A
 presidente Dilma Rousseff decidiu intensificar as articulações pela 
recriação da CPMF. Além de dar declarações públicas a favor do novo 
imposto, Dilma vai reforçar o apelo para que governadores e prefeitos 
ajudem a garantir a aprovação da medida no Congresso. 
Dilma
 Rousseff pediu aos governadores que trabalhem junto às bancadas 
federais na Câmara dos Deputados e no Senado Federal pela recriação da 
CPMF, que ainda encontra resistência no Congresso Nacional até mesmo 
entre membros da base aliada. 
O
 apelo foi feito durante a reunião com governadores do Nordeste, no 
Palácio do Planalto. O encontro foi convocado para discutir os problemas
 enfrentados por estados da região que tem municípios em crise de 
abastecimento d´água. Na ocasião, ela prometeu ampliar as ações do 
governo federal para combater os efeitos da estiagem. 
No
 encontro com governadores do Nordeste ontem, Dilma argumentou que a 
volta da CPMF é a única aposta do governo para reequilibrar as contas 
públicas no ano que vem. Em contrapartida, ela ouviu dos presentes que a
 resistência à proposta diminuiu e obteve a garantia de que eles vão 
trabalhar para convencer deputados e senadores a votarem a favor do novo
 tributo. O governador em exercício do Rio Grande do Norte, Ezequiel 
Ferreira de Souza, participou do encontro no Palácio do Planalto.
Segundo
 um dos governadores que esteve com Dilma, cresce o sentimento de que a 
volta do chamado "imposto do cheque" é o caminho possível para melhorar o
 ambiente econômico. Isso porque, até agora, nem o governo nem a 
oposição conseguiu sugerir outra alternativa concreta nesse sentido.
Apesar
 disso, a proposta ainda encontra muita resistência no Congresso 
Nacional, inclusive entre membros da base aliada. O projeto para a 
recriação da CPMF foi enviado em setembro à Câmara, mas, até agora, não 
foi designado um relator para a matéria que está parada na Comissão de 
Constituição e Justiça da Casa.
Diante
 da dificuldade, o governo já descarta aprovar o projeto este ano, mas 
trabalha com a meta de conseguir emplacá-lo já no primeiro semestre do 
ano que vem. Numa sinalização de que confia nessa previsão, Dilma 
encaminhou na quarta-feira uma alteração à Lei Orçamentária de 2016 para
 incluir a arrecadação da CPMF na previsão de receitas do ano que vem. 
Na mensagem, a presidente informa que o impacto líquido na arrecadação 
com o novo tributo será de R$ 24 bilhões
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