O Senado deve homenagear, em sessão especial, o centenário do nascimento do economista, advogado e professor Celso Monteiro Furtado. Nascido em 26 de julho de 1920, em Pombal, na Paraíba, Furtado foi um dos principais pensadores da economia brasileira. Os pedidos para a sessão de homenagem foram feitos pelos senadores Jaques Wagner (PT-BA), Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) e outros.
“Hoje celebramos o centenário do economista e intelectual Celso Furtado, esse grande paraibano que levou ao Brasil e ao mundo conceitos, ainda atuais, de uma vivência justa e de grande referência para a sociedade”, publicou Veneziano no domingo (26), no Twitter.
Também nas redes sociais, Jaques Wagner ressaltou a importância do legado deixado por Furtado no combate às desigualdades sociais. Wagner lembrou que a contribuição do intelectual é ainda uma importante fonte de inspiração no momento de crise enfrentada no país, devido à pandemia de coronavírus.
“Celso Furtado foi um profundo defensor do pensamento desenvolvimentista, enfatizando sempre o protagonismo do Estado no combate à pobreza e na promoção da justiça social. Nesta encruzilhada histórica em que nos encontramos, as ideias de Celso Furtado se mostram ainda mais atuais e indispensáveis”, destacou o senador.
Contribuições
O intelectual Celso Furtado foi o responsável pela fundação do Plano de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) em 1959, durante o governo do presidente Juscelino Kubitschek. O pensador também foi ministro do Planejamento do presidente João Goulart, quando elaborou o Plano Trienal, que tinha como base de propostas a reforma agrária e outras importantes reformas para o desenvolvimento econômico e social do país.
O economista, que atuou na Força Expedicionária Brasileira (FEB) contra o neofascismo italiano, teve seus direitos cassados e precisou se exilar em outros países, depois do golpe militar de 1964. Após retornar do exílio, participou de diversas conferências, debates, entrevistas e reuniões acadêmicas.
No governo do presidente José Sarney, Celso Furtado foi ministro da Cultura, desempenhando um importante papel na formulação do bloco econômico Mercado Comum do Sul (Mercosul). Também foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira que foi de Darcy Ribeiro. Furtado morreu em 2004, aos 84 anos, vítima de uma parada cardíaca.
“Símbolo de uma geração que pensava o Brasil, o desenvolvimento e seu mercado interno, a redução progressiva das desigualdades, a garantia do consumo básico a todos os cidadãos, a mudança radical pela educação e inovações tecnológicas a serviço da coletividade, Celso Furtado faz muita falta ao momento atual que vivemos”, pontua Jaques Wagner, na justificativa do requerimento.
Fernando Alves, sob supervisão de Elina Pozzebom
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Fonte: Agência Senado
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