quinta-feira, 7 de maio de 2020

Para evitar longas filas, Caixa irá mudar pagamento de auxílio emergencial





A Caixa Econômica Federal vai modificar o pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600. A informação é do presidente do banco estatal, Pedro Guimarães, e foi dada em entrevista sobre a fila nas agências nesta semana.

Guimarães não informou uma data exata para as novas liberações, mas adiantou que o pagamento deverá ser mais espaçado entre os dias, mas deverá seguir a data de nascimento dos beneficiários.

– No segundo pagamento, poderemos pagar de uma maneira diferente. Estamos debatendo com o Ministério da Cidadania. A maioria terá essa organização com data espaçadas. Não faremos, pagar janeiro e fevereiro, março e abril – disse ele.

Na primeira parcela, a liberação da grana foi feita conforme o mês do aniversário. Por dia, a Caixa pagava valores aos nascidos em dois meses consecutivos. Nesta terça-feira (5), por exemplo, ocorreu a liberação dos valores aos nascidos em novembro e dezembro.

Segundo Guimarães, o pagamento da primeira parcela não teve o mesmo planejamento que buscam fazer com a segunda porque a liberação dos valores aos informais foi feita conforme a Dataprev conseguiu terminar a análise dos inscritos.

– Em 20 dias, 50 milhões de brasileiros receberam, desde a montagem do aplicativo, análise do aplicativo e o pagamento efetivo – disse ele.

A inscrição para receber o auxílio emergencial de R$ 600 começou em 7 de abril.

Até agora, o pagamento foi liberado para 50 milhões de brasileiros. Do total de inscritos, que chega a quase 100 milhões, 26 milhões não têm direito de receber e 12 milhões têm inconsistências no cadastro. Eles passarão por reanálise e, se for o caso, terão o dinheiro liberado.

FILAS, AGLOMERAÇÕES E POSSIBILIDADE DE CONTAMINAÇÃO

Guimarães falou sobre as longas filas que têm se formado em agências da Caixa para o pagamento dos valores. Nesta semana, beneficiários chegaram a passar a madrugada em frente a agências na periferia da capital paulista para receber a grana. A maioria não respeita a recomendação de distância mínima e fica aglomerada, com medo de perder a vez e correndo o risco de se contaminar.

Na tentativa de mostrar controle da situação, o presidente da Caixa exibiu fotos de várias cidades em que, anteriormente, as filas eram longas e, nesta quarta (6), foram zeradas ao menos até as 11h.

Segundo ele, a mudança foi possível com parcerias com as prefeituras.

Ele reforçou que, agora, a tendência é que haja diminuição da procura, pois entre segunda (4) e terça (5) foram feitos mais de um milhão de pagamentos. Nesta quarta, o volume deverá ser de 700 mil liberações.

Para tentar agilizar os pagamentos, o banco voltará a abrir no sábado (9), com atendimento em mais de 2 mil agências pelo país, como já ocorreu no último sábado (2). Em geral, o atendimento é das 8h às 14h.

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