O dia 24 de fevereiro é marcado como o Dia da Conquista do Voto 
Feminino no Brasil. Há 83 anos, o presidente Getúlio Vargas assinou a 
lei que garantia o direito das mulheres brasileiras irem às urnas e 
serem eleitas, luta iniciada antes mesmo da Proclamação da República. 
No entanto, esse decreto foi sancionado depois de muita luta e apelo 
político. Mas, a princípio, esse direito só foi permitido às mulheres 
casadas, com autorização dos maridos, e às viúvas e solteiras com renda 
própria. A restrição às outras mulheres só acabou dois anos depois. 
Somente em 1946 que a obrigatoriedade do voto no Brasil foi estendida às
 mulheres. 
A luta das sufragistas brasileiras era alimentada pelas companheiras 
inglesas e americanas. A bióloga Bertha Lutz, um dos maiores nomes na 
defesa dos direitos políticos das mulheres brasileiras, fundou a Liga 
pela Emancipação Intelectual da Mulher, na década de 1920, com a 
anarquista Maria Lacerda de Moura. Além dela, Eugenia Moreyra, a 
primeira jornalista mulher de que se tem notícia no Brasil, era uma 
sufragista declarada em seus artigos, que continham frases como: “A 
mulher será livre somente no dia em que passar a escolher seus 
representantes”. 
Curiosamente, cinco anos antes da lei de Getúlio, ocorreu o primeiro 
voto feminino e a primeira eleição de uma mulher no Brasil, ambos no Rio
 Grande do Norte. Em 1928, na cidade de Mossoró, Celina Guimarães Viana,
 de 29 anos, cadastrou-se em um cartório para ser incluída na lista de 
eleitores das eleições daquele ano. Também naquele ano, uma fazendeira, 
Alzira Soriano de Souza, foi eleita prefeita na cidade de Lajes, no 
mesmo estado. Em um caso que gerou repercussão, a Comissão de Poderes do
 Senado impediu que o voto de Celina fosse reconhecido e que Alzira 
tomasse posse no cargo. 
Atualmente, a luta das mulheres continua. Agora, o desafio das 
companheiras é aprovar uma reforma política democrática e inclusiva, 
onde as mulheres consigam ter as mesmas condições dos homens nas 
eleições partidárias, a partir do investimento igualitário nas 
campanhas, com o mesmo tempo nas propagandas em rádio e TV, por exemplo. 
É por esses e outros motivos que as Margaridas seguem em Marcha... 
 FONTE:       
      Assessoria de Comunicação CONTAG - Verônica Tozzi, com informações de Agências de Notícias 
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