sexta-feira, 27 de março de 2020

Pronunciamento de Bolsonaro vai na contramão das recomendações da Organização Mundial da Saúde - OMS, do Ministério da Saúde e de especialistas. CONTAG orienta: Fica em casa!

FOTO: Arte: Fabricio Martins


O pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro na noite desta terça-feira (24) gerou repercussão internacional, principalmente pela mensagem carregada de estúpida ignorância de que não é preciso fazer o isolamento das pessoas para controlar a pandemia do coronavírus e de que a economia não pode parar por conta de uma “gripezinha”.

Várias autoridades políticas e do judiciário, bem como especialistas da área da saúde, se posicionaram sobre a fala e as consequências dessa postura nada responsável do presidente diante de uma grave crise mundial, inclusive contradizendo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Ministério da Saúde, do Conselho Nacional de Saúde, de médicos infectologistas, entre outros profissionais da saúde do Brasil e de outros países.

A CONTAG reafirma: PRESERVAR AS NOSSAS VIDAS É O MAIS IMPORTANTE! A Confederação orienta a todos e todas que fiquem na roça, ativos, produzindo alimentos e alimentando o Brasil. Mas, EVITEM o contato com outras pessoas, previnam-se. Adotem os cuidados recomendados para sair e entrar em casa. Cuidem dos nossos idosos e idosas e das pessoas com doenças crônicas. Ignorem, não levem em conta a fala do presidente e sigam as orientações dos profissionais da área da saúde. Informe, oriente e cuide das pessoas que estão próximas a você.



Veja algumas das repercussões:



Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente do Senado

"Neste momento grave, o País precisa de uma liderança séria, responsável e comprometida com a vida e a saúde da sua população. Consideramos grave a posição externada pelo presidente da República hoje, em cadeia nacional, de ataque às medidas de contenção ao Covid-19. Posição que está na contramão das ações adotadas em outros países e sugeridas pela própria Organização Mundial da Saúde (OMS). Reafirmamos e insistimos: não é momento de ataque à imprensa e a outros gestores públicos. É momento de união, de serenidade e equilíbrio, de ouvir os técnicos e profissionais da área para que sejam adotadas as precauções e cautelas necessárias para o controle da situação, antes que seja tarde demais. A Nação espera do líder do Executivo, mais do que nunca, transparência, seriedade e responsabilidade. O Congresso continuará atuante e atento para colaborar no que for necessário para a superação desta crise."



Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados

"Desde o início desta crise venho pedindo sensatez, equilíbrio e união. O pronunciamento do presidente foi equivocado ao atacar a imprensa, os governadores e especialistas em saúde pública. Cabe aos brasileiros seguir as normas determinadas pela OMS e pelo Ministério da Saúde em respeito aos idosos e a todos que estão em grupo de risco. O Congresso está atento e votará medidas importantes para conter a pandemia e ajudar os empresários e trabalhadores. Precisamos de paz para vencer este desafio."



Felipe Santa Cruz, presidente da OAB

"Entre a ignorância e a ciência, não hesite. Não quebre a quarentena por conta deste que será reconhecido como um dos pronunciamentos políticos mais desonestos da história."



Gilmar Mendes, ministro do STF

"A pandemia da Covid-19 exige solidariedade e co-responsabilidade. A experiência internacional e as orientações da OMS na luta contra o vírus devem ser rigorosamente seguidas por nós. As agruras da crise, por mais árduas que sejam, não sustentam o luxo da insensatez. #FiqueEmCasa"



Associação Brasileira de Imprensa (ABI)

"Na noite desta terça-feira, o País assistiu, estarrecido, a um pronunciamento em que o presidente Jair Bolsonaro minimiza os riscos da pandemia do Covid-19 e vai na contramão de todas as medidas recomendadas pelas autoridades de saúde, tanto do Brasil, como do mundo. Tenta, também, responsabilizar a imprensa pela justificada apreensão que toma conta de todos.

Num momento em que milhares de vidas são ceifadas em outros países e que o coronavírus chega a nosso país de forma ameaçadora, fazendo as suas primeiras vítimas fatais, Bolsonaro refere-se à pandemia como uma ‘gripezinha’ ou um ‘resfriadinho’ e, ainda mais grave, recomenda que as medidas preventivas não sejam adotadas pelos brasileiros. Dessa forma, contribui para que o país não se prepare para enfrentar a grave situação que estamos vivendo.

Decididamente, num momento em que se exige serenidade e liderança firme e responsável, com seu comportamento irresponsável e criminoso o presidente mostra não estar à altura do importante cargo que ocupa."



Sociedade Brasileira de Infectologia

“Neste difícil momento da pandemia de COVID-19 em todo o mundo e no Brasil, trouxe-nos preocupação o pronunciamento oficial do Presidente da República Jair Bolsonaro, ao ser contra o fechamento de escolas e ao se referir a essa nova doença infecciosa como ‘um resfriadinho’.

Tais mensagens podem dar a falsa impressão à população que as medidas de contenção social são inadequadas e que a COVID-19 é semelhante ao resfriado comum, esta sim uma doença com baixa letalidade. É também temerário dizer que as cerca de 800 mortes diárias que estão ocorrendo na Itália, realmente a maioria entre idosos, seja relacionada apenas ao clima frio do inverno europeu. A pandemia é grave, pois até hoje já foram registrados mais de 420 mil casos confirmados no mundo e quase 19 mil óbitos, sendo 46 no Brasil.

O Brasil está numa curva crescente de casos, com transmissão comunitária do vírus e o número de infectados está dobrando a cada três dias.

Concordamos com o Presidente quando elogia o trabalho do Ministro da Saúde, Dr. Luiz Henrique Mandetta, e sua equipe, cujas ações têm sido de grande gestor na mais grave epidemia que o Brasil já enfrentou em sua história recente. Desde o início da epidemia, o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estão trabalhando em conjunto com várias sociedades médicas científicas, em especial com a Sociedade Brasileira de Infectologia, com várias reuniões presenciais, teleconferências e trocas de informações quase que diariamente.

Também concordamos que devemos ter enorme preocupação com o impacto socioeconômico desta pandemia e a preocupação com os empregos e sustento das famílias. Entretanto, do ponto de vista científico-epidemiológico, o distanciamento social é fundamental para conter a disseminação do novo coronavírus, quando ele atinge a fase de transmissão comunitária. Essa medida deve ser associada ao isolamento respiratório dos pacientes que apresentam a doença, ao uso de equipamentos de proteção individual (EPI) pelos profissionais de saúde e à higienização frequente das mãos por toda a população. As medidas de maior ou menor restrição social vão depender da evolução da epidemia no Brasil e, nas próximas semanas, poderemos ter diferentes medidas para regiões que apresentem fases distantes da sua disseminação.

Quando a COVID-19 chega à fase de franca disseminação comunitária, a maior restrição social, com fechamento do comércio e da indústria não essencial, além de não permitir aglomerações humanas, se impõe. Por isso, ela está sendo tomada em países europeus desenvolvidos e nos Estados Unidos da América.

Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e todos os demais profissionais de saúde estão trabalhando arduamente nos hospitais e unidades de saúde em todo o país. A epidemia é dinâmica, assim como devem ser as medidas para minimizar sua disseminação. ‘Ficar em casa’ é a resposta mais adequada para a maioria das cidades brasileiras neste momento, principalmente as mais populosas.”



É HORA DE DISTANCIAR OS CORPOS E APROXIMAR OS CORAÇÕES!FONTE: Diretoria da CONTAG

CONTAG apresenta emendas a projetos que alteram a Lei do Pnae em razão da situação de calamidade e que serão votado

FOTO: Divulgação Gov.DF


Na noite desta quarta-feira (25) vão entrar em votação pelo Sistema de Deliberação Remota do Plenário da Câmara dos Deputados dois projetos de lei que alteram a Lei 11.947/2009 – a Lei que instituiu o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

Os projetos de lei 786/2020 e 824/2020, de autoria do deputado Hildo Rocha (MDB-MA) e da deputada Professora Dorinha (DEM/TO), respectivamente, autorizam estados e municípios a destinarem gêneros alimentícios da merenda escolar para as famílias dos(as) estudantes, caso as escolas estejam fechadas em razão de estado de calamidade pública. O PL 824/2020 também prevê a possibilidade de fazer transferência direta do recurso referente à alimentação escolar por meio de cartão magnético bancário, ou seja, podendo sacar esse dinheiro pelo cartão do Bolsa Família ou de outro programa social.

