A CONTAG através desta nota vem externar o seu mais profundo
pesar pela morte da jovem Tânia Tavares Albernaz, filha do presidente do
Sindicato de Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras
Familiares de Bujaru-PA, Félix Albernaz.
De acordo com informações, o autor do crime seria o ex-marido de
Tânia que, por não aceitar a separação do casal, partiu para um ato de
extrema violência doméstica, atirando nas costas da vítima.
O acusado ainda atirou em um dos irmãos de Tânia e continua ameaçando a família da sua ex-companheira.
O crime aconteceu logo após Tânia tentar registrar um boletim de
ocorrência, que terminou não se efetivando, pois, não havia delegado na
cidade. Ao saber que ela teria procurado a polícia, o ex-marido a seguiu
até praticar o crime. Tânia até poderia ter recebido um atendimento
especializado, mas, a única Delegacia da Mulher na região fica em
Abaetetuba, a 200 km de distância de Bujaru.
Diante de mais uma atrocidade contra as mulheres e da omissão do
Estado, a CONTAG deixa aqui o seu total repúdio à barbaridade em que a
vítima, lamentavelmente, se soma às 91 mil mulheres ceifadas nos últimos
30 anos no país, de acordo com informações do Relatório Final da
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Violência Contra a Mulher no
Brasil (2013).
A Pesquisa Nacional de Domicílios (PNAD) de 2009, aponta que na
Região Norte, onde fica o município de Bujaru-PA, e na Região Nordeste
estão os maiores números de agressão física contra as mulheres, em um
total de 2,5 milhões das vítimas registradas.
É justamente na juventude, mais especificamente entre 16 a 19 anos,
que as mulheres recebem as primeiras agressões de violência. É o que
confirma o Instituto de Pesquisa DataSenado (2017), que ouviu 1.116
mulheres, das quais 75% delas estavam justamente na respectiva faixa
etária.
O Relatório Final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da
Violência Contra a Mulher no Brasil (2013), com informações do Instituto
Sangari, ainda aponta que, entre 84 países, o Brasil ocupa a 7ª posição
com uma taxa de 4,4 homicídios em 100 mil mulheres, atrás apenas de El
Salvador, Trinidad e Tobago, Guatemala, Rússia e Colômbia.
Diante dos vergonhosos números expostos, a CONTAG segue através de
suas ações estratégicas, como a Marcha das Margaridas, denunciando e
protestando contra todas as formas de violência, exploração,
discriminação, e reivindicando pelo avanço na construção da igualdade
para as mulheres. Na luta permanente por: “Desenvolvimento Sustentável com Democracia, Justiça, Autonomia, Igualdade e Liberdade”.
Nas nossas ações, nesta nota e em todo o tempo, afirmaremos sempre: NÃO À VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES!
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FONTE: Direção da CONTAG |
sábado, 10 de junho de 2017
Mais um caso de feminicídio no Brasil
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