quarta-feira, 17 de junho de 2020

Sem categoria Brasil tem 1.338 mortes por coronavírus em 24 horas, aponta consórcio de veículos de imprensa



O Brasil teve 1.338 novas mortes registradas em razão do novo coronavírus nas últimas 24 horas, aponta levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias estaduais de Saúde. Com isso, já são 45.456 óbitos pela Covid-19 até esta terça-feira (16) no país. Veja os dados, consolidados às 20h:
45.456 mortes; eram 44.118 até as 20h de segunda (15), uma diferença de 1.338 óbitos
928.834 casos confirmados; eram 891.556 até a noite de segunda, ou seja, houve 37.278 novos casos

Esse é o 2º maior registro de mortes divulgadas pelas secretarias estaduais de Saúde em 24 horas desde o início da pandemia. O recorde anterior foi de 1.470 mortes no dia 4 de junho.

Desde o dia 8 de junho, o G1 faz parte de um consórcio de veículos de imprensa que soma os registros de casos e mortes divulgados pelas secretarias estaduais da Saúde. O balanço diário do consórcio leva em conta os dados divulgados entre as 20h de um dia e de outro. Antes do consórcio, o G1 também contabilizava os dados divulgados pelas secretarias estaduais, com balanço fechado da 0h às 23h59 de cada dia.

São Paulo, que teve o recorde diário de mortes (365), concentra mais de 1/4 do total de óbitos registrados nas últimas 24 horas. Os registros costumam ser maiores às terças-feiras devido ao atraso nas notificações do fim de semana.
Consórcio de veículos de imprensa

Os dados divulgados nesta terça (16) foram obtidos após uma parceria inédita entre G1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL, que passaram a trabalhar de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 estados e no Distrito Federal.

O objetivo é que os brasileiros possam saber como está a evolução e o total de óbitos provocados pela Covid-19, além dos números consolidados de casos testados e com resultado positivo para o novo coronavírus.

A parceria entre os veículos de comunicação foi feita em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia da Covid-19. Personalidades do mundo político e jurídico, juntamente com entidades representativas de profissionais e da imprensa, elogiaram a iniciativa.

Mudanças feitas pelo Ministério da Saúde na publicação de seu balanço da pandemia reduziram por alguns dias a quantidade e a qualidade dos dados. Primeiro, o horário de divulgação, que era às 17h na gestão do ministro Luiz Henrique Mandetta (até 17 de abril), passou para as 19h e depois para as 22h. Isso dificultou ou inviabilizou a publicação dos dados em telejornais e veículos impressos. “Acabou matéria no Jornal Nacional”, disse o presidente Jair Bolsonaro, em tom de deboche, ao comentar a mudança.

A segunda alteração foi de caráter qualitativo. O portal no qual o ministério divulga o número de mortos e contaminados foi retirado do ar na noite da quinta-feira (4). Quando retornou, depois de mais de 19 horas, passou a apresentar apenas informações sobre os casos “novos”, ou seja, registrados no próprio dia. Desapareceram os números consolidados e o histórico da doença desde seu começo. Também foram eliminados do site os links para downloads de dados em formato de tabela, essenciais para análises de pesquisadores e jornalistas, e que alimentavam outras iniciativas de divulgação.

Entre os itens que deixaram de ser publicados estão: curva de casos novos por data de notificação e por semana epidemiológica; casos acumulados por data de notificação e por semana epidemiológica; mortes por data de notificação e por semana epidemiológica; e óbitos acumulados por data de notificação e por semana epidemiológica.

No domingo (7), o governo anunciou que voltaria a informar seus balanços sobre a doença. Mas mostrou números conflitantes, divulgados no intervalo de poucas horas.

Apenas na terça (9) o ministério voltou a divulgar os dados completos, obedecendo a ordem do STF.

Nesta terça (16), o órgão publicou um novo balanço. Segundo a pasta, houve 1.282 novos óbitos e 34.918 novos casos, somando 45.241 mortes e 923.189 casos desde o começo da pandemia – números menores que os apurados pelo consórcio.

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