O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pretende realizar concurso no próximo ano, mas ainda avalia quantas vagas irá solicitar ao Ministério do Planejamento. Enquanto a seleção não sai do papel, servidores do órgão reivindicam que a instituição convoque os aprovados do último concurso, válido até agosto do ano que vem, e agilize a nova seleção.
Em reunião entre a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS) e o presidente do INSS, Leonardo de Melo Gadelha, a necessidade de pessoal foi discutida e Leonardo foi questionado quando haveriam novos concursos. A resposta do presidente foi de que o órgão atualmente está investindo em sua plataforma digital para tentar “melhorar a resolutividade da demanda através da digitalização” e por isso o pedido de concurso ainda não foi enviado.
Contudo, a Confederação segue preocupada com a falta de pessoal, alegando que “é grave a situação do contingente de pessoal no INSS, para o atendimento da demanda diária por serviços em suas unidades, tanto de atendimento ao público, quanto administrativas”. Um dos motivos é o alto índice de aposentadorias causado pela reforma da previdência. Sem os novos servidores, haverá aumento do adoecimento no trabalho, em função da sobrecarga de atividades, segundo o grupo.
Para tentar contornar a situação, a Confederação pediu ao Ministério do Planejamento que convoque os 800 técnicos e 150 analistas aprovados no último concurso e autorize a nova seleção, para reestruturar o quadro pessoal da Previdência Social. “O cenário é de aproximadamente 34% do quadro de servidores do INSS em abono de permanência (em condições de se aposentar, mas trabalhando) e se efetivada a aposentadoria, o INSS entrará em colapso, sem condições de atender à população e aos órgãos de controle.”
A resposta do INSS é que está finalizando os estudos em relação ao concurso. Sobre a última seleção, cabe ao Ministério do Planejamento convocar 200 técnicos, como forma de preencher a oferta de vagas anunciada em edital. Contudo, a intenção do presidente do INSS é de chamar um número maior, mas a medida precisa da autorização do Ministério para contratar o adicional de 50% das vagas (475), sendo 400 técnicos e 75 analistas.
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