sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Presidente Dilma pede apoio dos governadores do nordeste para aprovar a CPMF

 

A presidente Dilma Rousseff decidiu intensificar as articulações pela recriação da CPMF. Além de dar declarações públicas a favor do novo imposto, Dilma vai reforçar o apelo para que governadores e prefeitos ajudem a garantir a aprovação da medida no Congresso. 
Dilma Rousseff pediu aos governadores que trabalhem junto às bancadas federais na Câmara dos Deputados e no Senado Federal pela recriação da CPMF, que ainda encontra resistência no Congresso Nacional até mesmo entre membros da base aliada. 
O apelo foi feito durante a reunião com governadores do Nordeste, no Palácio do Planalto. O encontro foi convocado para discutir os problemas enfrentados por estados da região que tem municípios em crise de abastecimento d´água. Na ocasião, ela prometeu ampliar as ações do governo federal para combater os efeitos da estiagem. 
No encontro com governadores do Nordeste ontem, Dilma argumentou que a volta da CPMF é a única aposta do governo para reequilibrar as contas públicas no ano que vem. Em contrapartida, ela ouviu dos presentes que a resistência à proposta diminuiu e obteve a garantia de que eles vão trabalhar para convencer deputados e senadores a votarem a favor do novo tributo. O governador em exercício do Rio Grande do Norte, Ezequiel Ferreira de Souza, participou do encontro no Palácio do Planalto.
Segundo um dos governadores que esteve com Dilma, cresce o sentimento de que a volta do chamado "imposto do cheque" é o caminho possível para melhorar o ambiente econômico. Isso porque, até agora, nem o governo nem a oposição conseguiu sugerir outra alternativa concreta nesse sentido.
Apesar disso, a proposta ainda encontra muita resistência no Congresso Nacional, inclusive entre membros da base aliada. O projeto para a recriação da CPMF foi enviado em setembro à Câmara, mas, até agora, não foi designado um relator para a matéria que está parada na Comissão de Constituição e Justiça da Casa.
Diante da dificuldade, o governo já descarta aprovar o projeto este ano, mas trabalha com a meta de conseguir emplacá-lo já no primeiro semestre do ano que vem. Numa sinalização de que confia nessa previsão, Dilma encaminhou na quarta-feira uma alteração à Lei Orçamentária de 2016 para incluir a arrecadação da CPMF na previsão de receitas do ano que vem. Na mensagem, a presidente informa que o impacto líquido na arrecadação com o novo tributo será de R$ 24 bilhões

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