quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Cartão postal manchado: Ponta Negra vive dias de crimes, afogamento, incêndio e esgoto jorrando

 


Não é só o processo de erosão que assola o Morro do Careca que tem sido um fato negativo para a praia de Ponta Negra. Um dos principais destinos turísticos de Natal e do Rio Grande do Norte tem encarado uma série de problemas que vão de crime fatal até ocorrência ambiental apenas no mês de fevereiro.

O primeiro caso que o PORTAL DA TROPICAL relembra é o incêndio no Morro do Careca. Na noite do dia 6 de fevereiro, chamas de médio porte, como foram classificadas pelo Corpo de Bombeiros, foram registradas no cartão postal da cidade. O trabalho de combate se estendeu até o dia seguinte.

A perícia realizada no local ainda não teve resultado divulgado. No entanto, a hipótese de que o incêndio tenha sido criminoso não está descartada. As autoridades de segurança estão investigando o caso. O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) está analisando os danos ambientais provocados pelo incêndio.

As coisas pioraram em Ponta Negra recentemente. Um vídeo que circulou nas redes sociais mostrou uma cachoeira de esgoto jorrando na praia e até no calçadão. Membros de um grupo que utiliza o trecho para a prática de natação adoeceu, com todos apresentando sintomas semelhantes, como diarréia e vômito. Eles acreditam que adoeceram devido à contaminação da água.

De acordo com o último Boletim de Balneabilidade emitido pelo Idema, no último sábado (24), a praia de Ponta Negra possui um ponto impróprio para banho, no trecho indicado como Free Willy. A faixa nas proximidades do Morro do Careca foi classificada como própria para a utilização dos banhistas.

Um caso de violência aconteceu no último fim de semana. Um professor foi encontrado morto no calçadão de Ponta Negra. Ele foi identificado como Arisson Rodrigo de Brito, de 38 anos, e teria se envolvido em uma confusão. O corpo possuía sinais de violência. Pouco antes, ele estava em um bar na orla, onde ficou por 2h43. Segundo o estabelecimento, não houve atrito envolvendo a vítima no local.

A família concedeu entrevista à TV Tropical e disse não saber o que pode ter motivado a morte. “A gente quer saber o que aconteceu com meu irmão. Eu não sei se aquilo que vi era resultado de espancamento. Eu vi o rosto dele com uma marca profunda de um rasgado. O joelho dele tinha uma marca também. Ele estava muito marcado no rosto, tinha muito sangue. Eu confio muito que as investigações vão trazer clareza”, afirmou Alexandre Brito, irmão da vítima.

O irmão da vítima falou sobre a possibilidade de o crime estar relacionado com o tráfico de drogas. “Não acredito também. Porque eu via o dia a dia dele, como um cara muito focado na sua carreira profissional. Não sei se seria possível uma pessoa focada nos estudos, na carreira, conciliar com uma vida promíscua com o uso de drogas. Eu não tenho capacidade de fazer essa afirmação”, acrescentou.

Ele também não sabe sobre o crime pode ter sido um caso de homofobia. “Não acredito que possa ter dito essa motivação. A gente precisa entender através dos resultados das investigações. Se tiver tido responsáveis por isso, que paguem por isso. A gente deseja justiça”, completou.

Um outro crime foi registrado nessa semana. Um turista paulista foi esfaqueado durante um assalto na última terça-feira (27). O homem e a companheira estavam caminhando na orla da praia quando foram abordados por dois suspeitos que anunciaram o assalto. Os criminosos pediram o celular dele e o cordão de ouro da mulher. Na fuga, a vítima acabou sendo atacada com uma facada.

Para completar, um outro turista morreu afogado na manhã dessa quarta-feira (28). O homem foi identificado como Gabriel Varela Resende, de 68 anos. Ele era de Minas Gerais. De acordo com as informações, o corpo foi encontrado por um surfista, que chamou a polícia, mas a vítima já estava sem vida.

O idoso estava hospedado em um hotel na Via Costeira. Ele teria optado por ficar em Natal enquanto a família foi realizar um passeio na Praia de Pipa. Ao retornar, a família fez o reconhecimento do corpo.

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