Portanto, os dois projetos que entrarão em votação têm como propósito assegurar o direito humano à alimentação adequada e saudável mesmo fora do ambiente escolar quando o País, estados e municípios enfrentarem situação de calamidade pública.

Visando aperfeiçoar os projetos e garantir o cumprimento de alguns princípios do Pnae, a CONTAG elaborou duas propostas de emenda, que serão analisadas pelos deputados e deputadas. A primeira reforça a importância de a distribuição dos alimentos e o cardápio continuarem respeitando as referências nutricionais, os hábitos alimentares, a tradição alimentar e a cultura de cada localidade, conforme estabelece os artigos 12 e 13 da Lei 11.947/2009. A segunda, que seja mantida a obrigatoriedade de compra de, no mínimo, 30% de alimentos produzidos pela agricultura familiar, conforme artigo 14 da mesma lei.

“Buscar a garantia de alimentação saudável e adequada é um direito humano e um dos requisitos essenciais para a imunidade do organismo. Manter a alimentação escolar contribuirá para que estudantes e suas famílias possam dispor de alimentos, pois grande parte das famílias tem na merenda escolar sua principal refeição durante o dia. Isso só reforça os dispositivos da lei quanto à elaboração do cardápio e aquisição dos produtos da agricultura familiar. Diante desse cenário de crise causado pela pandemia do coronavírus em todo o mundo, a CONTAG segue mobilizada e vigilante para defender os interesses e lutar pela garantia da saúde, segurança, renda e políticas para a agricultura familiar brasileira. Juntos e juntas vamos superar essa crise e preservar as nossas vidas”, destacou o presidente da CONTAG, Aristides Santos.FONTE: Assessoria de Comunicação da CONTAG - Verônica Tozzi

CONTAG e várias organizações da sociedade civil pedem transparência e garantia de participação nos trabalhos do Congresso durante pandemia de coronavírus





A Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG) e mais de 80 entidades brasileiras da sociedade civil organizada e a Frente Parlamentar em Defesa da Democracia e dos Direitos Humanos (FDDDH) compartilham com o povo brasileiro, um manifesto exigindo a transparência e garantia de participação social nas deliberações do Congresso Nacional durante a pandemia do COVID-19.

Estão entre os principais pontos do manifesto: medidas de aprimoramento dos canais existentes, a adoção de novas ferramentas de participação social, incluindo canais diretos de comunicação sobre os temas em votação, e ações que garantam uma postura de transparência ativa da Câmara dos Deputados e do Senado Federal na ampla divulgação de seus atos e deliberações.

Leia abaixo a íntegra do manifesto:

Manifesto por Transparência e Garantia de Participação Social nas deliberações do Congresso Nacional durante a pandemia do COVID-19

Diante da pandemia do novo coronavírus e de todas as consequências advindas dessa situação ao regular o funcionamento das instituições no Brasil, a Frente Parlamentar em Defesa da Democracia e dos Direitos Humanos (FDDDH) e as organizações da sociedade civil abaixo, signatárias desta carta, reconhecem a necessidade das medidas de contenção do avanço da doença e do consequente colapso do sistema de saúde brasileiro – entre elas, as restrições ao pleno funcionamento do Congresso Nacional.

Considerando as medidas já adotadas a fim de regulamentar o andamento do processo legislativo neste período, durante o qual as votações serão realizadas pelo Sistema de Deliberação Remota (especialmente a Resolução n° 14, Ato da Mesa n° 118 e Ato da Mesa n° 123 da Câmara dos Deputados, bem como seus equivalentes do Senado Federal), manifestamos nossa preocupação concernente à participação democrática da sociedade civil nas decisões que serão tomadas pelo Parlamento em nome de toda a sociedade brasileira.

Reconhecemos o conjunto de canais de participação virtual já em funcionamento nas duas Casas, cuja utilização deve ser potencializada, visando uma escuta ativa do Parlamento acerca dos anseios da população brasileira. Por outro lado, com vistas à garantia de uma participação efetiva e da necessária transparência que devem orientar todos os atos do Poder Legislativo, entendemos como necessárias medidas como o aprimoramento dos canais existentes, a adoção de novas ferramentas de participação social, incluindo canais diretos de comunicação sobre os temas em votação, e de uma postura de transparência ativa da Câmara dos Deputados e do Senado Federal na ampla divulgação de seus atos e deliberações.

Assim, requeremos que o Congresso Nacional implemente, em caráter de urgência, as seguintes medidas:

1. Delimitação das pautas e matérias apreciadas pelo Congresso Nacional estritamente às ações de enfrentamento à crise do COVID-19;

2. Ampla e prévia divulgação dos temas a serem pautados, bem como dos respectivos canais que permitam a participação da sociedade civil durante as votações;

3. Transmissão de todas as audiências públicas, reuniões de trabalho e votações do Congresso Nacional com a manutenção dos canais já existentes, inclusive TV Câmara e TV Senado;

4. Participação da sociedade civil no desenvolvimento e aprimoramento das ferramentas de votação e participação pelo Sistema de Deliberação Remota (SDR);

5. Incorporação de entidades cadastradas no Congresso Nacional e integrantes de Frentes Parlamentares nas plataformas utilizadas para a realização de audiências e votações, bem como em chats das plataformas adotadas para votações virtuais e afins;

6. Garantia de recebimento, mediante protocolo eletrônico, de contribuições da sociedade civil às matérias em votação às/aos parlamentares – antes e durante as deliberações virtuais –, com a necessária publicização da lista de todas as organizações e respectivos conteúdos enviados;

7. Realização de audiências públicas virtuais sobre os temas em votação, garantindo-se a interação prévia entre parlamentares e setores da sociedade interessados nos temas;

8. Como medida de transparência fundamental, as decisões tomadas pelo Colégio de Líderes, na Câmara e no Senado, deverão ser tornadas públicas imediatamente após a realização das respectivas reuniões; e

9. Garantia de votação nominal para todas as matérias apreciadas pelo Congresso Nacional, com disponibilização em dados abertos dos resultados de cada votação.

Subscrevem as seguintes organizações da sociedade civil:

1. ABGLT - Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, bissexuais, travestis, Transexuais e Intersexos

2. Abong – Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais

3. Ação Educativa – Assessoria Pesquisa Informação

4. Aliança Nacional LGBTI+

5. Amarc Brasil - Associação Mundial de Rádios Comunitárias

6. ANDI – Comunicação e Direitos

7. API - Associação das Produtoras Independentes do Audiovisual Brasileiro

8. Articulação Brasileira de Jovens Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ArtJovem LGBT)

9. Articulação de Mulheres Brasileiras – AMB

10. ARTIGO 19

11. Associação Brasileira de Economistas pela Democracia – ABED

12. Associação Brasileira de Juristas pela Democracia – ABJD

13. Associação Brasileira de Reforma Agrária – ABRA

14. Associação Casa Hacker

15. Associação Cidade Escola Aprendiz

16 - Associação Juízes para a Democracia – AJD

17. Campanha Nacional pelo Direito à Educação

18. Casa da Cultura Digital Porto Alegre

19. Centro de Convivência É de Lei

20. Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé

21. Centro de Estudos Legislativos – CEL/UFMG

22. Centro de Promoção da Cidadania e Defesa dos Direitos Humanos Pé. Josimo

23. CFEMEA - Centro Feminista de Estudos e Assessoria

24. Coalizão Direitos na Rede

25. Coding Rights

26. Conectas Direitos Humanos

27. CONTAG – Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares

28. Contee – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino

29. CONTRAF BRASIL

30. Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas – CONAQ

31. Dado Capital

32. Delibera Brasil

33. FENATRAD – Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas

34. FOPIR – Fórum Permanente pela Igualdade Racial

35. Fórum de Mulheres Negras de Mato Grosso – FMN/MT

36. Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação – FNDC

37. Fundação Avina

38. Fundação Cidadania Inteligente

39. Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares – GAJOP

40. Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte - GPEA-UFMT

41. Iniciativa Negra Por uma nova política de drogas

42. Instituto Beta: Internet & Democracia

43 - Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas – IBASE

44. Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS)

45. Instituto de Estudos Socioeconômicos – INESC

46. Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social

47. Instituto Igarapé 48. Instituto Observatório Político e Socioambiental (Instituto OPS)

49. Instituto Omolara Brasil

50. Instituto Prios de Políticas Públicas e Direitos Humanos (Prios)

51. Instituto Sociedade, População e Natureza – ISPN

52. Instituto Soma Brasil

53. Instituto Sou da Paz

54. Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social

55. IROHIN – Centro de Documentação, Comunicação e Memória Afro Brasileira

56. Laboratório de Tecnologias Livres – LabLivre Belém

57. LegisLab – Laboratório de Legislação & Públicas/UFMG

58. Lobby Para Todos

59. #MeRepresenta

60. Movimento Camponês Popular – MCP

61. Movimento da Advocacia Trabalhista Independente – MATI

62. Movimento de Mulheres Camponesas – MMC

63. Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB

64. Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA

65. Movimento dos Trabalhadores Rurais

66. Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST

67. Movimento Nacional de Direitos Humanos – AliançaDH Br

68. Observatório da Educação Ambiental – Observare

69. Observatório de Favelas

70. Observatório do Marajó

71. Observatório para qualidade da lei - UFMG

72. Open Knowledge Brasil

73. Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político

74. Rede Feminista de Juristas – DeFEMde

75. REDE GTA – Grupo de Trabalho Amazônico

76. Rede Internacional de Educação Ambiental e Justiça Climática – REAJA

77. Rede Justiça Criminal

78. Rede Mato-Grossense de Educação Ambiental – REMTEA

79. REDUC – Rede Brasileira de Redução de Danos e Direitos Humanos

80. RENFA – Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas

81. Sindicato dos Advogados do Estado de São Paulo – SASP

82. Terra de Direitos

83. #VoteLGBT 84. WWF-Brasil – Fundo Mundial para a Natureza
FONTE: organizações da sociedade civil em defesa da transparência e garantia de participação nos trabalhos do Congresso durante pandemia de coronavírus

CONTAG cria canal de diálogo com agricultores(as) familiares para enfrentamento ao coronavírus




Com o objetivo de apoiar os agricultores e agricultoras familiares que enfrentam dificuldades relacionadas à pandemia do coronavírus, a Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG) criou um canal de diálogo com a sua base.

Mande uma mensagem para o WhatsApp da CONTAG (61) 98316-1800, conte o seu problema e ajudaremos a resolver.

Atendimento de segunda a sexta-feira, de 8h30 às 18h.

Compartilhe essa informação. Vamos ajudar o povo da roça nesse momento de crise e de luta pela vida.

FONTE: Diretoria da CONTAG

Câmara aprova substituto para alteração da Lei do Programa de Alimentação Escolar e garante proposições da CONTAG e da FPAF








FOTO: Arquivo MDA



Na primeira votação em sistema remoto da história do Congresso Nacional, realizada na noite desta quarta-feira (25), os deputados e deputadas priorizaram pautas emergenciais de enfrentamento à pandemia do coronavírus. Uma delas foi sobre a alteração da Lei 11.947/2009, que institui o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

Após a apresentação de duas propostas para sua alteração por meio do PL 786/2020, de autoria do deputado Hildo Rocha (MDB-MA) e do PL 824/2020 da deputada Dorinha Seabra Rezende, a Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG) e a Frente Parlamentar da Agricultura Familiar (FPAF) fizeram conjuntamente articulações e dialogaram com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, com líderes de partidos e com o relator de plenário, deputado Zé Silva, para garantir que suas proposições fossem analisadas e aprovadas.

Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados
A CONTAG e a FPAF defendiam a destinação dos gêneros alimentícios adquiridos no âmbito PNAE aos pais ou responsáveis dos alunos matriculados mesmo com as escolas fechadas em situação de calamidade pública, respeitando algumas condições presentes na Lei do PNAE, como a aquisição de, no mínimo, 30% de produtos da agricultura familiar e o padrão de cultura e regionalidade na distribuição de alimentos.



Esse processo de negociação resultou na apresentação de um projeto substitutivo, que contemplou as proposições da CONTAG e da FPAF e excluiu a possibilidade de repassar o recurso referente à alimentação escolar por meio de cartão magnético bancário, conforme previsto no PL 824. A principal preocupação era apoiar as propostas porque garantia a manutenção do programa mesmo diante da pandemia, e garantir que a compra dos produtos da agricultura familiar fosse preservada, mesmo que a opção de cartão fosse aprovada. Agora, o PL segue para a apreciação e votação do Senado Federal.

Para a CONTAG, as Federações e Sindicatos, o PNAE é um programa que oferece uma alimentação saudável e adequada aos alunos e alunas e, simultaneamente, atende às especificidades das produções agrícolas familiares regionais. E uma alimentação saudável é um dos requisitos para manter ou fortalecer a imunidade do organismo, principalmente nesse cenário de pandemia, e, portanto, essa premissa reforça a urgência na deliberação do Projeto de Lei. “Foi um grande passo, pois, neste momento, produções destinadas à merenda escolar são descartadas ou estocadas com risco de perder a validade sem que pudessem ser destinadas a estudantes, seus pais ou responsáveis, situação que exige deliberação urgente agora no Senado Federal. Além de promover o direito à alimentação, a medida contribui para manter setores da economia movimentados”, destaca o presidente da CONTAG, Aristides Santos.

Foto: Ascom SEAD

FONTE: Assessoria de Comunicação da CONTAG - Verônica Tozzi

quinta-feira, 19 de março de 2020

CONTAG e FPAF cobram medidas urgentes em defesa da vida e dos povos do campo, da floresta e das águas




Preocupada com a rápida proliferação do Coronavírus em todo o País e com as suas consequências, a Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG) vem cobrar do poder público medidas emergenciais para a prevenção e o combate ao Coronavírus e em defesa da vida. A CONTAG também está preocupada com a produção da ampla maioria dos alimentos que chega à mesa dos(as) brasileiros(as), e cobra medidas que visam a continuidade da produção de alimentos saudáveis pela agricultura familiar brasileira.

Além das medidas propostas abaixo, é imprescindível que o Congresso Nacional cancele, neste momento, qualquer debate e votação de reformas e de projetos de lei que visem a retirada de direitos da classe trabalhadora e dos setores mais vulneráveis. É hora de priorizar a agenda de investimentos públicos.

Antes da disseminação da Covid-19, o Brasil já se encontrava em cenário de estagnação econômica, desmonte dos serviços públicos, com 12,4 milhões de desempregados, aumento da informalidade nas relações de trabalho e da pobreza. A crise agravada pela pandemia do Coronavírus também expôs os efeitos das medidas neoliberais implementadas pelo governo, com a redução dos investimentos públicos e a falta de estrutura e de leitos nos hospitais públicos para receber as pessoas doentes, entre outras consequências. Os gráficos do monitoramento do avanço da Covid-19 comprovam que a velocidade da propagação da doença no Brasil é superior ao de países desenvolvidos, com investimentos maiores nas políticas públicas sociais.

