quarta-feira, 29 de abril de 2020

Comerciantes e prestadores de serviço do RN apostam em voucher pós-quarentena pra manter negócios


Bar Dom Vinícius fica em Natal e teve grande queda no faturamento — Foto: Divulgação

Os vouchers têm sido apostas de alguns comércios, empreendimentos, casas culturais e prestadores de serviço neste período de pouca ou nenhuma atividade por conta das medidas de prevenção ao contágio do novo coronavírus no Rio Grande do Norte.

A ideia se baseia, em geral, no seguinte: eles vendem vouchers com valores diversos ou produtos já definidos e quem comprar vai poder usufruir deles quando as atividades retornarem.

A Casa da Ribeira, um dos principais centros culturais do estado, usou dessa estratégia para poder manter as contas em dias neste período. Há um mês, o espaço abriu a compra de vouchers em troca de ingressos para peças de teatro, aulas de teatro, camisas e outros produtos. Encerrada na segunda-feira (27), a primeira etapa da campanha arrecadou mais de R$ 35 mil – um pouco acima da meta estabelecida.

“Antes de completar 30 dias de campanha, havíamos atingido a meta de R$ 35 mil, o que garante a manutenção dos funcionários e insumos básicos para 3 meses”, explicou o co-fundador e diretor da Casa da Ribeira, Henrique Fontes.

“Propusemos a venda de vouchers para esses produtos (ingressos e aulas) que a Casa já vende, assim como brindes como camiseta, caneca e até uma obra de arte em xilogravura feita pela artista visual Cecília Guimarães”.

O espaço tem funcionado com aulas virtuais, mas os vouchers seguem sendo vendidos até o próximo dia 3 pela internet. “Tem sido muito bonito de ver como a Casa da Ribeira tem uma rede de afeto em Natal e pelo Brasil. As pessoas realmente se mobilizaram”, comentou Henrique.

Quem também precisou parar as atividades foi o tatuador Micael Oliveira. Como medida de prevenção e com as restrições dos decretos estaduais, todos os clientes que estavam agendados foram cancelados.

Sem poder se valer de outras estratégias, como delivery, em seu tipo de negócio, Micael tem produzido desenhos e colocado à venda pela internet. Assim, o cliente reserva a tatuagem para fazê-la depois do período de isolamento. Por G1 RN

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