sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

No Documento de Kampala, as diretrizes para relançar a evangelização na África

 


“O Evangelho de Cristo crucificado e ressuscitado é a nossa força”, afirma o documento. “Cristo nos convida a mudar nossa mentalidade; considerar novos desafios pastorais e repensar a nossa formação para um novo método de anúncio do Evangelho”.

Vatican News

Em 28 de janeiro de 2020, o Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagascar (SECAM) havia lançado o Documento de Kampala, com as experiências dos bispos da Igreja na África durante a XVIII Assembleia Plenária do SECAM, que coincidiu com a celebração dos 50 anos da organização. O primeiro vice-presidente do SECAM, o bispo de Umtata, Dom Sithembele Anton Sipuka, apresentou o documento de 100 páginas em uma videoconferência desde Pretória, África do Sul.

O documento de Kampala retoma o tema da 18ª Assembleia Plenária "Que possam reconhecer Cristo e tenham vida em abundância", e sintetiza as contribuições dos bispos da África durante a Plenária realizada no Munyonyo Speke Resort em Kampala, Uganda, de 19 a 29 de julho de 2019.

Durante o Jubileu de Ouro e a Plenária, os bispos africanos das 8 regiões que compõem o SECAM sublinharam que “a missão da Igreja-Família-de-Deus na África é levar ao povo a esperança inspirada na fé cristã e agir para que os povos do continente experimentem a alegria do Reino de Deus”.

O documento está dividido em três partes principais. Na primeira parte, retoma a história da missão da Igreja na África desde os tempos de Cristo até julho de 1969, quando o Papa Paulo VI consagrou o nascimento do SECAM. Aqui, os bispos revisaram as resoluções anteriores da plenária desde 1970 e apreciaram o que o SECAM realizou nos últimos 50 anos.

Entre os resultados notáveis ​​estão: a formação de agentes de evangelização eclesial; a formação dos leigos; a colaboração da Igreja Católica com outras Igrejas e religiões não cristãs; a questão dos matrimônios cristãos e da vida familiar; o apostolado bíblico e a fundação do Instituto Bíblico da África e Madagascar (BICAM); o uso de meios modernos de evangelização; a necessidade de evangelização integral; o papel da Igreja na promoção da justiça, da paz e da reconciliação.

Na segunda parte, é enfatizado como a Igreja na África hoje deve encontrar caminhos para continuar a crescer para encontrar Jesus Cristo e conhecê-lo; viver uma vida cristã que seja um verdadeiro testemunho; e ser uma Igreja segundo o modelo eclesiológico de "família de Deus".

Na terceira parte, o documento propõe o caminho a seguir, sublinhando a necessidade de encontrar novos métodos para anunciar o Evangelho, de forma a transformar o continente africano que deve enfrentar desafios como os efeitos negativos da globalização ou da educação.

“O Evangelho de Cristo crucificado e ressuscitado é a nossa força”, afirma o documento. “Cristo nos convida a mudar nossa mentalidade; considerar novos desafios pastorais e repensar a nossa formação para um novo método de anúncio do Evangelho”.

“Exortamos todo o povo de Deus a ver o Jubileu do SECAM como um Kairos para uma nova vida em Cristo; recebam este documento como instrumento pastoral para um novo compromisso missionário a exemplo de Cristo”, exortam os bispos.

Agência Fides - LM

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