O PSD, como noticiamos mais cedo, deu na noite de ontem quatro votos no Senado pela derrubada do veto de Jair Bolsonaro ao aumento de salários de servidores envolvidos no combate à Covid-19.
O líder do partido, Otto Alencar, acabou liberando a bancada.
“Eu não sou governo, sou independente. Não tenho nenhuma satisfação a dar para o governo. Não tenho cargo, não tenho nada. Muitos aí [no partido] são independentes, outros são governistas”, disse ele a O Antagonista.
Perguntamos se o senador recebeu alguma bronca pelo voto contrário ao veto.
“Bronca? Eu não aceito bronca: não aceitava quando era menino, imagine depois de homem. Eu me respeito, rapaz. Ninguém me dá bronca não.”
Dissemos a Otto que emissários do Planalto cobraram explicações de Ciro Nogueira, presidente do PP, por exemplo — o partido deu dois votos pela derrubada do veto.
“O Ciro Nogueira é governo, eu não sou governo. Nunca estive com o presidente. Eu não estou nem aí para o governo, estou aí para o Brasil. Não aceito advertência de quem quer seja: de presidente, de ministro, de ninguém. Não tenho satisfação a dar ao Fábio Faria [seu correligionário que é ministro das Comunicações], que não foi indicação nossa, nem minha.”
O senador baiano reforçou que há “governistas e independentes” no PSD e que “se for para votar com o governo em tudo, o partido vai virar um puxadinho do Palácio do Planalto”.
O Antagonista*
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