Aureo (PP-RJ), é a limitação do acesso à Justiça gratuita apenas para aqueles que tenham renda familiar mensal per capita de até meio salário mínimo ou renda familiar mensal de até três salários mínimos.

Se o texto virar lei, a declaração da pessoa não bastará, devendo o interessado provar essa condição por meio de comprovante de habilitação no CadÚnico do governo federal para programas sociais. Caso ele perca a causa, deverá pagar os honorários do advogado da parte vencedora se tiver obtido créditos suficientes ao vencer outra causa dentro de cinco anos.

Nesse mesmo prazo, a parte vencedora poderá demonstrar que a pessoa deixou de se enquadrar como beneficiário da Justiça gratuita e executar a dívida dos honorários de seu advogado. Depois dos cinco anos, a dívida será considerada extinta.

Mineiros

Sobre a jornada dos trabalhadores de usinas de minério, Aureo propôs que ela possa ser de até 180 horas mensais. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) prevê carga de 36 horas semanais, que dariam 144 horas mensais. Além disso, o texto permite ao empregador impor jornadas de até 12 horas por dia, contanto que a média continue em 36 horas semanais.

Quanto ao intervalo de repouso, atualmente de 15 minutos obrigatórios a cada período de três horas consecutivas de trabalho, passa a poder ser negociado com a regra da reforma trabalhista segundo a qual o acordo coletivo prevalece sobre a lei.

Primeiro emprego

O texto também criou o Programa Primeira Oportunidade e Reinserção no Emprego (Priore), direcionado a jovens entre 18 e 29 anos, no caso de primeiro emprego com registro em carteira, e a pessoas com mais de 55 anos sem vínculo formal há mais de 12 meses. Esse programa é semelhante ao Carteira Verde e Amarela, proposto com a MP 905/2020, que perdeu a vigência sem ser votada. A remuneração máxima será de até dois salários mínimos, e o empregador poderá compensar com o repasse devido ao Sistema S até o valor correspondente a 11 horas de trabalho semanais por trabalhador com base no valor horário do salário mínimo.

No total, a empresa poderá descontar até 15% das contribuições devidas ao sistema de aprendizagem (Sesi, Senai, Senac e outros). Esse percentual vale para o bônus desse programa e também do programa de requalificação (Requip).

Segundo o texto, o governo poderá usar recursos do orçamento, do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza para restituir os valores ao Sistema S.

Qualificação

O relator da medida provisória propôs ainda um regime especial de trabalho, qualificação e inclusão produtiva, chamado “Requip”. Destinado a quem está sem registro em carteira de trabalho há mais de dois anos, a jovens de 18 a 29 anos e beneficiários do Bolsa Família com renda mensal familiar de até dois salários mínimos, o programa prevê o pagamento de bônus pelo trabalho em jornadas semanais de até 22 horas (BIP) e de uma bolsa por participação em cursos de qualificação de 180 horas ao ano (BIQ).

Da mesma forma que no Priore, o Bônus de Inclusão Produtiva (BIP) poderá ser compensado pelo empregador com os valores devidos ao Sistema S, limitado a 11 horas semanais com base no valor horário do salário mínimo (R$ 5,00). No mês, o BIP máximo a compensar seria de R$ 225,00 (44 horas vezes R$ 5,00 por hora).

Essa relação de trabalho/qualificação não será considerada para qualquer fim trabalhista, previdenciário ou fiscal, assim o beneficiário não contará com qualquer direito trabalhista porque o bônus e a bolsa são considerados indenização. Sobre esses valores não haverá descontos para o INSS ou de Imposto de Renda.

Além de considerar a relação como não trabalhista, a MP permite ao ofertante da vaga de inclusão produtiva descontar o BIQ da base de cálculo do IRPJ e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para as empresas tributadas pelo lucro real. O Requip não proíbe, entretanto, que o trabalhador tenha um vínculo de emprego com outra empresa ou preste serviços como autônomo.

Municípios

Para funcionar por meio de convênios com os municípios, o texto do relator da MP criou o Programa Nacional de Prestação de Serviço Social Voluntário. Também sem qualquer vínculo trabalhista, o programa será destinado a jovens de 18 a 29 anos e a pessoas com mais de 50 anos, com duração de 18 meses em atividades de interesse público dos municípios.

Da mesma forma que os outros programas, o selecionado deverá realizar curso de qualificação profissional. O monitoramento do programa será feito pelas cidades de forma informatizada.

Já a jornada de trabalho será de 48 horas mensais, limitada a seis horas diárias por pessoa em cada pessoa jurídica de direito público ofertante. Esse trabalho deverá ser feito em, no máximo, três dias da semana, sendo permitida a prorrogação da jornada e a instituição de regime de compensação pelo município, nos termos de regulamento.

Com Agência Câmara de Notícias 

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

MP que muda regras trabalhistas será analisada pelo Senado Fonte: Agência Senado

 

O Senado deve analisar em breve a Medida Provisória (MP 1.045/2021, que renova o programa de redução ou suspensão de salários e jornadas de trabalho com o pagamento de um benefício emergencial aos trabalhadores. As regras valem para quem tem carteira assinada e para os contratos de aprendizagem e de jornada parcial. Editado pelo governo no fim de abril para ajudar empregadores no enfrentamento da pandemia de covid-19, o texto-base foi aprovado pela Câmara dos Deputado na terça-feira (10) e a versão final, com destaques dos partidos, na quinta-feira (12).

