Nesta semana, de 12 a 16 de junho de 2017, a Diretoria e
Assessoria da CONTAG, as Coordenações Regionais e representações das
Federações filiadas estão reunidas em Brasília na 1ª Oficina de Planejamento Estratégico da CONTAG para a Gestão 2017-2021.
Os principais objetivos são debater a conjuntura nacional,
identificando os desafios para a ação do sistema CONTAG na representação
específica da agricultura familiar; definir as diretrizes de ação da
Confederação para os próximos quatro anos; estruturar o Plano de Ação
para o ano de 2017; e construir estratégias e procedimentos de gestão
que valorizem a integração das Secretarias e áreas de atuação. “Pela
primeira vez vamos construir um planejamento com a participação das
Federações. Que possamos ter muito ânimo e energia para definir os rumos
da nossa CONTAG e do MSTTR”, destaca a secretária de Mulheres da
CONTAG, Mazé Morais, durante a abertura política da oficina.
O presidente da CONTAG, Aristides Santos, também está com grandes
expectativas com este planejamento estratégico da gestão. “Queremos
fazer um planejamento com o olhar da base para orientar o Movimento
Sindical no geral. Todos(as) somos capazes de realizar um bom trabalho
na conjuntura atual, construindo a nossa organização específica para os
agricultores e agricultoras familiares”, acredita Santos.
O primeiro dia da oficina foi dedicado à análise do contexto
político e econômico brasileiro e da agricultura familiar. O diretor
técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos
Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio, trouxe em sua fala vários
elementos voltados para o atual cenário econômico do Brasil e do mundo,
e apontou rumos para o Movimento Sindical. “Que neste planejamento
vocês levem em consideração que o Movimento Sindical faz parte de uma
das maiores economias do planeta. A economia do Brasil! Temos um grande
território, com base agrícola para produção em um planeta que tende a
chegar à 10 bilhões de habitantes e que vão precisar ser alimentados...
Por isso, esta economia do Brasil está sendo bastante disputada pelas
grandes corporações. Todos aqueles que querem ganhar dinheiro, olham
para o Brasil e dizem: lá é um espaço para produção de alimentos. Desta
forma, a atual economia do mundo está alterando a regra de jogo de
propriedade de ativos rapidamente, e tem colocado em risco a soberania
do nosso país. Recentemente colocaram uma presidenta para fora, pois ela
se dispôs a mexer nos contratos com as grandes corporações. Na
consequência desse desmonte da nossa soberania, por influência das
multinacionais e com ajuda do governo Temer, do Congresso Nacional e dos
Meios de Comunicação, estão alterando através de Propostas de Emenda à
Constituição (PEC´s) a venda de nossas terras para estrangeiros, mudando
as regras para as reservas ambientais e de terras de fronteiras,
facilitando a venda dos nossos ativos, retirando os direitos trabalhista
e previdenciário já conquistados pelos trabalhadores(as). Diante deste
cenário de disputa econômica internacional e do consequente desmonte de
direitos no Brasil, o Movimento Sindical precisa se reinventar. Ser mais
atuante para conquistar instrumentos de luta em defesa da classe
trabalhadora e do nosso Território”, destacou Clemente.
Outro momento bastante rico em informações e politização foi a
apresentação da Pesquisa realizada no 12º Congresso Nacional dos
Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (12º CNTTR),
coordenada pelo professor Arilson Favareto.
Segundo Favareto, foram 1003 questionários autoaplicados e 321
entrevistas realizadas e dados apontaram cenários e tendências da
agricultura familiar, que darão uma boa contribuição para o planejamento
desta gestão, definindo as prioridades e desafios a partir desse olhar e
resposta da base. O professor apresentou alguns dados já tabulados
sobre o perfil dos entrevistados, condições de organização do domicílio
ou do empreendimento familiar, a trajetória no Movimento Sindical, a
participação em atividades de Formação, sobre mobilizações e ações de
massa, a participação nas organizações e em outros espaços, o acesso a
políticas públicas, a opinião sobre o Projeto Alternativo de
Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PADRSS), sobre a
estrutura e organização sindical, a opinião sobre a representação da
agricultura familiar e informações sobre o sindicato que é vinculado.
|
|||
FONTE: Comunicação CONTAG - Verônica Tozzi e Barack Fernandes | |||
terça-feira, 13 de junho de 2017
Oficina com participação das Federações e Regionais para fortalecer a ação sindical
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário