A deputada estadual pelo estado de São Paulo, Janaína Paschoal, disse, nesta segunda-feira (19), durante entrevista ao programa Frente a Frente, da TV Arapuan, que não vê elementos para justificar um eventual afastamento do presidente Jair Bolsonaro do cargo. A parlamentar foi responsável pelo pedido de impeachment que culminou com a queda da então presidente Dilma Rousseff, do PT, em 2016.
Questionada sobre os mais de 100 pedidos de impeachment protocolados no Congresso Nacional, Janaína Paschoal disse que o processo é muito mais político do que jurídico. Ela citou um ‘super’ pedido de impeachment contendo 270 páginas protocolado recentemente como exemplo de medida frágil juridicamente. “Os próprios autores disseram no pedido de impeachment que um dos fatos que eles alegam ainda está sendo investigado. Ora, impeachment já é a denúncia, algo que foi investigado e descoberto”, destacou.
Janaína Paschoal lembrou que o pedido de impeachment de Dilma continha uma profunda investigação do Tribunal de Contas da União (TCU) e fragmentos da peça da Operação Lava Jato. “Não vejo elementos jurídicos que resultem no afastamento do presidente, a menos que essas investigações apontem a comprovação de denúncias envolvendo o presidente e seus familiares. Aí a coisa muda de figura, mas por enquanto não estou convencida que haja corrupção no governo dele”, afirmou.
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