O substitutivo, do deputado Christino Aureo (PP-RJ), inclui outros temas, como programas de primeiro emprego e de qualificação profissional, mudanças na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e definição de quem pode contar com gratuidade no acesso à Justiça. Segundo a MP, o Novo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda garantirá o pagamento de uma parte do seguro-desemprego ao trabalhador que tiver o contrato suspenso ou o salário e a jornada reduzidos. Inicialmente, as regras serão válidas por 120 dias contados da edição da medida provisória (28 de abril), mas poderão ser prorrogadas pelo governo federal apenas para as gestantes.

Redução

O valor a ser pago dependerá de quanto for a redução. Se o acordo entre empregador e empregado for individual, sem participação de sindicato, a redução só poderá ser de 25%, 50% ou 70%, tanto do salário quanto da jornada de trabalho. Nesse caso, se houver redução de 50%, o trabalhador terá direito a 50% do salário e a 50% do seguro-desemprego por mês. Como o seguro é calculado sobre a média dos salários, o valor não chega a ser o mesmo que o reduzido.

Só poderão ser beneficiados contratos já existentes quando a MP foi editada e, desta vez, ao contrário da primeira edição (Lei 14.020/2020), os trabalhadores com contratos intermitentes não poderão receber o benefício. Essas reduções ou suspensões poderão ser feitas por setor ou departamento da empresa e abranger todos ou alguns dos postos de trabalho.

Nesse tema, o relator adicionou dispositivo para permitir ao Poder Executivo usar o programa em outras situações de emergência de saúde pública nacional ou mesmo em estado de calamidade estadual ou municipal reconhecido pelo governo federal. Mas tudo dependerá de disponibilidade orçamentária.

Percentuais

A MP permite a redução de salário e jornada com percentuais diferentes por acordo coletivo, mas isso pode ser desvantajoso para o trabalhador. Se o acordo coletivo previr redução menor que 25%, o empregado não receberá nada do governo. O benefício será de 25% do seguro-desemprego para reduções de 25% até 50%. Diminuições de salários maiores que 50% e até 70% resultarão em um benefício de metade do seguro-desemprego mensalmente. Redução maior que 70% do salário e da jornada de trabalho resultará em benefício de 70% do seguro-desemprego a que o empregado teria direito.

Acordo

Poderão negociar por acordo individual ou coletivo aqueles que ganham salário de até R$ 3,3 mil (três salários mínimos) ou que ganham salário igual ou maior a duas vezes o teto da Previdência Social (equivalente a R$ 12.867,14) e possuem diploma de curso superior.

Os que aceitarem redução de 25% no caso de qualquer salário poderão fazê-lo por acordo individual, assim como o trabalhador que continuar a ganhar o mesmo salário somando-se o benefício, o salário reduzido, se for o caso, e o complemento que o empregador pagar. Nas demais situações, a redução ou suspensão dependerá de acordo coletivo ou convenção coletiva.

Devido às restrições causadas pela pandemia de covid-19, a MP permite a realização por meios eletrônicos dos acordos individuais escritos, que deverão ser comunicados pelos empregadores ao sindicato da categoria profissional dentro de dez dias de sua assinatura. Se, após o acordo individual, surgir um coletivo, as regras do individual valerão até que o acordo coletivo entre em vigor. Quando as condições do acordo individual forem mais favoráveis ao trabalhador, elas deverão prevalecer sobre as regras coletivas.

Estabilidade

Ao participar do programa, o trabalhador terá uma garantia provisória contra demissão sem justa causa durante esse período e, depois do fim da redução ou suspensão do contrato, por tempo igual ao que passou recebendo o benefício. Se ocorrer demissão sem justa causa durante esse período, o empregador, além de ter de pagar as parcelas rescisórias previstas na legislação, deverá pagar indenização de:

. 50% do salário a que o empregado teria direito no período de garantia, se a redução de jornada e salário for de 25% até 50%;

. 75% se a redução tiver sido maior que 50% e até 70%; ou

. 100% do salário na redução superior a 70% ou na suspensão temporária do contrato de trabalho.

Entretanto, para os trabalhadores que ainda estiverem no prazo da garantia provisória decorrente do primeiro programa, a MP 1045/2021 determina a suspensão do prazo se ele participar da nova edição. O restante do tempo de garantia provisória do primeiro programa continuará a correr depois do prazo de garantia da nova edição do programa.

Gestantes

A MP 1045/21 acrescenta também regras específicas para a concessão do benefício a gestantes, inclusive empregadas domésticas. Quando a grávida entrar em licença-maternidade, o empregador deverá informar o fato ao Ministério da Economia, suspender as regras do programa de redução ou suspensão salarial e de jornada e pagar o salário com base no que ela recebia antes de entrar no programa.

As regras preveem o pagamento pelo empregador e o desconto do valor do INSS a recolher dos demais empregados da folha de pagamento. Isso se aplica ainda ao segurado ou à segurada da previdência social que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção, observados os prazos de recebimento conforme a idade.

