A participação da CONTAG nos quatro dias de realização do Fórum
Internacional sobre a Amazônia é um exemplo da importância do trabalho
conjunto entre movimentos sociais e a academia. Entre os dias 6 e 9 de
junho, na Universidade de Brasília, a presença dos(as) trabalhadores(as)
rurais entre pesquisadores, estudantes e militantes de diversas lutas
por desenvolvimento sustentável deixou claro como é importante que a
realidade cotidiana seja ouvida por aqueles que estudam e pensam o
Brasil.
Os produtos da agricultura familiar expostos na feira realizada
pelo fórum fizeram sucesso entre os participantes do evento, muitos
deles estrangeiros. Foi uma vitrine para a riqueza produzida por nossos
agricultores e agricultoras familiares, por meio de uma cultura que deve
ser preservada e valorizada. A contribuição de diretores da CONTAG –
Rosmarie Malheiros, de Meio Ambiente, Josefa Rita da Silva, da Terceira
Idade, Carlos Augusto Santos Silva, de Organização e Formação Sindical -
também foi essencial para compartilhar informações sobre as ações e
desafios do movimento sindical no que diz respeito à Amazônia.
No painel de encerramento - Modelos de Desenvolvimento:
alternativas para a Amazônia -, o secretário de Formação e Organização
Sindical, Carlos Augusto Silva afirmou que entre os desafios da região
está o oferecimento efetivo de assistência técnica e extensão rural,
assim como potencializar o associativismo e o cooperativismo como
alternativas para atuar no mercado capitalista om protagonismo
diferenciado, facilitando, a partir dessa lógica politico e econômica o
trabalho em cooperação da agricultura familiar e outras populações que
existem na Amazônia.
“Também precisamos combater a MP 759, que propõe um a regularização
fundiária no campo e na cidade que, no fundo, é a regularização e
institucionalização da grilagem, além de facilitar o processo de
extrangeirização da terra na Amazônia, dando a cobertura governamental
para o crescimento do agronegócio e do latifúndio na Amazônia.
Precisamos lutar contra a criminalização e a violência cometida contra
os movimentos sociais que lutam pela terra, e por uma reforma agrária
ampla. Além disso, precisamos trabalhar pela inserção de nossos
trabalhadores e trabalhadoras dentro dos espaços institucionais
executivos e legislativos, para alterar a correlação de forças no âmbito
político”, afirmou o dirigente.
Como encaminhamento e conclusão dos trabalhos, a coordenação do
Fórum Internacional da Amazônia produziu uma carta, que compartilharemos
quando for divulgada ao público.
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FONTE: Assessoria de Comunicação da CONTAG - Lívia Barreto |
sábado, 10 de junho de 2017
Agricultura familiar contribui com saberes e luta para o Fórum Internacional da Amazônia
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