terça-feira, 5 de julho de 2016

O que ocorre no Brasil é uma ameaça para América Latina e para o mundo



“É importante percebermos que o que acontece no Brasil não é uma  coisa isolada do nosso País. Quando você participa de um espaço social como esse da cúpula do Mercosul, você compreende e consegue conversar com as outras pessoas e países, e entende que esse é um enfrentamento que a direita faz, que o capitalismo faz, na tentativa de reduzir direitos, de diminuir o tamanho do Estado e fazer com que eles sigam dominando. Achei que para o Brasil, para classe trabalhadora brasileira, esse momento da cúpula social do Mercosul foi muito importante, pois mesmo sem o apoio do governo Argentino, mas com apoio da classe trabalhadora daquele país e quase por unanimidade com os demais países que compõem o bloco, conseguimos aprovação do documento na íntegra, isso reforça a luta dos trabalhadores e trabalhadoras. O que tá ocorrendo no Brasil é uma ameaça para América Latina e para o mundo”... A fala do secretário de Assalariados(as) Rurais da CONTAG, Elias D’Ângelo Borges, feita logo após a aprovação da declaração final da Cúpula Social do Mercosul, reforça o sentimento dos países que compõem o bloco do Mercosul, em relação ao golpe de Estado, que aconteceu recentemente no Brasil, visto pelo bloco, como uma afronta à democracia.




O ataque aos direitos humanos e a liberdade democrática que aconteceram no Brasil, foram pontos aprovados na declaração final da Cúpula Social do Mercosul , que aconteceu nos dias 30 junho e 1º de julho de 2016, em Montevidéu, no Uruguai, sob o tema: “25 ANOS DO MERCOSUL, POR MAIS DEMOCRACIA E MAIS CIDADANIA”.  Além desses pontos, outras reivindicações também  estão  no documento, como:
 
  • Efetivo cumprimento dos acordos assumidos no Plano Estratégico de Ação Social do MERCOSUL;
  • Repúdio a todos os intentos de alguns governos dos países em quebrar a institucionalidade do MERCOSUL, opondo- se a transferência da presidência “pro tempore” a Venezuela;
 
  • Denuncia a ação do Estado Paraguaio e agentes privados que desenvolvem uma estratégia sistemática de criminalização da luta campesina;
 
  • Os governos dos Estados devem realizar esforços para garantir a participação efetiva nos espaços os povos originários da Argentina, Brasil, Paraguai, e Venezuela;
 
  • Repúdio a corrupção, corruptos e corruptores, públicos e privados, que se apropriem dos poderes do governo: executivo, legislativo e judiciário de seus países, desgastando e deteriorando os princípios centrais da democracia;
 
  • Fortalecimento da Unidade de Apoio para a Participação Social (UPS) em cumprimento de seus cometidos;
 
  • Reafirmar- se o compromisso com a democracia e plena vigência de suas instituições, como condição essencial para o desenvolvimento do processo de integração regional;
 
  • Os princípios democráticos devem manifestar-se também fortemente na institucionalidade do bloco, em todas as suas instâncias e em participar no Parlamento do MERCOSUL, como órgão de representação dos povos que os integram;
 
 
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Saiba mais sobre... MERCOSUL
 
O Mercado Comum do Sul - MERCOSUL é um Bloco, formado para promover a integração regional, sendo composto inicialmente pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, a qual recentemente se incorporaram a Venezuela e Bolívia, este último em processo de adesão ao bloco. 
 
O espaço do MERCOSUL é considerado aberto e dinâmico, objetivando propiciar oportunidades comerciais, através da integração das economias nacionais ao mercado internacional.
 
Desde sua criação, o MERCOSUL promove como pilares fundamentais a integração e os princípios da democracia e desenvolvimento econômico. Alinhado à estes princípios, se há somado diferentes acordos em matéria migração, trabalho, cultura, social, que resultam importantes impactos aos habitantes dos países membros. 
 
O surgimento das Cúpulas Sociais do MERCOSUL, tem significado uma abertura à presença de atores sociais que representam variados interesses e objetivos que valorizem a cidadania, antes perpassava pela invisibilidade. Portanto, este espaço permite articular propostas e incidir demandas que proporcionem melhoria para a população dos países integrantes do Bloco. 
 
FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Barack Fernandes, com informações da Assessoria de Relações Internacionais da CONTAG

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