No caso da gestante, a garantia provisória contra demissão contará depois daquela prevista na Constituição, que vai do momento da confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. O relator incluiu ainda dispositivo para disciplinar o trabalho de gestante que não pode desempenhar suas atividades remotamente. Nesse caso, ela terá o contrato suspenso, e o empregador deverá pagar a diferença entre o que ela receber por meio do programa e o salário normal.

Serviços essenciais

Os acordos de redução de salário e jornada ou de suspensão do contrato de trabalho deverão resguardar o exercício e o funcionamento dos serviços públicos e das atividades essenciais, até mesmo as definidas na primeira lei sobre as medidas contra o coronavírus.

Já o critério da dupla visita para o fiscal trabalhista poder multar as empresas não valerá nas fiscalizações desses acordos. A MP prevê fiscalização mais branda por 180 dias, em razão do estado de calamidade pública.

Acúmulo de benefícios

A MP proíbe o recebimento do benefício por quem esteja ocupando cargo ou emprego público, cargo em comissão de livre nomeação ou titular de mandato eletivo. Também não poderá ser beneficiado quem já recebe do INSS o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o seguro-desemprego ou benefício de qualificação profissional.

Segundo o substitutivo, haverá uma exceção para o aprendiz, que poderá receber o benefício emergencial e o BPC. Além disso, enquanto receber esse benefício, o aprendiz não poderá ter o BPC cancelado por irregularidade na concessão ou utilização. Entretanto, quem tiver mais de um emprego com carteira assinada no setor privado poderá receber um benefício emergencial por cada vínculo formal de emprego. Também será permitida a acumulação do benefício com o auxílio-doença e com a pensão por morte.

Suspensão do contrato

Quanto à suspensão do contrato de trabalho, o trabalhador não perde o vínculo trabalhista e recebe o valor equivalente ao do seguro-desemprego. Nesse período, ele continuará a contar com todos os benefícios porventura concedidos pelo empregador. Durante o afastamento, o trabalhador poderá recolher para a Previdência como segurado facultativo, mas se o empregado mantiver suas atividades junto ao empregador, mesmo parcialmente, seja com teletrabalho, trabalho remoto ou outra modalidade, o empregador deverá pagar imediatamente a remuneração, os encargos sociais de todo o tempo de suspensão e estará sujeito às penalidades da legislação e de acordo coletivo.

Empresas com receita bruta maior que R$ 4,8 milhões no ano de 2019 somente poderão suspender os contratos de trabalho se pagarem ao trabalhador 30% do salário durante o período. O benefício emergencial a ser pago pelo governo será de 70% do seguro-desemprego a que o trabalhador teria direito.

Em qualquer situação (redução ou suspensão), se o empregador desejar, poderá pagar uma ajuda compensatória mensal ao empregado. Essa ajuda terá caráter indenizatório e não poderá sofrer descontos para Imposto de Renda, Previdência Social ou Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Por parte do empregador, essa ajuda não integrará a base de cálculo para demais tributos incidentes sobre a folha de salários, para o Imposto de Renda nem para a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

O projeto de lei de conversão permite ainda a dedução dos valores complementares do resultado da atividade rural.

Com Agência Câmara

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

CE analisa projeto que incentiva o esporte nas escolas Fonte: Agência Senado

 

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) deve analisar, na segunda-feira (16), o projeto de lei que busca incentivar e desenvolver o desporto nos sistemas de ensino.

De autoria da senadora Leila Barros (Cidadania-DF), que se consagrou nas quadras olímpicas como Leila do Vôlei, o Projeto de Lei (PL) 3.467/2019, prevê a valorização da educação física na educação pública, bem como o ingresso de professores das redes públicas de ensino em cursos de licenciatura em educação física.

O texto estabelece ainda a obrigatoriedade de serem desenvolvidas atividades de desporto educacional em equipamentos esportivos custeados com recursos públicos. E trata como despesas de manutenção e desenvolvimento do ensino aquelas realizadas com equipamentos desportivos em estabelecimentos educacionais públicos. O texto, que altera a Lei 9.394, de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, será analisado em caráter terminativo na Comissão.

Outra proposta relacionada ao esporte a ser examinada pela Comissão é o Projeto de Resolução do Senado (PRS) 111/2019, de autoria do senador Romário (PL-RJ), que institui, no âmbito do Senado Federal, a Comenda Rei Pelé, destinada a homenagear esportistas brasileiros de destaque. O texto será ainda examinado pela Comissão Diretora do Senado.

A Comissão deve analisar ainda o PL 3.984/2019, que estabelece a dedução integral dos pagamentos de despesas com instrução do contribuinte e de seus dependentes da base de cálculo do Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas. De autoria do senador Irajá (PSD/TO), o texto ainda será analisado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), em decisão terminativa.

Em uma pauta de 11 itens, consta ainda o PL 5.682/2019, de autoria do senador Confúcio Moura (MDB-RO), que prevê a adoção de critérios técnicos de mérito e desempenho e de participação da comunidade escolar para a nomeação de gestores escolares. A matéria depois será apreciada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), em decisão terminativa.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Criação de federações partidárias, proposta pelo Senado, vai para sanção Fonte: Agência Senado


A Câmara dos Deputados aprovou nessa quinta-feira (12) o projeto de lei que permite aos partidos políticos se unirem em uma federação, a fim de atuarem como uma só legenda nas eleições e na legislatura. A iniciativa surgiu no Senado (PLS 477/2015) e foi aprovada pelos deputados sem alterações. O texto será enviada à sanção.

