terça-feira, 28 de julho de 2020

Produção industrial volta a crescer no RN



Após quatro meses consecutivos de queda na produção industrial, a Sondagem das Indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, elaborada pela FIERN, revelou que, de acordo com a avaliação dos empresários, a produção industrial potiguar voltou a crescer em junho de 2020 e o patamar já é o mais elevado para o mês desde 2018. quando ficou em 58,1 pontos. 
Porém, essa dinâmica refere-se às médias e grandes indústrias que apontam aumento da produção e do emprego e que tiveram a  utilização da capacidade instalada (UCI) em 65%, 12 pontos percentuais acima do registrado em maio (53%), e as expectativas para os próximos seis meses são otimistas em todos os itens avaliados. 
A média da utilização da capacidade instalada (UCI) seguiu o mesmo ritmo positivo e passou de 52% para 61%, embora ainda considerado pelos empresários consultados como abaixo do padrão usual para meses de junho. Outro dado positivo é em relação às dispensas de pessoal reduzidas em relação a maio, chegando mais perto da estabilidade.
Em sentido contrário, os dados das pequenas empresas mostram queda da produção, do emprego e, também, da UCI (de 48% para 47%). Além disso, as empresas de menor porte mostram perspectiva de queda da demanda, do número de empregados, das compras de matérias-primas e das exportações nos próximos seis meses.
Os estoques de produtos finais, por sua vez, registraram queda – a terceira seguida -, e ficaram aquém do planejado pelas empresas. Os empresários potiguares têm expectativas positivas em relação aos próximos seis meses no que diz respeito à demanda e às compras de matérias-primas. Todavia, esperam moderada queda no número de empregados e estabilidade na quantidade exportada dos seus produtos. Já o índice de intenção de investimento, registra aumento pelo terceiro mês consecutivo.
O estudo mostra que, no segundo trimestre de 2020, ainda sob os efeitos da pandemia de Covid-19, os empresários potiguares, independentemente do porte de sua empresa, demonstraram grande insatisfação com a margem de lucro operacional e a situação financeira de seus negócios. O acesso ao crédito tornou-se ainda mais difícil. Ressalte-se que a situação financeira é relativamente mais crítica entre as pequenas empresas. Além disso, os preços médios das matérias-primas subiram em relação ao trimestre anterior, embora em menor intensidade.

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