Nesse sentido, a Confederação, com a contribuição da Coordenação da Frente Parlamentar da Agricultura Familiar, elencou algumas medidas e cobra urgência nas respostas pelos poderes constituídos:



1. Cobrar urgência do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento da inconstitucionalidade da Emenda Constitucional nº 95 para suspender o teto dos gastos e, com isso, autorizar o aumento dos investimentos na saúde dos estados e municípios nesse momento de aumento da demanda por leitos e condições de atendimento às pessoas infectadas;

2. Prorrogar o vencimento dos financiamentos da agricultura familiar na seguinte forma: custeio – prorrogar para 31/12/2020, e investimento – prorrogar para seis (6) meses após o vencimento;

3. Suspensão da inscrição dos débitos oriundos dos financiamentos da Agricultura Familiar na Dívida Ativa da União até 31 de dezembro de 2020;

4. Criar linha de crédito emergencial para agricultores(as) familiares com teto de até R$ 30 mil, prazo para pagamento de 10 anos e taxa de juros subsidiada para recuperação e manutenção das atividades produtivas da propriedade; bem como criar linha especial de manutenção das propriedades da agricultura familiar, que tenham DAP e renda familiar de até 03 salários mínimos mensais, e que não se enquadrem em nenhum tipo de renegociação. O valor da linha será de um salário mínimo mensal por um período de 03 meses, podendo ser prorrogado, como forma de subsistência da família;

5. Criar Fundo Público de Equalização de Inadimplência nos casos de dívidas contraídas devido à grave estiagem que assola o Rio Grande do Sul, entre outros estados que se encontram na mesma situação, como um tipo de “bolsa estiagem” para contribuir na liquidação das dívidas, bem como liberar recursos do Fundo Nacional de Calamidades Públicas, Proteção e Defesa Civil (FUNCAP) para os(as) agricultores(as) familiares afetados(as) pela chuvas, em todas as regiões do País;

6. Liberar recursos para a construção de cisternas para as famílias que não têm água;

7. Liberar pagamento do Garantia-Safra a todos os(as) agricultores(as) familiares que aderiram ao programa dos municípios do Nordeste que estão ou entrarão em estado de emergência;

8. Retomar a construção das 25 mil unidades habitacionais do PNHR que se encontram com obras paralisadas visando garantir condições salubres de vida às pessoas residindo em habitações precárias no campo;

9. Reativar o portal de compras da agricultura familiar pelo MAPA para viabilizar que as feiras orgânicas entreguem os produtos nas casas dos consumidores;

10. Antecipar o crédito de instalação para assentados(as) da reforma agrária (Incra); liberar o Pronaf A para assentados(as) da reforma agrária (Incra) e beneficiários(as) do Terra Brasil - Programa Nacional de Crédito Fundiário; e suspender os processos de todos os despejos para evitar o deslocamento de pessoas para as áreas urbanas dos municípios;

11. Garantir o cumprimento das recomendações de segurança do Ministério da Saúde com relação ao funcionamento de feiras livres, principalmente quanto à distância mínima permitida para a localização das barracas, da não participação de pessoas acima de 60 anos na qualidade de feirantes e de consumidores(as), no uso obrigatório de máscara e luvas para feirantes, e disponibilização de álcool em gel 70% ou álcool líquido 70% nas barracas;

12. Garantir renda para a agricultura familiar e, consequentemente, a segurança alimentar e nutricional com a disponibilização de orçamento para aquisição de alimentos na forma que segue:

a) para creches, albergues e hospitais por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) nas modalidades: Compra com Doação Simultânea, Compra Direta, Formação de Estoque, e Compra e Doação de Leite.

b) por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) para o fornecimento de alimentação escolar para estudantes cujas famílias estejam inscritas no CADÚnico e sejam beneficiárias do Bolsa Família ou estejam na fila para acesso ao programa, bem como no BPC;

13. Liberar sementes para os agricultores e agricultoras familiares que não têm sementes para plantar;

14. Assegurar equipes de Atenção Básica de Saúde nos assentamentos da reforma agrária e demais comunidades rurais, inclusive de povos e comunidades tradicionais, para orientar como prevenir a contaminação por Coronavírus e sobre os cuidados essenciais em caso de sintomas de gripe;

15. Garantir que os hospitais de referências tenham UTI para o atendimento das ocorrências dos casos confirmados, principalmente para as populações de maior risco; bem como equipar e melhorar o funcionamento de Unidades Básicas de Saúde e de laboratórios (ver recomendação do Ministério da Saúde), com distância razoável para realizar exames de diagnóstico de casos suspeitos de Coronavírus para a população de todos os municípios com até 50 mil habitantes e disponibilizar os medicamentos necessários;

16. Evitar que os frigoríficos e os laticínios sejam fechados visando garantir o abastecimento dos centros urbanos;

17. Incentivar o pequeno comércio local e a compra direta de produtos da agricultura familiar de modo a garantir a sobrevivência desses setores, uma vez que são os mais atingidos pela recessão instaurada;

18. Ampliar o acesso ao programa Bolsa Família pelas famílias de baixa renda e fazer a revisão urgente das famílias que tiveram o pagamento suspenso;

19. Priorizar a análise e reanálise dos pedidos de aposentadoria e demais benefícios rurais;

20. Garantir estabilidade do emprego nesse período de surto do Coronavírus, principalmente pelo fato de muitos(as) trabalhadores(as) optarem por trabalho em casa para evitar o contágio pela Covid-19.



Clique AQUI para baixar o documento enviado aos poderes.
FONTE: Direção da CONTAG

quarta-feira, 18 de março de 2020

Itans chega a 3,93m de lâmina d’água


Nova medição feita nesta manhã, 18 de março, confere mais 62 centímetros de lâmina d’água na bacia do grande Itans.

Agora, segundo dados do DNOCS, o açude possui cerca de 3,93 metros de água.

CONTAG adia atividades previstas até 15 de maio



A Diretoria da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG) resolveu suspender todas as atividades programadas pela entidade, bem como sua participação por meio da Diretoria, da Coordenação Regional, assessoria, funcionários e funcionárias, nas atividades programadas pelas federações filiadas e regionais, para evitar os riscos de contaminação e proliferação pelo coronavírus.

A decisão foi tomada levando em consideração a gravidade da pandemia causada pelo coronavírus conforme classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Decreto do Governo Distrital em suspender as atividades no DF e as recomendações do Ministério da Saúde e do Conselho Nacional de Saúde. Além do Decreto do Governo Distrito Federal, vários estados já tomaram a iniciativa de proibir eventos e, os que não fizeram, certamente o farão. Também algumas Federações já cancelaram suas atividades e até o seu atendimento.

Como não teremos governabilidade sobre a publicação ou prorrogação dos referidos Decretos governamentais, seria mais prudente evitar, inclusive, custos com eventos (passagens e outros serviços).

Quanto ao funcionamento das atividades internas da CONTAG, a Diretoria também decidiu que não haverá atendimento na sede, com trabalho em casa até o dia 6 de abril de toda Diretoria, assessoria e funcionários(as). A medida visa preservar a saúde e o bem-estar das pessoas que trabalham na Confederação, nas Federações, e também aquelas que seriam recebidas para seus eventos tanto na sua sede como naqueles de massa que, embora privados, seriam realizados em local público, tendo em vista que o vírus pode ser disseminado rapidamente.

Deste modo, todas as atividades da CONTAG previstas até 15 de maio de 2020 estão suspensas, período que compreenderia atividades como: Oficinas de Base, os Coletivos da Terceira Idade, Políticas Sociais, Meio Ambiente, Oficina sobre a Política Nacional de Comunicação, Seminário sobre a Década da Agricultura Familiar, Conselho Deliberativo, 4º Festival Nacional da Juventude Rural e o Grito da Terra Brasil, bem como aquelas que seriam realizadas nos estados ou regionais.

Diante do quadro, estaremos fazendo avaliações permanentes do processo para ver quais medidas adotar de forma mais antecipada possível. Recomendamos às Federações que ainda não tomaram medidas para suspensão ou cancelamento de suas atividades, fazerem o mais breve possível, inclusive quanto ao seu funcionamento interno. Todas as recomendações estão orientando no sentido de evitarmos a circulação de pessoas, mantermos a constante higienização pessoal, do ambiente e dos objetos, além de boa alimentação e melhoria das condições de imunidade do corpo.

A CONTAG registra com muita atenção e preocupação os irreparáveis prejuízos que o coronavírus causará na sustentabilidade do movimento sindical, da agricultura familiar e na economia do país. Vamos cobrar e ficaremos atentos às medidas que os governos federal e estaduais, e o Congresso Nacional tomarão para cuidar das pessoas e do Brasil.

