terça-feira, 14 de julho de 2020

Jubileu de Santa Teresa de los Andes: por uma forma mais radical de viver o Evangelho


"Como ela, necessitamos de uma nova identidade em nossa missão, uma forma mais radical de viver o Evangelho", escrevem os bispos chilenos

Sem dúvida, foi seu amor terno por Cristo e sua disponibilidade para se deixar amar e abençoar por Ele, que cativou tantos jovens chilenos que reconhecem nela um modelo de virtude profundamente místico e humanamente encarnado: “amar, sofrer, rezar, servir", escrevem os bispos chilenos na carta aos fiéis, por ocasião do 120º aniversário da primeira Santa do Chile, celebrado em 13 de julho.




"Neste tempo de dor, marcado pela pandemia que atinge muito forte os mais pobres e vulneráveis, confiamos todas as necessidades e clamores do Chile a Teresa de Jesus de los Andes, a 'carmelita da consolação'".

Diante da impossibilidade de fazer uma peregrinação a seu santuário, no 120º aniversário da primeira Santa do Chile, celebrado em 13 de julho, os bispos dirigiram uma carta aberta aos fiéis, pedindo para que “nenhuma circunstância adversa extinga nossa chama”, porque também hoje, e mais do que nunca, é necessário colocar em prática o que ela tanto repetia: "Só Deus basta!"

Em sua mensagem, os prelados enfatizam que o Jubileu, decretado há exatamente um ano, encontrou todos - o mundo, a sociedade chilena, a Igreja, a vida consagrada - passando por dificuldades e crises de vários tipos e com distintas manifestações e consequências.

"Como irmãos e pastores - escrevem os bispos -, encorajamos vocês a continuarem neste abnegado serviço, revitalizados na força perseverante com que Juanita Fernández Solar soube deixar-se transformar pelo Senhor. Como ela, necessitamos de uma nova identidade em nossa missão, uma forma mais radical de viver o Evangelho.”

Como devido à pandemia o Ano Jubilar foi prorrogado até 12 de abril de 2021, os bispos quiseram comemorar a data, agradecendo a Deus por tanto bem concedido por intercessão de Teresa do Andes, refletido, entre outros dons, no "carinho e esmero" com que a Diocese de São Felipe de Aconcágua, a família carmelita e a Fundação, ajudaram a manter viva essa maravilhosa expressão de fé e piedade popular. "Sua acolhida aos peregrinos permite que eles se sintam na própria casa, e a difusão do testemunho de vida de nossa Santa é fonte que inspira – e esperamos sempre com maior força - os corações dos adolescentes e jovens".

Os bispos repassam a vida de Santa Teresa dos Andes, sua elevação aos altares pela mão de São João Paulo II, em 21 de março de 1993, e a história de devoção e milagres que acompanharam o povo chileno em todas as partes do país, especialmente às novas gerações que, em seus anseios por um mundo mais humanizado, fraterno, justo e consequente, se identificam com a jovem Teresa.

“Sem dúvida, foi seu amor terno por Cristo e sua disponibilidade para se deixar amar e abençoar por Ele, que cativou tantos jovens chilenos que reconhecem nela um modelo de virtude profundamente místico e humanamente encarnado: “amar, sofrer, rezar, servir."

O episcopado conclui a carta com um convite para que, em meio a essa pandemia Covid-19, os chilenos façam suas as palavras esperançosas que Santa Teresa dos Andes registrou em seu diário aos quinze anos: "Conduz-me sempre, meu Jesus, pelo caminho da Cruz. E minha alma voará, onde se encontra o ar que vivifica e a quietude.”

Vatican News Service - ATD

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