Os partidos que decidirem formar uma federação devem permanecer nela por um mínimo de quatro anos e, para a federação continuar em funcionamento até a eleição seguinte, devem permanecer nela dois ou mais partidos. Valem para a federação partidária todas as normas sobre as atividades dos partidos políticos nas eleições, como registro de candidatos, uso de recursos eleitorais, propaganda eleitoral, prestação de contas e convocação de suplentes. Também serão aplicadas todas as normas quanto ao funcionamento parlamentar e à fidelidade partidária, mas serão asseguradas a identidade e a autonomia dos partidos integrantes.

Os partidos terão até o prazo limite de realização das convenções partidárias para formar a federação, que deverá ser registrada perante o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O documento para isso será uma resolução assinada pela maioria absoluta dos votos dos órgãos de deliberação nacional de cada um dos partidos integrantes. A federação terá que apresentar, ainda, cópia de programa e estatuto comuns e ata de eleição de seu órgão de direção nacional. O estatuto definirá as regras para compor a lista da federação para as eleições proporcionais. Só poderão fazer parte de uma federação os partidos com registro definitivo no TSE, e ela terá abrangência nacional.

Partidos que descumprirem a regra de permanência na federação pelo prazo mínimo não poderão utilizar o fundo partidário até o fim do prazo, além de não poderem participar de coligações nas duas eleições seguintes.

O relator do projeto na Câmara, deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), associou o texto à retomada das coligações, aprovada pela Câmara na mesma quinta-feira, afirmando que as federações vão "fortalecer" as alianças eleitorais entre os partidos.

— Estamos dando a oportunidade para os partidos se unirem com seu conteúdo programático e com os recursos do fundo partidário a fim de fortalecer as instituições partidárias — explicou.

O projeto surgiu de comissão especial do Senado para discutir uma reforma política, que funcionou em 2015, sob a presidência do ex-senador Jorge Viana (AC). Ele foi aprovado no mesmo ano, com relatoria do ex-senador Romero Jucá (RR).

Com Agência Câmara

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Projeto libera uso de fundo para garantir internet a beneficiários do Bolsa Família Fonte: Agência Senado

 

O fechamento das escolas durante a pandemia escancarou a desigualdade na educação. Enquanto alunos de escolas particulares continuaram a assistir a aulas de forma remota, a dificuldade de acesso à internet deixou estudantes de escolas públicas sem conseguir acompanhar o conteúdo oferecido a distância. Para reverter o abismo digital, o senador Jader Barbalho (MDB-PA) apresentou em julho o Projeto de Lei (PL) 2.600/2021, proposta que pretende garantir o uso de recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) para promover a conectividade das famílias que estão inscritas em programas sociais como o Bolsa Família. 

Pelo texto, os recursos do Fust poderão ser utilizados na construção, ampliação ou manutenção de infraestrutura necessária para garantir o acesso a populações mais pobres. Jader aponta a relação entre pobreza e falta de conectividade.

“Atualmente, o acesso digital deve ser considerado um direito fundamental do cidadão, em virtude do mundo globalizado em que vivemos. Temos trabalhado com afinco para erradicar a fome e a pobreza pela renda, mas chegou a hora de focarmos mais na erradicação da pobreza digital, com a utilização dos recursos do Fust para promover a conectividade das famílias beneficiárias de programas sociais”, defendeu o senador na justificativa do projeto.

Levantamentos e pesquisas reforçam a visão do senador. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em março mostram que no final de 2019, 4,3 milhões de estudantes brasileiros não tinham acesso à internet. Desses, 4,1 milhões estudavam na rede pública de ensino. Já o Instituto de Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS) aponta que só 29,6% dos filhos de pais que não tiveram qualquer instrução têm acesso à banda larga. Nos lares onde os pais têm curso superior, essa parcela sobe para 89,4%.

Fust

Criado pela  Lei 9.998, de 2000, o Fust obriga todas as empresas do setor a destinar 1% da receita operacional bruta à expansão do serviço — especialmente, nas regiões consideradas não lucrativas. Passadas duas décadas, o fundo arrecadou mais de R$ 22,6 bilhões, de acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Mas apenas uma parcela irrisória do dinheiro foi aplicada para atenuar o abismo digital que isola parte da população.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Em passagem pelo interior do Ceará, Bolsonaro acena para ruas esvaziadas (vídeo)

 

Jair Bolsonaro está nesta sexta-feira (13) na região do Nordeste para entrega de residências do programa Casa Verde e Amarela, mas foi recebido por poucos populares que saíram às ruas para prestigiá-lo, como mostra as imagens no vídeo abaixo.

A solenidade ocorreu na cidade de Juazeiro do Norte. 

https://twitter.com/i/status/1426180001649545226

O Estado do Ceará também será destino do ex-presidente Lula no mês de agosto. Ele fará um tour pelo Nordeste e a primeira parada será no estado do cearense, para fazer costuras políticas visando as eleições de 2022.

Terceiro maior colégio eleitoral do Nordeste, com 6,5 milhões de eleitores, a unidade federativa é governada por Camilo Santana, que é do PT, mas mantém laços com a família Ferreira Gomes, dos irmãos Ciro e Cid. 

