terça-feira, 28 de julho de 2020

Vergonha: Presidente de comissão da Câmara dos EUA diz para família Bolsonaro ficar longe da eleição nos EUA



O presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Estados Unidos pediu que a família Bolsonaro fique fora da eleição presidencial americana de 3 de novembro.
Em uma postagem no Twitter, o deputado democrata Eliot Engel fez críticas ao compartilhamento no domingo, pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), de um vídeo da campanha à reeleição do presidente Donald Trump em que ele ataca liderança democratas. “Já vimos esse roteiro antes. É vergonhoso e inaceitável. A família Bolsonaro precisa ficar fora da eleição americana”, escreveu Engel.
Na vídeo, aparecem a candidata derrotada por Trump na última eleição, Hillary Clinton, o ex-presidente Bill Clinton e o antecessor de Trump na Casa Branca, Barack Obama. Entre imagens de Trump, há a seguinte mensagem: “Primeiro eles te ignoram. Depois, riem de você. Depois o chamam de racista. Seu voto vai mostrar que eles estão todos errados”.
O presidente Bolsonaro disse mais uma vez, na semana passada, que torce pela reeleição de Trump, mas que tentará estabelecer uma relação produtiva com o democrata Joe Biden se ele vencer a disputa.
O deputado Eliot Engel, que está no seu 16º mandato de dois anos cada, não estará no Congresso no próximo ano. No mês passado, ele perdeu a eleição primária em seu distrito, em Nova York, para Jamaal Bowman, um diretor de colégio negro que pertence à ala esquerda do Partido Democrata.
De toda forma, deputados democratas de diferentes correntes já indicaram que, em um governo de Biden, serão mais duros com o governo Bolsonaro em temas como direitos humanos e meio ambiente.
Não é da praxe diplomática que governos demonstrem sua preferência em eleições de outros países, já que isso pode contaminar as relações de longo prazo entre Estados e caracterizar ingerência indevida na política interna alheia.
Bolsonaro, seus filhos e alguns ministros, no entanto, fizeram o mesmo no pleito presidencial do ano passado na Argentina, quando torceram publicamente pela reeleição de Mauricio Macri contra o rival peronista Alberto Fernández, que acabou eleito.
O GLOBO

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