A reforma da Previdência foi o tema em
destaque no ato de ontem (6) pelo dia de luta das mulheres, 8 março,
realizado na CONTAG para diretoria, assessoria e todos as(os)
funcionárias(os). Os impactos dos projetos de desmonte dos direitos
trabalhistas que estão tramitando no Congresso Nacional também foram
destacados. “As mulheres brasileiras serão as mais atingidas por essas
propostas, mas essa luta também é dos homens, porque toda a sociedade
será prejudicada com a retirada de direitos que esse governo quer
impor”, afirma a secretaria de Mulheres da CONTAG, Alessandra Lunas.
A deputada federal Erika Kokay (PT-DF)
foi convidada para falar sobre os dois temas e sobre como estão as
negociações dentro do Congresso Nacional. Para ela, o objetivo de todas
as propostas do atual Poder Executivo é beneficiar, principalmente,
aqueles que lucram por meio de juros bancários, o capital financeiro e
especulativo. “As trabalhadoras e trabalhadores são descartáveis para
esse sistema econômico que ganha cada vez mais dinheiro com operações
bancárias e lucros, sem precisar investir em produção e geração de
empregos”, afirmou a parlamentar.
Em sua análise, Kokay apontou que, na
prática, as “reformas” propostas pelo governo contrariam os argumentos
utilizados, que citam crise econômica e necessidade de contenção de
gastos para que a economia brasileira volte a prosperar. “O que
realmente contribui para gerar dinheiro para o País é a criação de
empregos por meio de investimentos sociais em infraestrutura,
industrialização e formação – que era o que os governos Lula e Dilma
estavam fazendo. No entanto, esse atual governo está indo na direção
contrária, de desmonte da previdência e das leis trabalhistas, o que
precariza as relações de trabalho, acaba com a renda das(os)
trabalhadoras(es), impede condições dignas de vida, acesso a educação,
saúde e outros direitos”, explicou.
De acordo com a deputada, a estratégia
dos atuais ocupantes do governo federal funciona em três frentes: a
entrega do patrimônio brasileiro para o capital internacional (como o
pré-sal, a produção de papel moeda, a gestão de fundos públicos, por
exemplo), a retirada de direitos trabalhistas e previdenciários e a
proteção contra as denúncias de corrupção. “O que nos cabe nesse momento
é mostrar para a sociedade todos os verdadeiros impactos dessas
propostas, que será o aumento da pobreza e da desigualdade, como
consequência de medida que tem como objetivo garantir a rentabilidade do
rentismo”, afirma Erika Kokay.
Para ela, as propostas de
terceirização da atividade-fim das empresas e de regularização do
trabalho intermitente são “terroristas”, porque abre as portas para a
precarização e o desrespeito ao cumprimento dos direitos trabalhistas.
“As empresas terão o tempo das pessoas, mas vão pagar apenas pelas horas
que trabalham. E, nas condições sociais em que o país poderá ficar por
causa do congelamento dos investimentos em despesas primárias, pessoas
terão que se submeter a condições de trabalho terríveis para poder
sobreviver”, alerta a parlamentar.
A CONTAG finalizou o ato do dia de
luta das mulheres com a entrega do livro “Sejamos Todos Feministas”, da
escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, para todas(os) as(os)
presentes. “Fortalecer a luta das mulheres é fundamental para a
construção de uma sociedade mais justa, mais igualitária, onde todas(os)
tenham a oportunidade de viver com dignidade. O dia 8 de março é um
marco, mas essa luta deve ser feita todos os dias”, afirmou Alessandra
Lunas.
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FONTE: Assessoria de Comunicação da CONTAG - Lívia Barreto | |
terça-feira, 7 de março de 2017
A luta pelos direitos das mulheres é todos os dias
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