Comissão Geral da Câmara dos Deputados realiza debate sobre os desafios da agricultura familiar

 

A Comissão Geral da Câmara dos Deputados realizou debate, na manhã desta quarta-feira (11), sobre os desafios da agricultura familiar. Esse debate foi coordenado pelos deputados que coordenam a Frente Parlamentar da Agricultura Familiar, Heitor Schuch (PSB-RS), Carlos Veras (PT-PE) e Vilson da FETAEMG (PSB-MG). A CONTAG esteve representada pela secretária de Política Agrícola, Vânia Marques Pinto, e pelo vice-presidente e secretário de Relações Internacionais, Alberto Broch, que também representou a Confederação das Organizações dos Produtores Familiares Rurais do Mercosul Ampliado (Coprofam).

Também contou com a participação de dirigentes de Federações filiadas, de organizações parceiras, de representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e de diversos deputados e deputadas, com transmissão pelo YouTube da Câmara dos Deputados e pelo Facebook da CONTAG.

Ao longo de todo o debate foi destacado todo o potencial da agricultura familiar na produção de alimentos saudáveis, de forma sustentável, toda a sua contribuição para o desenvolvimento do País, para a dinamização da economia dos municípios brasileiros e para a garantia da soberania e segurança alimentar e nutricional da população brasileira.

O presidente da Frente Parlamentar da Agricultura Familiar (FPAF), deputado Heitor Schuch, iniciou o debate na Comissão Geral da Câmara dos Deputados destacando a importância da agricultura familiar e os principais desafios enfrentados pelo setor. “É preciso fortalecer as políticas públicas de crédito, assistência técnica e extensão rural (Ater), acesso às tecnologias e de agregação de valor. Também lutamos pelo acesso à Previdência como segurados(as) especiais e pela produção de alimentos saudáveis. Não queremos favor, queremos acessar as políticas públicas e nos desenvolver, queremos qualidade de vida e viabilizar a sucessão rural”, destacou o parlamentar.

Heitor Schuch reforçou, ainda, que esse debate integra a agenda da Década da Agricultura Familiar. “183 países de todo o mundo disseram que é preciso dar atenção à agricultura familiar, aos agricultores e agricultoras familiares que não têm final de semana, feriado, 13º salário, mas que alimentam o País. Viva a agricultura familiar!”

No mesmo sentido de valorizar a agricultura familiar e enfatizar alguns desafios, Alberto Broch iniciou a sua participação valorizando iniciativas que potencializaram o setor e toda a sua luta. “É preciso valorizar a Lei 11.326/2006, conhecida como a Lei da Agricultura Familiar, e a Lei 13.776/2018, que instituiu a Semana da Agricultura Familiar. A agricultura familiar é a mais importante iniciativa de desenvolvimento e de soberania e segurança alimentar do mundo, reconhecida pela ONU através da Década da Agricultura Familiar, fundamental para combater a fome e a miséria”, ressaltou.

Broch reforçou a importância das políticas públicas para fortalecer a agricultura familiar. “As políticas públicas são os principais instrumentos para alavancar a agricultura familiar e é preciso recuperar políticas que perdemos ao longo dos últimos anos. Precisamos avançar na sucessão rural, na universalização da Ater, na organização da produção a partir do associativismo, cooperativismo e agroindustrialização”, defendeu o presidente da Coprofam e dirigente da CONTAG.

Vânia Marques Pinto também defendeu as políticas públicas voltadas à agricultura familiar e denunciou o desmonte que tem afetado o setor. “Produzimos 70% dos alimentos que chegam diariamente às mesas da população. Queremos comercializar os nossos produtos e, para isso, é fundamental que o Estado brasileiro invista nos canais de comercialização. Também é preciso investir em crédito, seguro, internet e não disponibilizar apenas Ater digital. Também precisamos de habitação rural, infraestrutura, políticas de educação do campo, saúde, esporte, cultura e lazer. Estamos preocupados com o enfraquecimento do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae)”, alertou Vânia.

A dirigente da CONTAG levantou outras demandas do setor. “Precisamos de investimento para viabilizar a transição agroecológica para a produção de alimentos saudáveis. Precisamos de uma reforma agrária ampla, massiva e popular. É importante sensibilizar toda a população de que todas essas medidas vão impactar positivamente a vida de todas as pessoas, inclusive das que vivem nos grandes centros urbanos. É fundamental termos mais espaços como esse para debater e pensar no campo como um local de vida e de desenvolvimento”, destacou Vânia.

FONTE: Assessoria de Comunicação da CONTAG - Verônica Tozzi

Fortalecer e qualificar são pautas da Política Agrícola da CONTAG

 

Capacitação e formação política e técnica sobre a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), Cadastro Nacional de Imóveis Rurais (CNIR) e Imposto Territorial Rural (ITR)

Entre os dias 09 e 12 de agosto, a CONTAG, por intermédio da Secretaria de Política Agrícola, realizou o curso formativo que capacitou dirigentes, assessoria e funcionários(as) dos Sindicatos e Federações. Capacitação esta que contou com participação de mais de 1.800 pessoas e que abordou temas que dizem respeito às demandas da base.

