Ancorado em conceitos como praticidade, economia e sustentabilidade, o mercado de veículos 100% elétricos no Rio Grande do Norte está em franca expansão. Para se ter uma ideia, em dois anos, o número de emplacamento de automóveis deste tipo cresceu 145,6% – saltou de 171 em 2020 para 420 em 2022. Os dados são da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). O apresentador Léo Souza está entre os potiguares que já fazem uso dos chamados carros do futuro. “Minha primeira experiência com um automóvel elétrico aconteceu há cerca de um ano, no Rio de Janeiro e hoje sou um super fã”, admite.
Para Léo, são inúmeras as vantagens de possuir um carro do tipo. “O primeiro ganho é a isenção do IPVA. Depois, vem a questão da manutenção, que se resume basicamente a lavar o veículo. Hoje, levanto a bandeira e defendo o uso do carro elétrico por questões de sustentabilidade e economia”, afirma o apresentador. Da mesma forma que Léo, outros usuários do Estado têm despertado para o uso dos automóveis movidos à eletricidade, conforme indicam os dados da ABVE.
Considerando apenas o comparativo entre os anos de 2021 e 2022, o número de emplacamentos no RN cresceu 39% (em 2021, foram registrados 302 carros elétricos emplacados). Os automóveis do segmento são conhecidos como veículos leves eletrificados e estão divididos em três tipos: veículo elétrico à bateria (BEV), veículo elétrico híbrido (HEV) e veículo elétrico híbrido recarregável (PHEV), siglas em inglês utilizadas para diferenciar os modelos no mercado.
BEV é o veículo elétrico “puro”, com 100% de funcionamento à bateria, sem tanque de combustível. Já o HEV e o PHEV são modelos híbridos que têm funcionamento semelhante por utilizar uma combinação entre um motor à combustão e outro elétrico. O gestor da Volvo em Natal, Vanderson Oliveira, conta que a marca trouxe os primeiros carros 100% elétricos para a cidade entre o final de 2021 e o início de 2022. As vendas na capital giram em torno de seis a sete veículos por mês, número considerado muito bom para o mercado atual, segundo ele. Além da Volvo, marcas como BMW, Audi, Nissan e Renault também vendem carros 100% elétricos na cidade.
Para Vanderson Oliveira, o fator economia é o principal atrativo para este tipo de veículo. “A conta que se faz com um carro elétrico é inversa à de um veículo comum, no sentido da economia. Para o primeiro não há necessidade de manutenção, apenas de inspeção, que é feita, no nosso caso, com 30 mil km rodados ou em dois anos. O primeiro critério a ser atingido é o utilizado para essa inspeção”, explica.
“Nós temos o exemplo de uma cliente que trabalha em Goianinha e faz uma média de 120 a 150 km por dia. Uma planilha de quanto ela iria gastar em três anos mostrou uma economia de cerca de R$ 230 mil. Ou seja, com essa economia, o carro elétrico se paga”, explica Oliveira.
Segundo ele, o preço de um veículo elétrico varia entre R$ 150 mil e R$ 850 mil (mercado premium), o que faz com que o uso esteja restrito ainda à classe A. Vanderson Oliveira avalia, no entanto, que esse cenário deve mudar. “Os carros vão se tornar mais acessíveis quando os custos das baterias forem menores, isto é, quando houver aumento do volume de veículos elétricos no mundo. Além disso, há uma aposta cada vez maior na redução de itens internos desses automóveis para trazer melhores condições de preços”, descreve.
Número de emplacamentos de veículos elétricos no RN
2020: 171
2021: 302
2022: 420
Crescimento de 145,6% entre 2020 e 2022
Fonte: ABVE
Felipe Salustino | Tribuna do Norte
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