Em entrevista feita em Brasília para a revista francesa semanal L’Express,
 a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) afirmou que Lula será 
candidato à Presidência em 2018. A informação é, inclusive, uma das 
chamadas da capa da publicação.
“É a razão principal do golpe de Estado: prevenir que o Lula se 
apresente à Presidência. Hoje em dia, apesar de todas as tentativas de 
destruir a sua imagem, Lula continua entre as pessoas mais amadas. Eu 
posso te dizer que ele vai se apresentar na próxima eleição”, disse.
Questionada sobre como ela vê e espera a possível confirmação do 
afastamento no Senado, Dilma se disse profundamente injustiçada quanto à
 forma como “foi tirada do poder”. Na entrevista, ela ainda disse que 
não cometeu crime de responsabilidade, mas que apenas aprovou quatro 
decretos para créditos suplementares a fim de financiar, principalmente,
 hospitais.
“Não sou o primeiro presidente a agir assim. O Fernando Henrique 
Cardoso aprovou 23 decretos similares. Na verdade, [a acusação] é apenas
 um pretexto.”
No decorrer da entrevista, Dilma voltou a defender o PT, a falar que 
não sabia do esquema de corrupção na Petrobras e a criticar os grampos 
divulgados pelo juiz federal Sérgio Moro. “Não importa o país do mundo, 
divulgar o registro de uma conversa do chefe de Estado seria um crime.”
Dilma ainda citou a queda de três ministros do governo interino por corrupção e que o momento político no Brasil “é grave”.
Violência no Rio
As seis páginas seguintes à entrevista com a presidente afastada são 
dedicadas à violência das favelas cariocas e a preparação do Brasil para
 a Olimpíada. Com o título de “As favelas, sangue de cima a baixo”, em 
tradução livre, o texto fala de diversos casos problemáticos como o 
resgate ao traficante Fat Family no hospital Souza Aguiar, da Rocinha 
como “longe” de ser exemplar e do desaparecimento do Amarildo, até hoje 
não explica
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