A secretária de Política Agrícola da CONTAG, Vânia Marques Pinto, disse que, ao longo de todo o curso, ficou evidente a importância de a CONTAG estar sempre informando, principalmente aos dirigentes sindicais e funcionários(as) das Federações e Sindicatos, sobre as mudanças, atualizações e a qualidade no atendimento sem abrir mão da prestação de um bom serviço, como também da representação e representatividade e sustentabilidade político-financeira do movimento sindical frente aos desafios e disputa na base. “É fundamental entender a necessidade e a importância de investir em capacitações e especializações. Para isso, precisamos avançar no acesso às tecnologias e propiciar espaços para aprimorar os conhecimentos e troca de saberes, que vão além do básico e do óbvio”, explicou a dirigente.

Vânia destacou, ainda, que o movimento sindical está sendo desafiado diariamente nas mais diversas áreas e bandeiras de luta. “Não poderia ser diferente no processo formativo e de capacitação, mas o resultado fica evidente com o número de participantes. Fica claro que estamos no caminho certo e precisamos investir em outros cursos, conforme estamos sendo demandados. Nos dias atuais, estar em uma sala virtual com mais de 1 mil participantes é notório que todos e todas estão de parabéns”, avalia a secretária de Política Agrícola da CONTAG.

FONTE: Secretaria de Política Agrícola da CONTAG

CONTAG é contrária ao PL 1595 que pode abrir portas para a repressão no Brasil

 

Na primeira audiência pública promovida pela comissão especial que analisa o Projeto de Lei 1595/19, que regulamenta as ações estatais de prevenção e combate a ações terroristas no Brasil, o presidente da CONTAG, Aristides Santos, reiterou sua posição contrária e mostrou preocupação em relação ao PL 1595.

“Quais os motivos desse PL? O Sistema CONTAG (Sindicatos, Federações e CONTAG) sempre promoveu ações (Marcha das Margaridas, Grito da Terra Brasil, Festival da Juventude Rural e outras) sem o uso da violência. E é através dessas ações que conquistamos e mantemos importantes políticas públicas para a agricultura familiar, a exemplo do Plano Safra. Senhores(as) parlamentares peço que analisem com muita atenção o PL, e priorizem pautas emergenciais que o País precisa, como a agilização da distribuição da vacina, a defesa do SUS e o combate a fome”, destacou o presidente da CONTAG.

Na mesma linha da opinião do presidente da CONTAG, representantes de outras organizações e até deputados da direita afirmaram em suas falas que o PL 1595/19 abre brechas que poderão tipificar em Lei a criminalização de ações estratégicas realizadas pelas entidades, restringir liberdades fundamentais, ferir a democracia e legalizar a exclusão da população brasileira, em especial, dos povos mais pobres, ao acesso às políticas públicas.

Além da CONTAG, participaram da audiência representantes: da Associação Art. 19, do MTST, da Central de Movimentos Populares (CMP), do Departamento de Estudos e Projetos Legislativos do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM) e da organização Terra de Direitos.

De autoria do deputado Vitor Hugo (PSL-GO), o PL 1595 cria um Sistema Nacional Contraterrorista (SNC) para coordenar ações de inteligência para “prevenir a formação de células terroristas no Brasil” e também treinamento para as ações a serem executadas na iminência, durante ou logo após um eventual atentado. O Legislativo será responsável pelo controle e fiscalização das ações contraterroristas, inclusive por analisar a Política Nacional Contraterrorista (PNC) antes de o presidente da República implementá-la.

A comissão especial que analisa o Projeto foi instalada no final de junho e é presidida pelo deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES) e tem como relator o deputado Sanderson (PSL-RS)

A apresentação do parecer preliminar do PL está prevista para a última semana deste mês. A discussão e a votação do texto devem acontecer no início de setembro, sendo o dia 17 o prazo final.

Lutar não é crime, lutar é direito!

FONTE: Comunicação CONTAG - Barack Fernandes

Roda de Conversa destacou o legado de Margarida Alves e a luta de mulheres e da juventude pela reforma agrária e contra a violência no campo

 

Neste dia 12 agosto celebramos o Dia Internacional e Nacional da Juventude, o Dia da Morte de Margarida Alves e o Dia Nacional de Luta contra a Violência no Campo e pela Reforma Agrária. Nesta mesma data, em 2021, completam 21 anos desde a realização da primeira Marcha das Margaridas. Portanto, está sendo um dia de luta, mesmo que por plataforma virtual por conta da pandemia de Covid-19, com a realização de atividades pela CONTAG, pelas Federações e pelos Sindicatos.

Para celebrar e debater questões referentes a essas datas, a CONTAG realizou a Roda de Conversa “Margarida Alves, presente! Mulheres e Juventude na luta pela reforma agrária e contra a violência no campo”, com a participação da Diretoria da Confederação e de representantes de organizações parceiras. A moderação ficou por conta da secretária de Mulheres, Mazé Morais, e da secretária de Jovens, Mônica Bufon. As convidadas foram Marilene Faustino, secretária de Política Agrária da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares de Minas Gerais (FETAEMG), Maria Alaídes de Sousa, coordenadora geral do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), e Rosângela Piovizani, representante do Campo Unitário Agrário.

MARGARIDA ALVES

Há 38 anos a líder sindical Margarida Alves foi assassinada na porta de sua casa no dia 12 de agosto de 1983. A partir de então, tornou-se um símbolo de luta e resistência das mulheres do campo, da floresta e das águas. Sua trajetória foi marcada por uma incessante luta pelo direito à terra, contra o latifúndio, pela reforma agrária e contra as injustiças sociais. E é por isso que 12 de agosto, o dia de sua morte, é também o Dia de Luta contra a Violência no Campo e por Reforma Agrária.

Todo esse legado foi destacado ao longo da Roda de Conversa. “Margarida não era só visionária, era comprometida com a sua base. De sua luta surgiram várias Margaridas e, com isso, avançamos muito na luta por direitos e cidadania. Infelizmente, estamos vivendo um período de retrocessos com a perda de direitos e com o desmonte das políticas públicas”, destacou Rosângela Piovizani, representante do Campo Unitário Agrário.

Maria Alaídes de Sousa, coordenadora geral do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), também valorizou o legado de Margarida e a luta das mulheres do campo, da floresta e das águas neste dia que é um marco para todas. "É preciso buscar novas formas de produzir e gritar pelo direito à vida e contra esse projeto de morte que está impactando as nossas vidas. Somos sementes de Margarida Alves e vamos repassar essas sementes para as(os) nossas(os) filhas(os) e netas(os)”.

As dirigentes da CONTAG que moderaram a roda de conversa destacaram que, em nome dessa luta, a cada quatro anos, no mês de agosto, milhares de Margaridas de todos os cantos do País marcham em Brasília por justiça, igualdade e paz no campo e na cidade, na Marcha das Margaridas.

JUVENTUDE

O dia 12 de agosto é também alusivo a outro importante tema, é o Dia Internacional e Nacional da Juventude, instituído pela ONU, em 1999, e, no Brasil, por Decreto Lei, em julho de 2002. Portanto, para a CONTAG, hoje é dia de celebrar, mas também de resistência a tudo o que ainda oprime os sujeitos do campo, da floresta e das águas.

Marilene Faustino, secretária de Política Agrária da FETAEMG, ressaltou vários desafios enfrentados pela juventude rural e reforçou a importância de os(as) jovens encamparem a luta pela reforma agrária. “Um grande desafio para a juventude rural é a falta de condições para permanecer no campo, bem como a falta de esperança, principalmente para romper com esse projeto de desenvolvimento em curso. É preciso também combater todas as formas de violência. Violência que expulsa os trabalhadores e trabalhadoras rurais e nega para nós o direito à terra e à água. Para pensar em sucessão rural é preciso pensar na luta pela reforma agrária”, reforçou Marilene.

COMBATE À VIOLÊNCIA

O Brasil vivencia um contexto de violência generalizada diante de medidas que anunciam a política de morte do atual Governo, cuja forma mais evidente se manifesta através da violência contra os sujeitos do campo, da floresta e das águas e contra os territórios. Assim como Margarida Alves, tantas outras lideranças, como Chico Mendes, Irmã Dorothy, o casal Zé Cláudio e Maria, continuam sendo assassinadas em territórios marcados por conflitos fundiários e ambientais, levando também à destruição dos nossos biomas.

Segundo o relatório Violência no Campo 2020, divulgado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), o número de conflitos registrados durante o ano é o maior dos últimos 35 anos. Os números são assustadores. Foram registradas 2.054 ocorrências em 2020, um aumento de 8% em relação a 2019, envolvendo 914.144 pessoas, 2% a mais que em 2019.

Neste contexto da violência, foi exibido um depoimento de uma agricultora acompanhada pela campanha “A vida por um fio”, que é ameaçada de morte por conta da sua luta pela reforma agrária, que infelizmente retrata a situação vivida por muitas companheiras e companheiros que resistem na luta por um pedaço de terra para permanecer no campo e produzir alimentos.

Esse contexto da luta de mulheres e jovens pela reforma agrária e contra a violência no campo também foi destacado no vídeo manifesto lançado ao final da Roda de Conversa.

FONTE: Assessoria de Comunicação da CONTAG - Verônica Tozzi


Edital de Processo Seletivo é divulgado pela Prefeitura de Florânia – RN

 No estado do Rio Grande do Norte, a Prefeitura de Florânia divulgou a realização de um novo Processo Seletivo que tem como objetivo a admissão de profissionais que tenham níveis médio e superior.

De acordo com o edital serão preenchidas quatro vagas, além da formação de cadastro reserva distribuídas entre os cargos de Técnico do CRAS (Assistente Social); Visitador para Programa Criança Feliz (3) e Médico Veterinário (1). Os profissionais deverão atuar na Secretaria Municipal de Assistência Social e Secretaria Municipal de Agricultura.

Para concorrer a oportunidade, os candidatos devem comprovar a escolaridade exigida para a função desejada, bem como ter registro ativo no respectivo conselho de classe quando solicitado, idade mínima de 18 anos, dentre outros requisitos que constam no edital.

Aos profissionais admitidos, estes irão desempenhar funções em carga horária de 30 a 40 horas semanais e contarão com salários de R$ 1.100,00 ao mês.

Procedimentos para participação

Para participar, os interessados devem efetuar as inscrições no período de 13 a 16 de agosto de 2021, até às 23h59, mediante o preenchimento de formulário online.

Como forma de seleção, os candidatos serão avaliados mediante a avaliação de títulos, de acordo com os critérios de pontuação especificados no edital, além de entrevista, prevista para os dias 30 e 31 de agosto de 2021, que será realizada na sede do Centro de Referência de Assistência Social-CRAS, Rua Cândida Fernandes de Brito, s/n, Bairro Paz e Amor.

Fiocruz alerta que SRAG, relacionada à covid-19, pode voltar a crescer

 


Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) identificaram uma interrupção na tendência de queda dos casos e óbitos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), segundo o Boletim InfoGripe divulgado ontem (12). O estudo alerta que é possível uma retomada no crescimento de casos frequentemente relacionados à covid-19. Segundo o boletim, desde 2020 71% dos casos de SRAG foram causados por vírus respiratórios no país e, entre eles, o SARS-CoV-2 responde por 96,6%.

O estado do Rio de Janeiro é o único a apresentar uma forte probabilidade (95%) no crescimento de casos de SRAG quando são analisadas as últimas seis semanas. Essa é a primeira vez em que essa tendência é detectada no estado, que concentra o maior número de casos confirmados da variante Delta no Brasil.

Os estados de Mato Grosso do Sul e Acre também apresentam tendência de crescimento nesse tipo de análise, porém com probabilidade de 75%. Na análise de curto prazo (últimas três semanas), Mato Grosso do Sul apresenta forte probabilidade de crescimento, e também tendem a crescer a Bahia, Sergipe, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.

A análise de seis semanas é usada pelos pesquisadores para uma avaliação da tendência de casos de SRAG com menor peso de oscilações semanais. Já a de três semanas, apesar de conter mais oscilações, indica possíveis alterações no comportamento de longo prazo.

Modificações de tendência foram percebidas no Paraná, Rio Grande do Sul e em São Paulo, onde foi observado sinal de estabilidade na tendência de longo prazo e sinal moderado de crescimento na tendência de curto prazo. Já na Bahia e em Sergipe, observa-se sinal de queda no longo prazo, com sinal moderado de crescimento na tendência de curto prazo.

Sinais de estabilidade nas tendências de curto e longo prazo foram registrados no Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Rondônia e Santa Catarina. Já Pará, Roraima, Maranhão, Tocantins e Alagoas apresentam tendência de queda nas duas análises.

Quando se concentra nas capitais, a pesquisa mostra que há nove com tendência de queda no longo prazo. Florianópolis registra sinal forte de crescimento na tendência de longo prazo e moderado na de curto prazo. Já Porto Alegre e Rio de Janeiro apresentam sinal moderado de crescimento tanto no curto quanto no longo prazo.

Há indicativos de estabilização nas tendências de longo e curto prazo em Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Plano Piloto de Brasília e arredores (DF), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Macapá (AP), Manaus (AM), Porto Velho (RO), Recife (PE) e Vitória (ES).

CPI da Covid do RN registra segundo dia de depoimentos sobre compra de EPIs

 No segundo dia de oitivas na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, criada na Assembleia Legislativa para apurar a compra pelo Governo do Estado  de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), para utilização no combate à Pandemia, os depoimentos de três pessoas convocadas como testemunhas, geraram, ao final dos trabalhos desta quinta-feira (12), avaliações divergentes.

Foram indagados pelos integrantes da Comissão, Hailton Marques de Araújo Júnior, Eliane Medeiros da Costa e Allan Jallysson Albano da Silva, todos eles participantes do processo da aquisição dos equipamentos.

“Com os depoimentos de hoje começam a aparecer o que está sendo questionado com relação a essa compra. Não foi obedecido o termo de referência com relação as sapatilhas que a solicitação era para uma gramatura de 50gr e foram adquiridas de 30gr e não se sabe se foi devolvido dinheiro para a Secretaria de Saúde. Além disso, o processo foi distribuído para 40 fornecedores e só cinco responderam.  A quem ganhou não entregou o produto como estava especificado”, disse o presidente da Comissão, deputado Kelps Lima (SDD).

Discordando da opinião de Kelps, o relator da CPI, deputado Francisco do PT argumentou que os depoimentos desta tarde foram bastante elucidativos. “Não houve nenhum combinado, sem qualquer desvio de recursos públicos, apesar de divergências processuais. Os contratos não causaram prejuízo ao Estado e ajudaram a salvar vidas de profissionais”, disse o deputado Francisco.

No seu depoimento, Ailton Marques disse que seguiu o rito processual, seguindo a Lei 13.979 e que a compra foi feita pelo menor preço. “Ou se comprava ou seria responsável por não ter comprado. Só quem estava na nossa pele sabe a dificuldade para se conseguir os EPIs”, disse ele.

Eliane Medeiros, que trabalha no Estado há 31 anos, foi convidada para participar da Comissão Permanente de Parecer Técnico. Ela disse que as sapatilhas especificadas eram com uma gramatura de 50gr, mas não existia no mercado. “Eu mesmo não conhecia porque só se trabalhava com a de 30gr. Foi feita uma nova proposta com a de 30”.

O Consultor da Controladoria, Allan Jallysson, quando questionado pelo deputado Kelps Lima sobre uma recomendação da Controladoria para que a compra não fosse feita porque havia risco, disse que foi uma orientação, mas que não era obrigatória seguir. Quanto a gramatura, frisou que pode ter havido um erro no termo de referência.

Participaram ainda da reunião os deputados Nelter Queiroz (MDB) e George Soares (PL