Veja o Ofício Circular enviado às Federações, Sindicatos e Coordenações Regionais AQUI.FONTE: Diretoria da CONTAG

terça-feira, 17 de março de 2020

CONFIRMADO: PRIMEIRA PARCELA DO 13º DO INSS É ANTECIPADA PARA O PRÓXIMO MÊS; VEJA CALENDÁRIO

A primeira parcela do 13º do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) para aposentados e pensionistas deve ser antecipada em 2020, de acordo com anúncio da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho. A previsão é que esteja disponível a partir da folha de pagamento de abril, entre os dias 24 de abril e 8 de maio de 2020.


A medida faz parte das ações tomadas pelo governo para reduzir o impacto do coronavírus no país. Segundo o INSS, para entrar em vigor, procedimento depende agora somente da publicação de normativos e decreto presidencial.
A antecipação do 13º geralmente acontece no segundo semestre, como no ano passado em que o presidente Jair Bolsonaro autorizou o depósito entre 26 de agosto e 6 de setembro. No entanto, para conter os danos econômicos do novo coronavírus, o governo incluiu entre suas ações a antecipação de 50% do benefício.


Calendário primeira parcela 13 º do INSS
O calendário de pagamento da primeira parcela segue o número final do cartão de benefício, começando pelo número 1, sem considerar o dígito, por exemplo, se o número é 145.678.947 -0, desconsidere o 0 (dígito), neste caso o número final é o 9. Além disso, começam a receber os segurados que ganham até um salário mínimo, de R$ 1.045 em 2020.Já a segunda parcela será paga no calendário de novembro, somente nesta fase o valor terá desconto do Imposto de Renda (IR), calculado sobre o valor total do 13º. Benefícios de até um salário mínimo Em caso de dúvidas, o beneficiário do INSS deve entrar em contato com a instituição por meio do telefone 135 que fica disponível de segunda-feira a sábado, das 7 h às 22 h.


Benefícios acima de um salário mínimo

Final do cartão (sem o dígito) 
Data do depósito
1 e 6 
04/mai

2 e 7 
05/mai

3 e 8 
06/mai

4 e 9 
07/mai

5 e 0 
08/mai


*Em caso de dúvidas, o beneficiário do INSS deve entrar em contato com a instituição por meio do telefone 135 que fica disponível de segunda-feira a sábado, das 7 h às 22 h.


Consulta ao valor das parcelas
A consulta ao valor das parcelas do 13º é liberada dias antes pelo INSS no site Meu INSS. O aposentado ou pensionista que não possui cadastro no sistema, pode solicitar no primeiro acesso. Não há desconto do IR na primeira parcela, o valor dela é a metade do benefício recebido pelo segurado. De acordo com o Ministério da Economia, para o pagamento da primeira parcela do 13º do INSS serão liberados cerca de R$ 23 bilhões.

Missa de 30° Dia

Governo do RN suspende aulas nas escolas públicas e privadas por causa do coronavírus



As aulas das redes pública e privada de ensino do Rio Grande do Norte foram suspensas por tempo 15 dias, anunciou o Governo do Estado nesta terça-feira (17).

A medida tem o objetivo de evitar contágio do novo coronavírus, o Covid-19, e vale a partir desta quarta-feira (18), segundo afirmou a governadora Fátima Bezerra (PT) em vídeo publicado nas redes sociais.

Segundo a governadora, a iniciativa foi tomada após reunião com representantes dos municípios, do sindicato das empresas privadas, além de conselhos estaduais.



De acordo com o Secretário de Educação, Getúlio Marques, a medida abrange cerca 1 milhão de alunos, praticamente um terço da população estadual. São aproximadamente 220 mil da rede estadual, 600 mil da rede municipal e cerca de 170 mil da rede privada.

Prefeito de Caicó decreta suspensão das aulas no município por 15 dias

Nota de Esclarecimento

O prefeito de Caicó, Robson de Araújo (Batata) vem a público comunicar que conforme anúncio da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, nesta terça-feira (17), suspendendo as aulas de todas as escolas estaduais, municipais e particulares do Rio Grande do Norte, através de um vídeo publicado nas redes sociais na referida data, onde ela aparece ao lado do secretário estadual de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, Getúlio Marques Ferreira, o Município de Caicó vem informar que seguirá a determinação da governadora suspendendo as aulas da rede municipal de ensino de Caicó, a partir de amanhã, dia 18 de março de 2020 pelo período de 15 dias.

Essa determinação vem em consonância com o que foi discutido ontem (segunda-feira, 16) em reunião com representantes de vários setores do Estado sobre a prevenção ao Coronavírus. A medida atinge cerca de 1 milhão de alunos. 220 mil da rede estadual, 600 mil da rede municipal e cerca de 170 mil da rede privada.



Caicó, 17 de março de 2020
Robson de Araújo (Prefeito de Caicó)

Com 1,3 mil vagas, IFRN lança dois editais para cursos técnicos


A Coordenação de Acesso Discente (Cadis) divulgou o Edital nº 12/2020 e o Edital nº 13/2020, da Pró-Reitoria de Ensino do IFRN. Os documentos são referentes aos Cursos Técnicos de Nível Médio na forma Subsequente e Integrado – modalidade Educação de Jovens e Adultos (Proeja), respectivamente.

A execução das etapas do processo seletivo para ambos os editais, que vão desde a etapa de inscrição ao resultado final, ficará sob a responsabilidade da Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN (Funcern).

Vagas
Para o Proeja, serão 40 vagas, para o Campus Mossoró, no curso de Edificações no período noturno; para os cursos na forma subsequente, as 1.303 vagas divulgadas envolvem 20 cursos, oferecidos em 15 campi:

As inscrições, no valor de R$ 30,00 (trinta reais), estarão abertas entre 9 de março e 6 de abril de 2020, no Portal da Funcern.

Candidatos

Para o Subsequente, o processo seletivo estará aberto aos portadores de certificado de conclusão do ensino médio (ou de curso equivalente); para o Proeja, a seleção estará aberta exclusivamente aos portadores de, NO MÁXIMO, certificado de conclusão do Ensino Fundamental (ou de curso equivalente), que desejem cursar o ensino médio integrado a uma formação profissional e que tenham, até o último dia de matrícula deste Processo Seletivo, 18 anos completos.

Os interessados no processo seletivo, com prova agendada para 17 de maio de 2020, terão das 8h ao meio-dia para responder a questões de múltipla escolha de Língua Portuguesa e Matemática, além de fazer a Produção Textual Escrita. O cronograma e os demais detalhes do Processo Seletivo podem ser consultados nos editais.

Acesse
fonte do blog de angicos noticias

Conselho Nacional de Saúde divulga informações sobre o novo Coronavírus – COVID-19





Em dezembro de 2019 o mundo foi surpreendido com o surgimento na China do novo agente do coronavírus, o COVID-19. Ele é formado por uma família de vírus que causa infecções respiratórias.

Apesar do seu aparecimento em 2019, o coronavírus não é uma novidade, os primeiros casos em humanos apareceram em 1937, porém, foi em 1965 que o vírus foi denominado coronavírus. Foi chamado assim, pelo fato do mesmo apresentar um perfil na microscopia em formato de coroa.

Em função da expansão da doença em vários países, no dia 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o coronavírus como uma pandemia. Na prática, isso significa que, para além de conter os casos que vão surgindo, os governos devem atuar também para atender uma parcela da população mais ampla e vulnerável.

No sentido de prestar informações junto à população brasileira, o Conselho Nacional de Saúde divulgou em seu site um conjunto de informações que ajudará na prevenção do coronavírus. Dentre os informes divulgados pelo CNS estão: O que você precisa saber e fazer sobre o coronavírus? Qual o período de incubação? Qual o período de transmissibilidade? Qual a fonte de infecção do coronavírus? Quais são os sintomas? Como o coronavírus é transmitido? Como prevenir? Como é feito o tratamento? Dentre outras informações.

“O avanço da doença é preocupante, no entanto, criar pânico e desenvolver ações alarmantes não é o melhor caminho. O momento exige calma, cautela e solidariedade, assim como recomendam os princípios gerais e organizativos do Sistema Único de Saúde (SUS): universalidade, equidade, integralidade, regionalização, hierarquização, descentralização, comando único e participação popular”, destaca a secretária de Políticas Sociais da CONTAG, Edjane Rodrigues.

Para buscar mais informações, visite o site do Conselho Nacional de Saúde: https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/coronavirus
FONTE: Assessoria da Secretaria de Políticas Sociais da CONTAG

Informações semanais do Congresso Nacional



Semanalmente, a CONTAG manterá as suas Federações, Sindicatos e os trabalhadores rurais agricultores e agricultoras familiares informados(as) sobre os projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional que interessam a categoria.

REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
O relator da Medida Provisória 910/2019, que estabelece novos critérios para a regularização fundiária de imóveis da União e do Incra, senador Irajá Abreu (PSD/TO), apresentou seu parecer à MP e não acolheu nenhuma das propostas formuladas pela CONTAG. No parecer, o senador propôs mudanças no texto do Governo que pioram os processos de regularização fundiária no Brasil.
A proposta do relator aumenta de 1.500 hectares para 2.500 hectares a área passível de regularização com dispensa de vistoria. Empresas poderão titular grandes propriedades. Significa que a MP não foi feita para resolver a situação de pequenos posseiros como propaga o senador Irajá. Grileiros e desmatadores receberão seus títulos ao declararem que são ocupantes, pois não haverá vistoria prévia.
A votação do parecer está prevista para a próxima semana na Comissão Mista. Na sequência, segue para o Plenário da Câmara dos Deputados.

BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA
O Congresso Nacional derrubou o veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto de lei que aumenta de ¼ (R$ 261,25) para meio salário mínimo (R$ 522,50) o limite da renda familiar mensal per capita para idosos e pessoas com deficiência terem acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC).
O resultado gerou muita polêmica entre os parlamentares por causa do possível impacto orçamentário. Para a CONTAG, a derrubada do veto é de grande importância social e econômica. Esse recurso circulará no comércio dos municípios dando impulso para as economias locais.
Sobre o impacto no orçamento da União a CONTAG entende que se é possível dar isenção fiscal para importação de agrotóxicos e renegociar sucessivamente o REFIS, há orçamento para amenizar o sofrimento das pessoas que mais precisam de amparo financeiro. Os beneficiários do BPC não operam na bolsa de valores, portanto, não têm que pagar a conta da crise econômica.

FUNDEB
A Comissão Especial da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 15/15), que torna o Fundeb permanente, deve votar o parecer da relatora, Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), na próxima semana. A relatora acatou propostas de alteração ao parecer.
Entre as alterações já propostas está o aumento da participação da União no aporte de recursos para o Fundo dos atuais 10% para 20% em 2026. Já em 2021, a União seria responsável por 15% do Fundeb e, a partir daí, o aumento é de um ponto percentual a cada ano até chegar em 20% em cinco anos.
A PEC do Fundeb altera também a forma da distribuição dos recursos que passarão a ser destinados aos municípios e não mais aos estados como é feito atualmente.

PLANO SAFRA PARA AGRICULTURA FAMILIAR
Deputados e deputadas do PT apresentaram o Projeto de Lei 280/2020, que prevê Plano Safra específico para a agricultura familiar. A proposta prevê que o plano orientará e definirá, para cada ano agrícola, os valores para o crédito e as suas prioridades, os preços, as compras pelos mercados institucionais, as previsões para o Garantia-Safra, e os estímulos para a agricultura orgânica e agroecológica.
A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas Comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

PAUTA FEMININA
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal dará prioridade, no mês de março, para a pauta feminina. Estão na lista de votação 11 projetos de lei que vão do combate à violência ao fortalecimento do protagonismo da mulher na política.
Um dos Projetos de Lei é o PL 1.541/2019, que propõe para combater as chamadas “candidatas laranjas” — que são inscritas pelas legendas apenas para cumprir a cota — o pagamento de multas de R$ 100 mil a R$ 200 mil aos responsáveis pela irregularidade. Também está na lista o Projeto de Lei 5013/2019, que cria o Cadastro Nacional de Pessoas Condenadas por Crime de Estupro.
Vários desses projetos estão em sintonia com a pauta apresentada pela Marcha das Margaridas. A CONTAG está acompanhando o debate e votações, novas legislações contribuirão para igualdade de condições entre mulheres e homens. Esse deve ser um compromisso de todos os parlamentares e não apenas da bancada feminina.

RESERVAS EXTRATIVISTAS
A CONTAG participou, juntamente com extrativistas e indígenas, do lançamento, na Câmara dos Deputados, da campanha em defesa das reservas extrativistas no Brasil e contra o Projeto de Lei 6024/19, que reduz a área da Reserva Extrativista Chico Mendes, no Acre.
As reservas extrativistas são espaços protegidos a fim de preservar os meios de vida e a cultura de populações tradicionais e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da área. Essas populações retiram seu sustento do extrativismo e, complementarmente, da agricultura de subsistência e da criação de animais de pequeno porte.
A flexibilização da legislação vigente muda a categoria de Resex, e é uma ameaça às populações extrativistas e ao meio ambiente. Continuaremos potencializando uma articulação nacional dos movimentos do campo, da floresta e águas, denunciando no Congresso Nacional, diante do poder público e da sociedade, as intensões do atual governo que em detrimento do interesses do capital nacional e internacional tenta destruir a floresta Amazônica e os demais biomas do Brasil.
FONTE: Assessoria Legislativa da CONTAG

4º Festival Nacional da Juventude Rural é adiado para evitar riscos de contaminação e proliferação pelo coronavírus







Ao considerar a gravidade da pandemia causada pelo coronavírus conforme classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Decreto do Governo Distrital em suspender as atividades no DF e as recomendações do Ministério da Saúde e do Conselho Nacional de Saúde, a Comissão Nacional de Jovens e a Diretoria da CONTAG resolveram adiar o 4º Festival Nacional da Juventude Rural para evitar os riscos de contaminação e proliferação pelo coronavírus.

O Festival iria acontecer de 5 a 7 de maio de 2020, no Pavilhão do Parque da Cidade, em Brasília, e reuniria cerca de 5 mil jovens de todo o Brasil na luta por democracia, soberania, respeito às diversidades, políticas públicas e sucessão rural.

Ainda não tem previsão de nova data, pois é preciso aguardar o monitoramento sobre a situação no País quanto à proliferação do coronavírus, bem como as datas disponíveis do espaço para os próximos meses. Portanto, divulgaremos a nova data logo que tivermos uma definição.

Por tratar-se de cuidado com a saúde pública, contamos com a compreensão e apoio de todos e todas para a realização desta grande ação política de mobilização, formação e empoderamento dos e das jovens trabalhadores(as) rurais, que tem como objetivo destacar o protagonismo da juventude no projeto de desenvolvimento rural e na valorização da agricultura familiar, para promover a soberania alimentar e condições dignas de vida e de trabalho no campo, com sustentabilidade e solidariedade.FONTE: Direção da CONTAG

Nota Urgente

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sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Caicó entra na rota do Rally RN 1500




Mais nordestino, envolvendo dois dos principais estados da região, e repleto de novidades. Assim será a 22ª edição do Rally RN 1500, uma das mais importantes e tradicionais provas de rali cross-country nacional, marcado para o período de 21 a 25 de abril. O evento reunirá os melhores pilotos e navegadores do país, que terão pela frente caminhos difíceis e as mais belas paisagens.

As cidades que integrarão o percurso deste ano, com cerca de 1100 km e 700km de especiais (trechos cronometrados), são Campina Grande, na Paraíba, Caicó (RN) e Mossoró (RN). Em todas, o público promete receber os participantes da melhor maneira, incentivando a todos.

A partir da cidade paraibana, o rali apresentará percurso inéditos, com especiais mais duras e atrativas, que fazem jus ao histórico técnico do RN 1500. Os participantes terão pela frente toda a diversidade de terreno e muito calor, colocando à prova a preparação e habilidade.

Para garantir tudo isso, a organização da prova está percorrendo os trechos. Kleber Tinoco, organizador, e Henrique Arena, diretor da prova, estão em Campina Grande para iniciar esta vistoria. “São os ajustes necessários para tornar a prova ainda melhor e mais desafiadora para todos”, destaca Klebinho.

O rali terá as categorias carros, motos, quadrículos e UTVs, e abrindo, mais uma vez, os Campeonatos Brasileiros de Rally Cross Country das Confederações Brasileiras de Automobilismo (CBA) e Motociclismo (CBM).

Metrópole Digital abre inscrições de seleção para Cursos Técnicos em TI com vagas para Caicó




Estão abertas as inscrições para a seleção de ingresso nos Cursos Técnicos em Tecnologia da Informação (TI) do Instituto Metrópole Digital, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (IMD/UFRN). Os interessados terão até o dia 20 de janeiro para se candidatar às 320 vagas, disponíveis para os polos de Mossoró, Caicó, Angicos e Pau dos Ferros.

Com valor de R$ 30, as inscrições podem ser feitas através do link http://www.comperve.ufrn.br/conteudo/metropoledigital/201945/inscricao/instrucoes.php

Além do público em geral, a seleção é aberta a candidatos que tenham concluído ou que estejam cursando ensino médio.

A seleção conta com 80 vagas para cada um dos polos de ensino. Desse número, 70% é reservado para candidatos que tenham cursado integralmente o ensino fundamental em escolas públicas.

Processo seletivo
As provas serão aplicadas em cada um dos polos contemplados no edital e acontecerão no dia 02 de fevereiro.
O exame teórico contemplará 40 questões de múltipla escolha sobre temas como cidadania digital, pensamento crítico, pesquisa, gerenciamento de informações e resolução de problemas.

O resultado final da seleção será divulgado no dia 21 de fevereiro.

Cursos Técnicos
Os Cursos Técnicos do IMD são oferecidos na modalidade semipresencial – com aulas online e eventuais encontros presenciais.

São oferecidas aos alunos formações nas áreas de Automação Industrial, Eletrônica, Programação em Jogos Digitais, Informática para Internet e Redes de Computadores. Em 2019, foram formados mais de 200 técnicos em TI.

Iniciada primeira ação para recuperação da barragem de Passagem das Traíras



O secretário estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, João Maria Cavalcanti, e o adjunto Carlos Nobre, realizaram, na manhã de hoje (15), uma visita técnica na Barragem de Passagem das Traíras, para acompanhar ao o início das obras emergenciais da abertura da fenda no barramento.

“Essa ação faz parte de uma política da Governadora Fátima Bezerra que adota a gestão de risco como uma cultura reduzindo a possibilidade de acidentes e suas consequências”, destaca João Maria, ressaltando também a importância da barragem para a economia, o lazer e desenvolvimento de toda região.

O representante da empresa executora, T Maia Engenharia LTDA, Emanoel Domingos, também estava no local e na oportunidade recebeu orientações técnicas do titular da Semarh, que também é engenheiro civil.

Essa é a primeira ação prevista no convênio assinado pelo Governo do RN com o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), através do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), no valor de R$ 21,9 milhões, para a Execução das obras de recuperação total do reservatório.

“Quero destacar e agradecer o trabalho e o empenho do senador Jean Paul Prates para a viabilização dos recursos do convênio, junto ao MDR”, ressalta o secretário.

A abertura da fenda representa um investimento de R$ 549,6 mil, e garante a continuidade do serviço, que será o primeiro grande trabalho de recuperação feito na barragem desde a sua inauguração em 1994.

No início de 2019, a Governadora determinou a realização de estudos e a confecção do projeto de recuperação de Passagem das Traíras, aplicando R$ 575 mil dos recursos do Tesouro Estadual. A ação era uma resposta ao relatório divulgado pela Agência Nacional das Águas no ano anterior destacando os danos estruturais no reservatório.

Governo eleva salário mínimo para R$ 1.045


O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciaram na tarde de hoje (14), em Brasília, que o salário mínimo de 2020 será elevado de R$ 1.039 para R$ 1.045. Uma medida provisória (MP) será editada pelo presidente nos próximos dias para oficializar o aumento.  
“Nós tivemos uma inflação atípica em dezembro, a gente não esperava que fosse tão alta assim, mas foi em virtude, basicamente, da carne, e tínhamos que fazer com que o valor do salário mínimo fosse mantido, então ele passa, via medida provisória, de R$ 1.039 para R$ 1.045, a partir de 1º de fevereiro”, afirmou Bolsonaro no Ministério da Economia, ao lado de Guedes. O presidente e o ministro se reuniram duas vezes ao longo do dia para debaterem o assunto. 
No final do ano passado, o governo editou uma MP com um reajuste de 4,1% no mínimo, que passou de R$ 998 para R$ 1.039. O valor correspondia à estimativa do mercado financeiro para a inflação de 2019, segundo o Índice Nacional do Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Porém, o valor do INPC acabou fechando o ano com uma alta superior, de 4,48%, anunciada na semana passada e, com isso, deixou o novo valor do mínimo abaixo da inflação. Por lei, esse é o índice usado para o reajuste do salário mínimo, embora a inflação oficial seja a medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou o ano de 2019 em 4,31%. 

MEC viabiliza compra de 6,2 mil novos ônibus escolares




Garantir o conforto e a segurança no caminho de milhares de estudantes de casa para a escola em todo o Brasil. É com esse objetivo que o Ministério da Educação (MEC) viabilizou a compra de 6,2 mil novos ônibus escolares, por meio do programa Caminho da Escola. Estados, municípios e o Distrito Federal vão ser beneficiados com os veículos.

As aquisições, já iniciadas, incluem um novo modelo de veículo que irá atender áreas de difícil acesso e com vias mais castigadas, uma iniciativa inédita no governo federal. Para isso, os ônibus possuem tração nas quatro rodas e são menores: 13 estudantes sentados podem ser transportados.

De acordo com a presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Karine Santos, o novo modelo de ônibus atende uma necessidade exposta pelos municípios. “Estamos atentos às demandas. Por isso, o Caminho da Escola disponibiliza pela primeira vez esse micro-ônibus escolar”, explica a presidente.

Além do modelo “jipe”, estão disponíveis para aquisição outros seis modelos de ônibus tanto as áreas rurais quanto urbanas. Os dois tipos de ônibus que atenderão as áreas urbanas permitirão a viagem de 21 e 29 alunos sentados. Os modelos rurais possuem capacidade para 29, 44 e 59 estudantes sentados.

Dieese divulga nota técnica sobre o novo salário mínimo


O Dieese divulga anualmente Nota Técnica sobre o Salário Mínimo, destacando os impactos do novo valor na economia e na vida dos trabalhadores e trabalhadoras.
Há muitos anos, o Dieese estima o valor do salário mínimo necessário para atender os preceitos constitucionais. Os cálculos mais recentes indicam que tal valor seria próximo a R$ 4 mil, para atender a uma família de dois adultos e duas crianças.
Desde que foi instituído, o Salário Mínimo passou por diferentes fases. Entre 1940 e 1951, valor real médio (descontada a inflação) foi equivalente a 63% do determinado
pelo Decreto-lei que o criou, para vigorar a partir de julho de 1940.
Nos 13 anos seguintes, de 1952 a 1964, o Salário Mínimo obteve aumentos reais que elevaram seu poder aquisitivo médio a 102% do valor inicial.
Desde então, foi observado um movimento de contínua perda de valor real. No período compreendido entre 1965 e 1989, a média foi equivalente, em termos reais, a 55% do valor fixado em julho de 1940.
Entre 1990 e 1995, foi registrada a maior queda do patamar real do Salário Mínimo, com redução do valor médio para cerca de ¼ em relação ao de julho de 1940. O valor real anual mais baixo foi observado em 1995, quando o salário mínimo teve um poder aquisitivo equivalente a apenas 22,6% daquele de julho de 1940.
A partir de meados da década de 1990, pôde-se constatar uma pequena recuperação do poder aquisitivo do Salário Mínimo, até 2004, quando passou a ter
aumentos mais efetivos que o recolocaram, anos depois, num patamar que se aproxima
da metade do valor de julho de 1940. Esse avanço da remuneração mínima devida ao trabalhador brasileiro nos últimos anos é resultante do mecanismo conhecido como "Política de Valorização do Salário Mínimo".
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2020, aprovada pelo Congresso recentemente, previa um salário mínimo de R$ 1.031,00, reajustado pelo índice de inflação previsto para 2019, sem aumento real. A estimativa, revista mais recentemente pela Medida Provisória 916, de 31/12/2019, fixa o valor em R$ 1.039,00.
Entretanto, o proposto pelo governo não repõe sequer a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), divulgada em 10/01/2020, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Índice atingiu 4,48% diante do reajuste de 4,11% para o piso, implicando perda de 0,36%, diferença de R$ 4,00 por mês.
Caso fosse seguida a política de valorização, com o PIB de 2018 tendo registrado variação de 1,3%, o valor teria sido de R$ 1.053,00 (diferença de R$ 14,00).
A interrupção do processo de resgate do valor histórico da remuneração mínima do trabalhador brasileiro, agora anunciada, deixa pelo caminho uma esperança de melhora das condições de vida de milhões de pessoas e uma visão de civilização na qual as diferenças se estreitariam em benefício de todos.
Clique AQUI para baixar a Nota Técnica do Dieese.
FONTE: Assessoria de Comunicação da CONTAG

Reverteu o êxodo rural e se encontrou como agricultor e liderança


FOTO: Arquivo pessoal
Rubney Gonçalves Sant’Ana, 30 anos, é agricultor familiar nascido em Alegre, sul do Estado, e carrega nas veias o DNA da agricultura. Filho de agricultores do município, ele conta que, aos três meses de idade, os pais abandonaram o campo por falta de oportunidade.
"Minha mãe chegou a trabalhar como vendedora ambulante, costureira e em casa de família, enquanto meu pai, em pocilga, marmoraria, serraria e servente de pedreiro nesta luta toda para aumentar a renda da família, tendo em vista que minha irmã estava para nascer”, lembra Rubney.
Após dez anos na cidade grande, a família conseguiu comprar a casa própria. O agricultor estudou em escolas públicas e, em todas as férias, gostava de ir para a casa dos avós na roça, onde andava a cavalo, tomava banho no córrego...
Quando Rubney tinha dez anos, o pai recebeu uma proposta para voltar a morar na zona rural e tocar a propriedade dos avós paternos.
"Minha mãe não gostou da ideia porque ir para a cidade grande foi por causa da ganância e da cabeça dura do meu avô que, no passado não nos deu oportunidade para ficarmos no interior. Como saí dali com três meses de vida e não tinha condições de compreender nossa saída da roça, fiquei louco para voltar, e minha mãe acabou aceitando a proposta”, diz o agricultor.
O pai atuava na propriedade, no Córrego da Carneira, distrito de Anutiba, como meeiro do avô do agricultor. E mesmo estudando, no contra-turno Rubney tinha várias obrigações, dentre elas descascar milho, cortar cana e tratar das criações de galinha e porco. “Não tinha aquilo como obrigação, mas sim um grande hobby”, afirma.
Rubney estudou até o terceiro ano do Ensino Médio, mas sempre com o pensamento fixo de continuar no campo. O trabalho da família era intenso, porém a renda “não era lá estas coisas. Nossa lavoura de oito mil pés de arábica produzia de dez a treze sacas para repartir com meu avô. Meu pai tinha que trabalhar fora do sítio para cobrir as despesas de casa. Foi me batendo um desânimo... Já estava com dezessete anos, queria uma moto e fazer as coisas de um jovem da minha idade”.
O agricultor conta que via em outras regiões mais quentes o café conilon com produção maior, o que lhe chamava muita atenção. “Meus tios produtores de conilon falavam em 50, 60 e até em 100 sacas de café em uma pequena área. Aquilo me deixava doido e fui atrás de melhorias para a cultura e minha realidade”, lembra Rubney.
Descoberta
Ele passou a participar de encontros de sindicatos e da Pastoral da Juventude Rural (PJR). E foi neles que descobriu que outros jovens também buscavam os mesmos objetivos para se manter na terra com dignidade. Comentou com o pai sobre o assunto, e ele gostou da ideia e “deu a maior força como sempre”.
Segundo Rubney, só havia um problema. O pai não era proprietário do imóvel onde a família morava. O avô embarreirou o projeto do neto de implantar uma nova lavoura. Até que um dia um tio-avô, que morava no Rio de Janeiro, cujas terras faziam divisa com o irmão, ofereceu a área para o sobrinho tocar a atividade, já que só tinha gastos com o terreno.
Rubney não pensou duas vezes. Plantou 1.000 pés de café e passou a administrar a lavoura enquanto ainda cursava o 2º ano na escola, a 18 km de distância, o que não foi tarefa fácil. “Eu não gostava de estudar, e a escola me comia boa parte do dia. Muitas vezes tinha que fazer o trajeto a pé. Sem tempo para me dedicar a lavoura, acabei perdendo 800 plantas com o sol quente, pois ainda não tinha todos os conhecimentos e técnicas certas para mexer com a cultura”.
O sindicato passou a orientar o produtor, que também buscou outras fontes de conhecimento, até surgir o convite do diretor da entidade para participar de um curso sobre gestão na propriedade em parceria com o Movimento de Educação Promocional do Espírito Santo (Mepes) voltado para jovens rurais. “O curso tinha tudo a ver comigo e foi nele que vi que estava enganado sobre os estudos. Para ficar na roça era, sim, preciso estudar”, diz.
Rubney aprendeu sobre café e outros temas relacionados ao meio rural e ousou mais ainda dessa vez. “Plantei três mil plantas e optei por mudas de sementes menos produtivas, porém mais tolerantes ao clima na minha região, e porque não tinha recursos para implantar irrigação no terreno”.
E o agricultor não ficou só no café. Com os conhecimentos do curso e a produção aumentando ano a ano, ele, o pai, a mãe e o tio já aposentado passaram a administrar toda a área do sítio, de 9,6 hectares, diversificando a renda na propriedade com piscicultura, fruticultura e criação de bezerros para engorda. Dois cavalos eram usados nos trabalhos pesados na lavoura, pois a família ainda não tinha carro para transportar o adubo e puxar o café para o terreiro.
Apesar dos negócios evoluírem, Rubney Sant’Ana ainda sonhava com um terreno “para chamar de seu” e continuar os projetos na agricultura, sempre com boa administração. Há dois anos, adquiriu um sítio de 4,8 ha, tudo em braquiária, no Córrego de Capoeirinha, também no distrito de Anutiba.
Ele construiu uma casa na propriedade, onde vive com a mulher, Chirlei, também filha de agricultores e apaixonada pela terra. Juntos, dão continuidade ao plano de tornar o sítio também produtivo com café, sem destruir a natureza.
Engajamento
Em busca de sustentabilidade para se manter na terra, Rubney mostrou vocação também como liderança. Foi presidente por dois anos da Associação de Produtores Rurais da comunidade e convidado para compor chapa na diretoria do Sindicato dos Agricultores e Assalariados Rurais de Alegre na cota de jovem. Faz seis anos que ocupa este posto e também está à frente da Comissão Estadual de Jovens.
“Tenho compromisso com a juventude rural do Estado, mesmo diante das dificuldades. Sou militante da juventude, na busca por direitos e políticas públicas para os jovens do campo, pois penso que todos devem ter a oportunidade de se manter na roça com dignidade”, ressalta Rubney.
O agricultor organiza a participação dos capixabas no 4º Festival Nacional da Juventude Rural, que acontecerá de 05 a 07 de maio em Brasília. A expectativa é da presença de 10 mil jovens rurais para levar a pauta de reivindicações da juventude rural até o governo federal. “A juventude rural é o presente e futuro da agricultura familiar. Se o campo não planta, a cidade não almoça e não janta”, conclui.
*Esta matéria faz parte do Anuário do Agronegócio Capixaba, disponível aqui na íntegra.
FONTE: Leandro Fidelis - Anuário do Agronegócio Capixaba