O presidente da Câmara Rodrigo Maia defendeu
ainda a aprovação do projeto do Senado que regulamenta a terceirização e
permite que as empresas possam terceirizar qualquer ramo de sua
atividade, inclusive a chamada atividade-fim
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Rodrigo Maia afirma que encontro com Henrique Meirelles (D) serviu para discutir pontos polêmicos do texto
Após encontro com o ministro da Fazenda Henrique Meirelles e o
secretário da Previdência Marcelo Caetano, o presidente da Câmara
Rodrigo Maia afirmou nesta sexta-feira (3) que vai se empenhar
pessoalmente para aprovar a reforma da previdência. “É a votação mais
importante que o Brasil terá este ano e dos últimos anos, que é reformar
a Previdência e reorganizar o equilíbrio das contas públicas. Isso é
fundamental para que a gente possa tirar o Brasil da crise da forma mais
rápida, voltar a crescer e gerar emprego", defendeu.
O presidente afirmou que o encontro com Meirelles e Caetano serviu
para discutir ponto a ponto o que mais tem gerado polêmica na proposta
do Executivo: a idade mínima, de 65 anos para homens e mulheres; as
regras de transição para quem está próximo de se aposentar; as
alterações nas regras do Benefício das Prestações Continuadas (BPC); e a
contribuição previdenciária do trabalhador rural. Para Maia, todos os
pontos polêmicos do governo são defensáveis.
“Acho que os pontos (polêmicos do governo) são defensáveis, cabe a
cada um de nós enfrentar. A própria aposentadoria rural é perfeitamente
defensável, se nós queremos um sistema que todos participem, que
participem com pouco. E o que está se propondo na aposentadoria rural é
uma pequena participação para que o governo tenha clareza daqueles que
vem contribuindo. Fui convencido hoje que não precisa mudar a regra de
transição, não é necessário, mas é preciso ir para o debate, ouvir,
aqueles que entendem que a reforma é decisiva para o futuro do Brasil",
disse Maia.
Sobre a idade mínima de 65 anos, Maia afirmou que a regra já existe
em vários países do mundo. "Nem acho que a idade mínima seja um ponto
polêmico, porque você está caminhando para uma regra que já existe na
Constituição, que é 65 anos ou tempo de serviço. Sessenta e cinco anos é
uma idade média bastante defensável”, ponderou.
O presidente também foi questionado pela imprensa sobre possíveis
mudanças no BPC - benefícios assistenciais destinados a idosos e pessoas
com deficiência carentes. “Acredito que a proposta do governo está no
caminho correto, o benefício não é Previdência, é assistência e consome
R$ 45 bilhões do orçamento. É muito dinheiro para uma política social,
mas se chegou em um momento que você precisa reorganizar o BPC”, disse
Maia.
Terceirização
O presidente da Câmara Rodrigo Maia defendeu ainda a aprovação do projeto do Senado que regulamenta a terceirização e permite que as empresas possam terceirizar qualquer ramo de sua atividade, inclusive a chamada atividade-fim (PL 4302/98). Maia informou que pretende pautar o projeto ainda este mês no Plenário da Casa. O texto foi apresentado há 19 anos, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso, e aprovado pela Câmara em 2002.
O presidente da Câmara Rodrigo Maia defendeu ainda a aprovação do projeto do Senado que regulamenta a terceirização e permite que as empresas possam terceirizar qualquer ramo de sua atividade, inclusive a chamada atividade-fim (PL 4302/98). Maia informou que pretende pautar o projeto ainda este mês no Plenário da Casa. O texto foi apresentado há 19 anos, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso, e aprovado pela Câmara em 2002.
“Vai ser um grande avanço para garantir a segurança jurídica dos
empregos terceirizados que são milhões e milhões no Brasil e vivem em
enorme insegurança”, afirmou o presidente.
Atualmente, jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (TST)
proíbe a terceirização da principal atividade da empresa (atividade-fim)
e autoriza a contratação apenas para atividades-meio. Projeto aprovado
em 2015 pela Câmara abriu essa possibilidade, no entanto, o tema ainda
precisa ser apreciado pelo Senado e o texto que Rodrigo Maia pretende
votar nas próximas semanas, se não tiver alterações, pode já ser
sancionado pelo presidente Temer.
“A terceirização é um ganho absoluto para aqueles que trabalham em
serviços terceirizados. Contratar no Brasil é uma missão de herói, ou
vamos dar condições para o setor privado gere o desenvolvimento do
Brasil, ou vamos entregar em 2018 um Brasil pior do que está hoje”,
disse.
Recuperação Fiscal
Além do projeto da terceirização, Rodrigo Maia informou que também pretende colocar em votação nas próximas semanas o projeto do Executivo que trata da recuperação fiscal dos estados. Segundo ele, o governo não tem condições de assinar os acordos de renegociação das dívidas se não forem aprovadas no texto as contrapartidas fiscais dos estados. “Vou defender que a gente possa colocar (as contrapartidas) que são muito importantes para estados como Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul”, destacou.
Além do projeto da terceirização, Rodrigo Maia informou que também pretende colocar em votação nas próximas semanas o projeto do Executivo que trata da recuperação fiscal dos estados. Segundo ele, o governo não tem condições de assinar os acordos de renegociação das dívidas se não forem aprovadas no texto as contrapartidas fiscais dos estados. “Vou defender que a gente possa colocar (as contrapartidas) que são muito importantes para estados como Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul”, destacou.
Íntegra da proposta:
Reportagem - Luiz Gustavo Xavier
Edição - Roberto Seabra
Edição - Roberto Seabra
Fonte: A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'
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